Título: Avaliação da Amamentação em Recém Nascidos Pós Frenotomia.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Kleber Rosa de almeida, Luciana de Almeida, Priscila Helena de Assis, Marina Ferreira Pires Sobral, Danielli Mayumi Sato Narimatsu, Cristina Lucia feijó Ortolani.
Anquiloglossia é uma anomalia congênita que ocorre quando uma pequena porção de tecido embrionário, que deveria ter sofrido apoptose durante o desenvolvimento, permanece na face ventral da língua. O aleitamento relaciona-se diretamente com a sucção e deglutição, que devem funcionar de forma coordenada com a respiração. A movimentação lingual exerce um papel fundamental nesse processo, qualquer restrição á livre movimentação da língua pode comprometer essas funções, podendo contribuir para um desmame precoce, baixo peso e comprometimento no desenvolvimento do sistema estomatognático. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da frenotomia sobre a amamentação de recém-nascidos com diagnóstico de anquiloglossia. Trata-se de um estudo de diagnóstico e intervenção realizado com 940 recém-nascidos realizado em uma única maternidade. Foi realizado em três etapas: diagnóstico, intervenção e reavaliação. Na fase diagnóstica, foram aplicados os Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua com Escores para Bebê (teste da linguinha) e o protocolo de Protocolo Bristol (Bristol Tongue Assessment Tool) e para os que apresentaram diagnóstico de anquiloglossia com score cirúrgico, que foram 32 recém-nascidos foi aplicado um questionário de avaliação de amamentação em três tempos pré-cirúrgico, pós-cirúrgico e com um mês após a cirurgia. Como resultados observamos redução estaticamente significativa na média de pontuação no protocolo de avaliação da língua nas etapas de reavaliação, assim como melhora estaticamente significante em todas as variáveis relacionadas aos sintomas da amamentação. Podemos concluir que a frenotomia, possibilitou a melhora dos sintomas negativos durante a amamentação em neonatos com diagnóstico de anquiloglossia.
Título: Caracterização das puérperas acompanhadas em um Ambulatório de Amamentação.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Carine Vieira Bicalho, Camila Dantas Martins, Carolina Barbosa dos Santos Braga, Júlia Martins Ribeiro Rocha, Anna Gabrielly de Andrade, Renata Maria Moreira Moraes Furlan, Andréa Rodrigues Motta.
Introdução: o aleitamento materno (AM) é fundamental para a promoção da saúde infantil¹. Contudo, diversos fatores podem levar à interrupção precoce do AM, como a falta de orientação adequada sobre amamentação e questões como dor e lesão mamilar3,4. No contexto da promoção da saúde materno-infantil, é fundamental entender os desafios que podem comprometer o AM. Objetivo: caracterizar o perfil das puérperas acompanhadas no Ambulatório de amamentação do Centro de Saúde Vila Maria (Belo Horizonte, Minas Gerais). Métodos: estudo transversal observacional descritivo, com dados do Ambulatório de Amamentação do Centro de Saúde Vila Maria. Foram analisados prontuários de 155 puérperas atendidas por uma fonoaudióloga consultora internacional de lactação com 19 anos de experiência, de janeiro de 2022 até julho de 2024. Os dados foram coletados a partir de um protocolo existente no ambulatório, organizados em uma planilha do EXCEL e submetidos à análise descritiva. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (Parecer nº 5.041.004). Resultados: A média de idade das mães avaliadas foi de 28,41 anos. Todas as participantes (n=155, 100%) receberam cuidados pré-natais, apenas 26 (16,7%) relataram ter recebido orientação específica sobre amamentação. Em relação aoparto, 91(58,7%) tiveram parto normal, enquanto 15 (9,6%) tiveram parto natural e 49 (31,6%) cesariana. As diferentes condições físicas e emocionais associadas a cada tipo de parto podem influenciar a experiência inicial de amamentação. Quanto às queixas durante o período de amamentação, 40 (25,8%) mães mencionaram dor, e 14 (9,0%) preocupação com a quantidade de leite produzido. Essas questões são fundamentais para entender os desafios enfrentados pelas mulheres e podem indicar áreas onde o suporte adicional pode ser necessário. As características físicas das mamas foram observadas: 133 (85,8%) apresentou mamilo protruso e 155(74,1%) tecido mamário saudável. Conclusão: os dados fornecem uma visão das características das mulheres que amamentam dentro do Centro de Saúde Vila Maria, destacando áreas de atenção para a promoção de práticas eficazes de apoio à amamentação e saúde materno-infantil.
Título: Educação em Saúde na SMAM 2024: um relato de experiência.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Marizete Argolo Teixeira, Roseline Assunção Souza dos Santos, Jacqueline Maia Santos Cardoso.
O leite materno (LM) é considerado o padrão ouro para alimentação de crianças, por ser capaz de nutri-las e protege-las contra doenças infecciosas, além de favorecer o vínculo afetivo entre mãe e filho, também traz benefícios para a mulher, família, comunidade e planeta. O LM é recomendado até os seis meses de vida de forma exclusiva, e complementado até os dois anos ou mais pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Quanto mais precocemente for instituída a amamentação, maiores os índices de permanência e exclusividade no seio materno. No entanto, a dor e as fissuras mamilares se constituem em fatores que contribuem para o desmame precoce. Este estudo teve como finalidade relatar a experiência de uma atividade educativa sobre o aleitamento materno, desenvolvida durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) 2024, na maternidade pública do município de Jequié, Bahia, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a atividade educativa por integrantes do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Aleitamento Materno (NEPEAM), para puérperas hospitalizadas, tendo sido abordados temas como os cuidados com a mama durante a higiene, fabricação artesanal de rosquinha de seio atrelada a orientação dos benefícios de seu uso para evitar fricção e umidade, demonstração com argola artesanal que da capacidade gástrica do recém-nascido, principais posições para o aleitamento materno, pega correta, amamentação sob livre demanda, bem como foram sanadas as dúvidas relatadas pelas lactantes. Foi permitida também a participação dos acompanhantes, que se configuram como rede de apoio e que carecem do conhecimento necessário para apoiar a mulher durante esse período. Essas atividades contribuem para fortalecer a confiança materna, além de proteger e promover a amamentação, por meio do fornecimento de informações importantes sobre o aleitamento materno e as principais dificuldades e dúvidas das lactentes e rede de apoio que impactam no estabelecimento da amamentação, podendo levar ao desmame precoce, caso não sejam prevenidas.
Título: Fadiga puerperal: Intervenções de enfermagem para Amamentação eficaz.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Bruna Valentina Zuchatti, Gabrielle Martins da Silva, Elaine Ribeiro, Erika Christiane Marocco Duran.
Introdução: A amamentação é reconhecida amplamente por possibilitar vários benefícios para pessoa no puerpério e para o recém-nascido. Entretanto, essa fase tende a ser desafiadora para algumas que podem apresentar problemas e desafios comuns durante a amamentação, culminando na ocorrência do Diagnóstico de Enfermagem “Fadiga Puerperal”, em proposição. Esse fenômeno compromete a saúde física, mental e emocional dessas pessoas. Portanto, auxiliá-las durante o período da amamentação é imprescindível para minimizar o impacto do Diagnóstico de Enfermagem “Fadiga puerperal” e melhorar a qualidade de vida. Objetivo: Identificar os fatores que contribuem para o Diagnostico de Enfermagem Fadiga Puerperal durante o período da amamentação e apresentar as intervenções de enfermagem e Atividades de Enfermagem que pode promover o bem-estar dessas pessoas. Método: Revisão integrativa aplicando critérios propostos por Withmoore. A busca foi realizada em seis bases de dados, abril de 2023 e foram incluídos estudos completos, sem limites de data pré-estabelecidas. Para extração dos dados aplicou-se o fluxograma adaptado por Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Resultados: Foram identificados 112 artigos e a amostra foi composta por dois. O fenômeno “Fadiga Puerperal” foi evidenciado em 60-65% das puérperas que tiveram interrupções no sono em decorrência dos fatores contribuintes: amamentação prolongada e a amamentação ineficaz. A amamentação pode ser desafiadora para algumas pessoas, fazer a pega correta, demanda paciência e energia, isso pode levar uma exaustão, fazendo surgir o Fenômeno “Fadiga Puerperal”. Dessa forma, Intervenções de enfermagem como: Cuidado na Amamentação e as Atividades de Enfermagem: Incentivar a posição deitada de lado durante a amamentação e Orientar a sentar-se ou deitar-se em uma posição confortável enquanto estiver se amamentando o bebê, mostraram eficazes para reduzir e resolver a Fadiga puerperal e melhorar o bem-estar. Conclusão: O Diagnóstico de Enfermagem Fadiga puerperal é um desafio no pós-parto, logo, estabelecer a amamentação eficaz, por meio de intervenções de enfermagem acuradas, é uma forma de promover e melhorar a qualidade de vida na pessoa no puerpério.
Título: Fatores associados à presença e à extensão de lesões no complexo aréolo mamilar.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Camila Dantas Martins, Carine Vieira Bicalho, Amélia Augusta de Lima Friche, Renata Maria Moreira Furlan, Andréa Rodrigues Motta.
Introdução: De acordo com a literatura, um dos processos fisiológicos que mais impactam na duração do aleitamento humano é a dor para amamentar, sendo considerada uma das principais causas de desmame precoce. Dentre os fatores associados à dor durante a amamentação, destacam-se os relacionados à puérpera e aqueles associados ao bebê. Objetivo: identificar os principais fatores associados à presença e à extensão de lesões no complexo aréolo-mamilar. Métodos: estudo observacional, do tipo transversal, realizado com 61 lactantes, recrutadas em um ambulatório de amamentação, no período de setembro de 2021 a dezembro de 2023. Foram incluídas na amostra puérperas acima de 18 anos, sem diagnóstico de alterações malignas nas mamas, com lesões no complexo aréolo-mamilar, lactantes, com queixa de dor para amamentar, sem déficit cognitivo, que aceitaram participar do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O limiar de dor foi avaliado por meio de escala numérica graduada de 0 a 10. A área da lesão foi mensurada por meio do software Image J. As lesões foram classificadas com base na avaliação clínica, subjetiva e visual, usando como referência a classificação proposta por Cervellini, por dois avaliadores, sendo um enfermeiro e o outro fonoaudiólogo, ambos com vasta experiência em amamentação, de forma cega. Realizou-se análise uni e multivariada dos dados. Resultados: pela análise univariada a presença de lesões no complexo aréolo mamilar esteve associada à via de parto, posicionamento da lactante durante a mamada, aspecto e formato da mama. Na análise multivariada a classificação da lesão esteve associada à presença de dor. Ao se avaliar a magnitude das associações pelo valor do Odds Ratio, observou-se que entre as mães que apresentavam lesão secundária, com rompimento da barreira cutânea e que acometem as camadas mais profundas do tecido epitelial, houve 26,53 mais chances de relato de dor moderada ou intensa quando comparadas com as que apresentavam lesão primária. Conclusão: concluiu-se por meio desse estudo que a presença e extensão de lesões no complexo aréolo mamilar esteve associada à fatores relacionados à lactante.
Título: Perfil dos consultores de lactação IBCLCs no Brasil.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Antonio Lucas Ferreira Feitosa, Bianca Balassiano, Josivânia Santos Tavares.
Introdução: A certificação IBCLC é um destaque para profissionais que apoiam a amamentação, sendo relevante para promover melhores taxas de amamentação e suporte às lactantes. Objetivo: Analisar o perfil dos consultores de lactação com certificação internacional (IBCLC) no Brasil. Método: Estudo transversal. Um questionário online foi utilizado para obter as informações, enviado por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais, contendo um link para acesso ao Termo de Consentimento e ao instrumento da pesquisa. Excluíram-se do estudo IBCLCs brasileiros residentes em outros países. Foi realizada confirmação da credencial ativa junto ao International Board of Lactation Consultant Examiners (IBLCE®). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (número de parecer: 6.732.247. Resultados: 147 IBCLCs responderam ao questionário, 4 foram excluídos por residirem fora do país, resultando em 143 profissionais incluídos no estudo. A maior proporção de participantes residente em São Paulo (36,4%). A representação do sexo feminino foi predominante (99,3%), com destaque para os profissionais com 10 anos de experiência (14,0%). Um número significativo obteve sua primeira certificação como IBCLC em 2022 (29,4%), e 14,0% realizaram recertificação. Os principais desafios relatados para a certificação foram tempo e organização (29,4%), seguidos por desafios financeiros (7,7%) e técnicos (3,5%). A maioria teve formação em Enfermagem (57,3%), seguida por Fonoaudiologia (16,8%) e Medicina (11,9%). Participação frequente em programas de educação continuada foi relatada por 55,9% dos participantes. Atuação predominantemente no setor privado por 55,9% dos profissionais, enquanto 18,2% atuam exclusivamente no setor público e 25,9% em ambos os setores. A maioria oferece atendimento online (88,8%) e participa de atendimento compartilhado (79,0%). Quanto ao reconhecimento como IBCLC pelas famílias, 21,7% relataram que geralmente são reconhecidos. Mudança substancial e positiva na prática profissional após a certificação foi relatada por 56,6%. A maioria (91,6%) considera que o reconhecimento na Classificação Brasileira de Ocupações pode influenciar positivamente na visibilidade e validação da profissão. Conclusão: este estudo revelou que os IBCLCs no Brasil, predominantemente mulheres, na área da Enfermagem, enfrentaram desafios para a certificação. Apesar disso, a certificação demonstrou impacto positivo na prática profissional, destacando a importância do reconhecimento profissional na Classificação Brasileira de Ocupações.
Título: Frenotomia lingual em bebê com laser de alta potência de diodo: relato de caso.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Stephani Agata de Paula Andrade, Araujo Bim, Camila Cavalcante Briano, Ana Flávia Bissoto Calvo, Ana Paula Rocha Carvalho Bernardes de Andrade, Tamara Kerber Tedesco, Cristiane de Almeida Baldini Cardoso.
A anquiloglossia é uma malformação congênita em que o frênulo lingual encontra-se alterado, causando restrições nos movimentos da língua e podendo levar a dificuldades na amamentação, deglutição e fala. A frenotomia é o procedimento cirúrgico realizado para corrigir essa condição em bebês, no qual consiste na divisão do frênulo, permitindo maior mobilidade da língua. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso clínico cirúrgico em uma lactente de 5 meses de idade com a utilização do laser de alta potência de diodo, bem como seu acompanhamento multidisciplinar. A mãe da paciente procurou a Faculdade São Leopoldo Mandic – São Paulo, através da recomendação do pediatra e durante a avaliação, a queixa principal era de que a filha apresentava tensão muscular no pescoço, provavelmente devido ao esforço demasiado durante a amamentação. Ao exame clínico notou-se a língua em formato de coração, restrição de movimento, freio curto e delgado e com fixação no assoalho da boca em ápice lingual. Durante o choro da criança, a ponta da língua se posicionava na linha média com elevação das laterais, concluindo o diagnóstico e indicação cirúrgica. O procedimento foi realizado sob anestesia tópica e infiltrativa com uso do laser Thera Lase Surgery da DMC 980nm, com potência de 0,5w a 1,5w, optou-se pela remoção completa do freio lingual para evitar recidiva e ao finalizar, ela foi amamentada pela lactante. A paciente foi acompanhada antes da cirurgia pela fonoaudióloga (e 4 meses após) e fisioterapeuta (e 7 meses após), e os pais realizaram manobras miofuncionais na bebê durante o pós-operatório. No retorno após 26 dias, foi relatada melhora durante as mamadas e no pescoço. Outro acompanhamento foi realizado após 1 ano e também no dia 25/05/2024, na qual a criança se encontra bem, se alimentando e com perfeita movimentação de língua. Dessa forma, foi possível concluir que a frenotomia lingual auxiliou na melhora da amamentação e o laser de alta potência proporcionou uma cirurgia com maior visibilidade, sem sutura e com pós-operatório mais confortável, porém é importante considerar que a decisão do procedimento deve ser baseada em avaliações clínicas com profissionais especializados e evidências científicas.
Título: Implantação do serviço de tratamento da anquiloglossia no município de Salvador – Relato de experiência.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Leila Bonfim de Jesus, Maria Lizzia Moura Ferreira dos Santos, Mylena Fonseca Leal Mendonça, Silvia Rosely Pedreira de Jesus.
A Anquiloglossia é uma anomalia congênita que ocorre quando tecidos embrionários remanescentes, que deveriam ter sofrido apoptose, durante o desenvolvimento embrionário, permanecem na face inferior da língua, restringindo seus movimentos. A prevalência é bem variada (0 a 20%) e nos últimos anos, houve um aumento significativo de diagnósticos. No Brasil a Lei n⸰ 13.002/2014, tornou obrigatória a realização do diagnóstico precoce nas maternidades. Um frênulo lingual restritivo pode estar associado ao desmame precoce, pega incorreta, dor mamilar, má transferência do leite. Diante dos fatores citados, o município de Salvador criou um serviço voltado para avaliação e frenectomias linguais para crianças de 0 – 4 anos.
Objetivo: Relatar a experiência da implantação do Serviço de Tratamento para Anquiloglossia de crianças de 0 a 4 anos, no município de Salvador, em 2023.
Relato de experiência: O serviço foi implantado por uma equipe interdisciplinar, odontopediatra, consultora de amamentação e fonoaudióloga. Os Odontólogos das USF e UBS da rede foram capacitados para realizar o laudo do “teste da linguinha” e realizar o encaminhamento. As cirurgias do freio lingual eram realizadas após anamnese e reavaliação do frênulo lingual, com esclarecimentos dos riscos, orientações pré e pós cirúrgicas e termo de consentimento assinado. Os procedimentos foram realizados com laser cirúrgico, minimizando riscos de infecção, hemorragia e dor. O acompanhamento do pós cirúrgico era feito 24 horas e 30 dias após a cirurgia. Resultados: Foram realizadas 145 frenectomias, 396 consultas de retorno, e 20 faltosos. O manejo pós-operatório ocorreu por teleconsulta e presencial pela equipe interdisciplinar de odontopediatria e fonoaudiologia e consultoria de amamentação. As perspectivas foram positivas como a ampliação do serviço, planejamento para a capacitação/habilitação de profissionais, aquisição de instrumentais e equipamentos e contratação de fonoaudiólogos. Discussão: Os desafios encontrados foram: grande demanda, municípios vizinhos sem o serviço, escassa evidência científica quanto ao diagnóstico e tratamento, poucos fonoaudiólogos no município. Considerações Finais: A experiência demonstrou que trata-se de um serviço fundamental que colabora efetivamente com o aleitamento materno, aprimoramento das funções estomatognáticas agregando com as políticas de saúde na primeira infância, apresentando impactos na qualidade de vida desta faixa etária.
Título: O Papel Estratégico da OSS CEJAM na Implantação da Sala de Apoio à Amamentação.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Maise August de Faria Martins, Anatália Lopes de Oliveira Basile, Rita de Cássia Lima, Tamyris Vaz Silva, Verônica Feitosa Takemoto.
A sala de apoio à amamentação é fundamental para incentivar e promover o aleitamento humano, o acolhimento e as orientações as lactantes para extração de leite humano, complementam o plano terapêutico dos recém-nascidos internados na unidade neonatal e alojamento conjunto, assegurando a manutenção da lactação, além de ser um espaço adequado para lactantes trabalhadoras e comunidade, promovendo saúde e bem-estar de ambos. Objetivo: Descrever as estratégias e o direcionamento para as unidades de saúde no processo completo da estruturação da sala de apoio à amamentação. Procedimentos: Este relato de experiência demonstra a atuação da Maternidade Segura Humanizada (MSH) estabelecido pela OSS CEJAM na implantação da sala de apoio à amamentação. Na primeira etapa, a assessoria dinâmica realiza uma visita diagnóstica para avaliar a estrutura física, ambiência, tecnologias, e todo recurso necessário para o cumprimento das portarias vigentes. Na segunda etapa, definido com a liderança estratégica os processos críticos interdisciplinares com elaboração das rotinas, fluxos e capacitação e sensibilização da equipe sobre o impacto do processo e na importância da sala para atendimento da puérpera, colaboradores e comunidade. Na terceira etapa é iniciado o processo de gestão com indicadores específicos. O monitoramento é mantido pelas visitas técnicas, gestão compartilhada dos resultados com desdobramentos de ciclos de melhoria contínua. Resultados:Os esforços resultaram em conquistas significativas nos contratos de maternidades com a OSS CEJAM, com 10 salas de apoio à amamentação. Destas, 5 receberam a certificação Mulher Trabalhadora que Amamenta – MTA, concedido pelo Ministério da Saúde. As ações de capacitar as lactantes para extração de leite, frequência de extrações e cuidados com as mamas, aumentou o volume de leite humano extraído e diminuiu o uso da fórmula, seguindo diretrizes da Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC. Conclusão:As salas de apoio montadas fortaleceram o passo 5 da IHAC, e demanda espontânea de apoio a amamentação exclusiva. Os resultados alcançados refletem o envolvimento das unidades atendendo o modelo da MSH estabelecido pela OSS CEJAM, buscando o cuidado centrado na pessoa, família e comunidade. Esse processo culminou no fortalecimento das políticas públicas de saúde estabelecidas.
Título: Simulação in situ sobre aleitamento materno na educação pré-natal: Quase-experimento.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Taison Regis Penariol Natarelli, Suzanne Hetzel Campbell, Ana Isabel Parro Moreno, Walusa Assad Gonçalves Ferri, Adriana Moraes Leite, Luciana Mara Monti Fonseca.
Introdução: a mulher deve receber orientações sobre o aleitamento materno durante a gestação, porém, as ações educativas sobre esse tema geralmente são baseadas no ensino tradicional. Por outro lado, a simulação é uma estratégia de ensino ativo, amplamente utilizada no meio acadêmico, mas pouco explorada no contexto da educação em saúde. Objetivo: examinar os efeitos de um cenário de simulação in situ sobre aleitamento materno, enquanto intervenção educativa no domicílio junto às gestantes, na autoeficácia e nos desfechos da amamentação. Métodos: estudo de intervenção, com delineamento quase-experimental, do tipo pré e pós-teste, com grupo controle. Participaram 40 gestantes em acompanhamento pré-natal na Estratégia de Saúde da Família de um município do interior de São Paulo. As gestantes do Grupo Experimental (n= 20) receberam orientações de rotina e participaram de um cenário de simulação in situ sobre aleitamento materno, por meio de visita domiciliar. As gestantes do Grupo Controle (n= 20) receberam apenas as orientações de rotina. Foram avaliados os escores da Escala de Autoeficácia na Amamentação, porcentagens de Aleitamento Materno Exclusivo e dificuldades relacionadas à amamentação aos dois meses após o parto. Resultados: Houve aumento significativo (p<0,01), entre pré e pós-teste, nos escores de Autoeficácia na Amamentação do Grupo Experimental, sendo que 100% das gestantes passaram a apresentar eficácia alta, imediatamente após a simulação. Não houve diferença ao comparar os escores do pós-teste imediato com o pós-teste de acompanhamento aos dois meses após o parto do Grupo Experimental (p=0,22), indicando que os altos níveis de autoeficácia obtidos com a simulação se sustentaram no período pós-parto. Além disso, 60% das mulheres do Grupo Experimental estavam em Aleitamento Materno Exclusivo aos dois meses após o parto e 55% referiram não terem apresentado quaisquer dificuldades com a amamentação. Não houve estatística significativa nas comparações entre Grupo Controle e Grupo Experimental. Conclusão: o cenário se mostrou efetivo ao proporcionar altos níveis de autoeficácia na amamentação das participantes, além de desfechos positivos para a amamentação no período pós-parto, indicando seu potencial para ser utilizado por profissionais da saúde na educação pré-natal.
Título: Aleitamento materno em UTI neonatal no pré-termo: revisão integrativa.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Diego Silveira Siqueira, Cristiane da Silva Fiuza.
Introdução: O aleitamento materno, também chamado de amamentação materna, é a alimentação com leite materno que, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), é um ato imprescindível para a saúde do bebê e sua respectiva mãe. Isso porque o aleitamento materno fornece e contribui nas condições de saúde e de desenvolvimento do recém-nascido e de bebês, sendo o leite materno insubstituível nesse quesito, pois nenhum outro alimento consegue garantir e ofertar a composição e benefícios nutricionais do mesmo. Assim o aleitamento materno possui o reconhecimento pela comunidade científica como a alimentação ideal para o aten-dimento das necessidades nutricionais, imunológicas e fisiológicas dos lactentes.Objetivo: Compreender e identificar, utilizando referenciais e produções científicas sobre a importância do aleitamento materno no contexto de internações do recém- nascidos pré-termo em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, além da atuação de profissionais da enfermagem nas ações de educação e incentivo ao aleitamento. Método: Revisão integrativa realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a partir dos cruzamentos dos descritores foi realizado o levantamento bibliográfico nas seguintes bases de dados: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados enfermagem (BDENF). Resultados: Foram selecionados nove artigos que abordavam a importância do aleitamento materno, condições da promoção e conscientização do aleitamento materno no Brasil e atuação dos profissionais de enfermagem no contexto do aleitamento materno no Brasil. Conclusão: Este estudo ressaltou a importância do aleitamento materno para a saúde pública e da atuação dos profissionais de enfermagem nesse contexto, atuando como suporte, promoção, incentivo e orientação para a devida prática de amamentação.
Título: Benefícios do uso do leite humano na cavidade oral do RN pré-termo.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Gey Wanda Gomes da Silva Santos, Marcia Maria Bastos da Silva, Marcela Machado de Almeida.
Introdução: O leite humano tem sido amplamente estudado por seus benefícios nutricionais e imunológicos. Nos recém-nascidos pré-termo internados em UTINs, a aplicação de leite humano cru na cavidade oral tem emergido como uma prática promissora. Objetivo: Analisar estudos científicos sobre os efeitos do uso do leite humano na cavidade oral de recém-nascidos pré-termo internados em UTIN e seus benefícios. Metodologia: Consiste em pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. Selecionamos 14 artigos científicos publicados entre 2018 e 2024 nas bases de dados do Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, Periódicos CAPES e BVS. Foram encontrados 27 artigos pelos descritores de colostroterapia, imunoterapia e colostro. Os critérios de inclusão envolveram estudos clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises que abordaram a aplicação de leite humano na cavidade oral de recém-nascidos pré-termo e artigos que apontaram os benefícios do colostro para o RNPT. Resultados: A análise dos estudos revelou vários benefícios significativos do uso do leite humano na cavidade oral de recém-nascidos pré-termo, incluindo: menor tempo de internação e redução da mortalidade de RNPT MBP, com associação entre a imunoterapia orofaríngea de colostro e menor tempo de internamento hospitalar em prematuros com idade gestacional ≥ 28 semanas. A administração do colostro logo após o nascimento favoreceu a colonização por Bifidobacterium, prevenindo e minimizando complicações neonatais, além de estimular o sistema imunológico do RN, agindo como probiótico natural. Uma microbiota rica em bactérias benéficas é essencial para o RN, prevenindo ou reduzindo os riscos de infecções intestinais. O colostro confere fatores de crescimento e proteção, sendo rico em anticorpos, fundamentais para a qualidade de vida do bebê e prevenção de infecções. Conclusão: A colostroterapia oferece benefícios significativos para RNPT, incluindo a diminuição da mortalidade para recém-nascidos de muito baixo peso. A prática é eficaz na prevenção de infecções e na promoção de uma microbiota saudável. Além disso, a colostroterapia é uma estratégia eficaz para promover o aleitamento materno, prolongando o tempo de amamentação para os RNPT. Embora sejam necessárias mais evidências para a implementação generalizada, a colostroterapia é considerada uma prática segura e promissora, justificando a criação de protocolos para aplicação em UTINs.
Título: Campanha “Centro de educação infantil amigo da amamentação”: Iniciativa de Incentivo à promoção ao aleitamento materno.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Camila Santos do Couto, Ana Paula Quirino Lucena dos Santos, Ana Paula Rudolf, Joy Bergmann Soares, Jane Cristina Anders, Dulcineia Ramos Michels.
Os Centros de Educação Infantil (CEIs) são espaços de vínculos e de promoção da saúde e do desenvolvimento infantil. Dessa forma, visando a promoção do aleitamento materno neste cenário, ressalta-se a relevância do desenvolvimento de ações intersetoriais. Objetivo: Relatar a implementação de uma iniciativa intersetorial de incentivo à promoção ao aleitamento materno nos CEIs de Itajaí/SC. Procedimentos: Relato de experiência de iniciativa desenvolvida por grupo técnico das Secretarias de Saúde e de Educação de Itajaí/SC, visando a promoção do aleitamento materno nos CEIs. A campanha inédita no município, foi realizada em 2024 e envolveu as etapas: definição de critérios de certificação, levantamento e análise informações acerca do contexto promotor da amamentação dos CEIs e entrega da certificação e do selo “CEI Amigo da Amamentação”. Resultados: Nos últimos anos foram realizadas diversas ações intersetoriais no município de Itajaí/SC, visando à promoção do aleitamento materno nos espaços escolares. Dessa forma, no ano de 2024 foi realizada a campanha inédita “CEI Amigo da Amamentação”, com a finalidade de certificar os centros de educação que atendiam aos três eixos definidos: nutrição, formação e ação. O eixo nutrição refere-se ao recebimento do leite materno ou da mãe para amamentar no CEI; o eixo formação refere-se à presença de profissionais no CEI que receberam formação sobre o manuseio do leite materno nos espaços escolares; e, por fim, o eixo ação refere-se as atividades e estratégias desenvolvidas pelo CEI para promover a amamentação. O município tem 138 CEIs, todos foram convidados a participarem da campanha e destes 65 realizaram o preenchimento do formulário. Após análise das informações, identificou-se 46 CEIs contemplados com o Selo “CEI Amigo da Amamentação”, ou seja, que atendiam aos eixos estabelecidos. Estes receberam o certificado e o selo para ficar exposto. Conclusão: Por meio da Campanha CEI Amigo da Amamentação, foi possível incentivar os centros de educação infantil a promoverem e fortalecerem as ações voltadas à promoção do aleitamento materno no contexto escolar. Evidencia-se a relevância da promoção de ações intersetoriais, entre saúde e educação, visando o fortalecimento das políticas públicas de promoção da amamentação no contexto da educação infantil.
Título: Conhecimento das habilidades de comunicação por residentes da atenção primária à saúde no atendimento à pessoa que amamenta.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Antonio Lucas Ferreira Feitosa, Gabriel Trevizani Depolli, Josivânia Santos Tavares.
Introdução: As habilidades de comunicação são essenciais para o manejo e aconselhamento durante as consultas de amamentação. O desenvolvimento desta competência pelos residentes é fundamental, pois garante suporte eficaz e empático às pessoas que amamentam e promove o sucesso do aleitamento humano. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos residentes da atenção primária à saúde sobre as habilidades de comunicação no manejo e aconselhamento durante as consultas de amamentação. Métodos: Estudo transversal e descritivo. A pesquisa foi realizada com residentes de diversas áreas profissionais, ativos em programas de Residência Multiprofissional e Médica, com atuação na Atenção Primária à Saúde, independente da instituição ou localidade. Um questionário estruturado pelos pesquisadores e disponível online foi utilizado como instrumento para a coleta dos dados. Todos os participantes forneceram consentimento livre e esclarecido. A análise dos dados foi realizada utilizando o software Jamov versão 2.5.4., empregando métodos descritivos. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética, conforme parecer número 6.509.769. Resultados: Participaram do estudo 129 residentes. As principais profissões representadas foram Enfermagem (23,3%) e Medicina (20,2%), com menor representação da Fonoaudiologia (6,2%). A maioria dos participantes eram residentes do segundo ano (51,9%), e 60,5% afirmaram que haviam prestado assistência a alguém que amamentou. Durante as consultas de amamentação, 51,2% afirmaram abordar as preocupações das pessoas reconhecendo suas dificuldades e oferecendo ajuda prática, enquanto 38,8% apenas escutam atentamente. Para encorajar pessoas que amamentam a compartilharem suas preocupações durante consultas compartilhadas, 72,1% utilizam perguntas abertas, e 19,4% discutem as queixas com a equipe. Quando uma pessoa emocionalmente fragilizada busca atendimento, 93,0% relataram escutar suas preocupações, encorajar e ajudar a reconhecerem suas capacidades. Os principais objetivos da comunicação empática foram compreender as necessidades da pessoa que amamenta (35,7%) e construir confiança e relacionamento entre a pessoa que amamenta e o profissional (24,0%). Conclusão: Os residentes demonstram sólidos conhecimentos em comunicação empática durante consultas de amamentação, destacando-se na escuta qualificada, uso de perguntas abertas, e reconhecimento das dificuldades. A construção de confiança e compreensão das necessidades são prioridades, evidenciando competência técnica para um atendimento de qualidade e promoção do aleitamento.
Título: Comparação das práticas e conhecimento de profissionais da saúde na promoção e apoio do aleitamento materno em hospitais públicos e privados: um estudo transversal.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Bruna Teixeira Tavares, Raquel Cardoso Alves, Angélica Tavares Santos de Menezes, Ana Elisa Madalena Rinaldi.
Profissionais de saúde que trabalham em maternidades precisam estar capacitados no manejo do aleitamento materno (AM) para promover essa prática, contudo ainda existem diferentes realidades nas maternidades. O objetivo do estudo foi descrever e comparar as práticas e o conhecimento dos profissionais da área da saúde sobre AM em hospitais públicos e privados. A coleta de dados ocorreu no ano de 2022. A amostra consistiu em 130 profissionais de saúde (médicos, nutricionistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem) e gestores hospitalares, sendo 97 profissionais atuantes em dois hospitais públicos e 33 em dois hospitais privados Os dados coletados sobre conhecimento do AM foram: participação de curso sobre AM; modalidade do curso; durante a graduação teve conhecimento sobre AM; conhece a lei 11265(2006) NBCAL; se sim, proteção e incentivo a amamentação exclusiva AME (6 meses); e os dados sobre prática profissional foram: uso de chupeta, mamadeiras e fórmulas infantis; tempo de AME; recomenda AM durante permanência na UH; todas as variáveis foram expressas em frequências relativas. Dos profissionais de saúde, 93% eram do sexo feminino. Verificamos que 70% pertenciam à equipe de enfermagem, e 66% participaram de cursos sobre aleitamento materno. A maioria (88,8%) reconheceu que o aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até os seis meses de vida, 71% desconheciam a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL). A análise comparativa entre os hospitais nos mostrou que: nos hospitais públicos, há maior percentual de profissionais que fizeram pós-graduação lato sensu (53,5%) em comparação com os privados (50%), e 65,9% dos profissionais dos hospitais públicos participaram de cursos de aleitamento materno vs 57,9% nos privados. Nos hospitais privados, observou-se maior conhecimento sobre o uso de fórmulas infantis e menor adesão às práticas recomendadas de AM exclusivo. Nos hospitais públicos foi verificado maior aderência às normas regulatórias e práticas de incentivo ao AM. Concluímos que, apesar de existir conhecimento sobre AM e seus benefícios, ainda há disparidades nas práticas entre os tipos de hospital, se fazendo necessária uma capacitação abrangente, em especial nos hospitais privados, para garantir uma prática uniforme e adequada para AM de sucesso.
Título: Conhecimento dos residentes da atenção primária à saúde sobre manejo das afecções mamárias.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Antonio Lucas Ferreira Feitosa, Gabriel Trevizani Depolli, Josivânia Santos Tavares.
Introdução: O manejo eficaz das afecções mamárias é fundamental para a saúde materna e exige competência técnica dos profissionais de saúde na atenção primária. O conhecimento adequado dessas condições pelos residentes em programas de Residência Multiprofissional e Médica é essencial para assegurar intervenções precisas e eficientes. A avaliação deste conhecimento é relevante para identificar necessidades de educação continuada e aprimorar os cuidados oferecidos aos usuários. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos residentes da Atenção Primária à Saúde sobre o manejo das afecções mamárias. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal com residentes ativos de programas de Residência Multiprofissional e Médica na Atenção Primária à Saúde, sem distinção de instituição ou localidade. Os dados foram coletados online através de um questionário estruturado. O período de coleta dos dados compreendeu os meses de novembro de 2023 a janeiro de 2024. Foi realizada análise descritiva dos dados. Todos os participantes forneceram consentimento informado. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética, conforme parecer número 6.509.769. Resultados: Participaram do estudo 129 residentes, sendo a maioria na faixa etária entre 22 a 29 anos (75,2%) e com predominância de mulheres (85,3%). As principais profissões representadas foram Enfermagem (23,3%) e Medicina (20,2%). Quanto ao conhecimento sobre manejo, as estratégias mais prevalentes para quadros de mastite foram massagens na mama e ordenha de leite com frequência (38,0%) e manter a amamentação e avaliação da pessoa que amamenta por um profissional prescritor (22,5%). Quanto ao ingurgitamento mamário, a maioria optou por aumentar a frequência das mamadas (17,8%), seguido por sugestões de uso de bomba extratora para ordenhar o excesso de leite (14,7%). Durante o atendimento de uma pessoa que amamenta com queixas de dor, a conduta mais prevalente foi realizar uma avaliação da amamentação (59,7%), seguida por identificação do momento no qual ocorre o dor (14,7%). Conclusão: Os resultados revelam uma importante lacuna no nível de conhecimento dos residentes da Atenção Primária à Saúde em relação ao manejo das afecções mamárias, destacando a necessidade de um maior investimento na formação profissional voltada para amamentação neste contexto, afim de aprimorar a prática clínica.
Título: De colo vazio e mamas repletas: a importância do conhecimento da mãe enlutada.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Ana Camila de Cica Ciconelo Baldo, Ludmila Tavares Costa Ercolin.
A perda gestacional ainda é um tema tabu na nossa sociedade. Pouco ou nada se fala do assunto e quando a situação nos bate à porta, parece haver um vazio de habilidades para acolher e assistir essas pessoas que estão de colo vazio e mamas repletas. Com o objetivo de avaliar como está a assistências às mulheres e famílias enlutadas no contexto gravídico puerperal, realizou-se uma revisão integrativa da literatura dos últimos 5 anos, usando os descritores em português “aleitamento materno”, “luto” e “acolhimento” na Scielo. A literatura mostra que muitos profissionais sugerem que as famílias enlutadas não fiquem relembrando a perda, porque lhes é difícil abordar o tema e não sabem o que dizer e porque é complicado em sociedade reconhecer que perder um filho durante a gravidez é, ainda assim, perder um filho. Porém, para os pais, o silêncio é extremamente doloroso, pois a perda está com eles todos os dias, faz parte de quem são hoje e os mudou inevitavelmente. Falar do bebê que partiu é de certa forma honrá-lo, dar-lhe significado e ajudar a preservar a sua memória, pois a última coisa que uma mãe ou pai quer (ou consegue fazer) é esquecer que o seu filho existiu. A literatura mostra a necessidade de se desenvolver competências aos profissionais que acompanham essa mulher, priorizando o devido suporte emocional para vivencia de seu luto, assim como apoio a família e o encorajamento dessa mulher para a retomada de sua vida. Conclui-se que é fundamental que, os profissionais envolvidos nesse processo, em especial nos casos do colo vazio e situações de perdas e luto, estejam aptos tecnicamente no manejo de tais situações, sempre acolhendo de forma humanizada tendo a sensibilidade e o cuidado de colocar todos os equipamentos de atenção à mulher para apoio e acompanhamento.
Título: Desafios enfrentados pelas mães durante o aleitamento materno em recém-nascido que levam ao desmame precoce.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autor: Diego Silveira Siqueira.
Introdução: O aleitamento materno faz parte dos hábitos sociais da humanidade desde os primórdios. É através dele que centenas de mulheres alimentam seus filhos e garantem sua nutrição e sobrevivência diante das adversidades econômicas que passam ao longo da vida. Além de possibilitar a alimentação e crescimento das crianças, o aleitamento materno também permite a criação de laços afetivos entre mãe e filho de forma a contribuir para o seu completo desenvolvimento emocional. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre as causas que levam as mães de recém- nascidos a desistirem do aleitamento materno. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura e busca realizada na base de dados da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO) e Google Acadêmico. Resultados: Dos 26 trabalhos selecionados para a análise final do estudo, 10 trataram diretamente com 713 mães, através do acompanhamento durante o período do pós-parto e do aleitamento materno exclusivo para o levantamento de dados. 1 (um) trabalho utilizou 1608 prontuários, de uma clínica especializada em aleitamento materno exclusivo, de mães que tiveram dificuldades para amamentar nos 30 primeiros dias de vida do recém-nascido. Outro trabalho utilizou 891 prontuários de atendimentos de mães, que amamentavam, com relatos de dores mamárias. 14 trabalhos realizaram revisão integrativa de estudos realizados sobre as causas que levam ao desmame precoce. Conclusão: Principais causas do desmame precoce: retorno ao trabalho ou retorno aos estudos, uso de bicos, fissuras e dores mamárias, diminuição do bico, leite secou, estresse, dificuldades do bebê sugar, mitos e crenças e pouco incentivo dos profissionais da saúde para a prática do aleitamento materno exclusivo.
Título: Estratégias para promover, apoiar e proteger a amamentação.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Jacqueline Maia Santos Cardoso, Dayse Mayane da Silva Araújo, Juliana da Mota Queiroz Farias.
O leite materno (LM) se constitui em principal fonte alimentar para bebês, sendo recomendado até os seis meses de forma exclusiva, e complementado até os dois anos ou mais. O LM é de fácil digestibilidade, favorece o crescimento e desenvolvimento infantil, protege contra doenças. Organismos internacionais de saúde sugerem que bebês recém-nascidos (RN) devem ficar perto de suas mães e ser amamentados na primeira hora de vida, por ser o colostro o alimento recomendado para o RN pelo fator de nutrição e proteção contra infecções, além de ser considerado a primeira ‘vacina’ do bebê por conter anticorpos em sua composição. Estudos evidenciam que quanto mais precocemente for instituída a amamentação, maiores os índices de sucesso no estabelecimento do aleitamento materno exclusivo e reconhecem a necessidade de uma abordagem inicial qualificada ainda na maternidade. Este estudo caracterizado como relato de experiência, tem por finalidade explicitar as estratégias adotadas pela equipe de saúde atuante numa maternidade pública municipal do interior do Pará na introdução de boas práticas em amamentação, afim de apoiar, promover e proteger o aleitamento materno durante a assistência hospitalar, bem como pleitear o selo UNICEF da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Estudos provam que o bebê que recebe alta hospitalar em aleitamento exclusivo possui maiores chances de manter a amamentação de forma prolongada. Entre as boas práticas adotadas inclui-se: amamentação ainda na sala de parto e contato pele a pele, treinamento da equipe de enfermagem periódica para habilitá-la a oferecer ajuda prática e observar a mamada, criação de protocolo de hipoglicemia institucional baseado nas diretrizes nacionais, estabelecimento de normas com a formulação de impresso específico para a liberação de fórmula por parte do serviço de nutrição e dietética listando as razões médicas aceitáveis para a oferta de substitutos do leite humano e exigindo assinatura e carimbo do pediatra, orientações e monitoramento quanto a entrada e oferta de bicos artificiais, realização de ações educativas regulares durante o Agosto Dourado, criação da Política de Amamentação do hospital, criação da comissão de aleitamento materno composta por representantes da equipe clínica de nível médio-técnico e superior, acompanhante da livre escolha da mulher, cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), cumprimento das boas práticas preconizadas pelo Cuidado Amigo da Mulher, treinamentos de toda equipe hospitalar (clínica e não-clínica), introdução de formulários de observação da mamada a ser preenchida pelas técnicas de enfermagem e de supervisão pela enfermeira diariamente, realização do teste da linguinha e manejo clínico em amamentação por fonoaudióloga e realização da frenotomia no recém-nascido quando indicada pela fonoaudióloga antes da alta hospitalar. Além dessas mudanças intra-hospitalares contou-se com o apoio da equipe de atenção primária à saúde, visando oferecer apoio à lactante após a alta. Vale mencionar que, para que estas ações fossem implementadas, fez-se necessário um sinergismo entre a equipe assistencial e de gestão, pois o apoio dos gestores é fator preponderante para o alcance dos objetivos.
Título: Estruturação e Impacto das Redes de Apoio ao Aleitamento Materno: Uma Revisão Integrativa da Literatura Nacional e Internacional.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Bárbara Mafra Neves Arantes, Sunáli Batistel Szczerepa, Erildo Vicente Muller, Ana Paula Xavier Ravelli, Beatriz Marina Rufino, Lislei Teresinha Preuss, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges.
Introdução: A amamentação é amplamente reconhecida como essencial para a saúde e o desenvolvimento infantil, mas enfrenta desafios que impedem sua prática contínua, especialmente em comunidades com acesso limitado a recursos e suporte. Redes de apoio ao aleitamento materno surgem como uma estratégia crucial para superar essas barreiras e incentivar a amamentação prolongada. Objetivo: Este estudo tem como objetivo apresentar as iniciativas organizadas em redes de apoio ao aleitamento materno, conforme descritas na literatura internacional e nacional, com foco no cuidado e promoção da amamentação. Método: A pesquisa constitui-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir da identificação de artigos nas bases de dados Scopus, PubMed e Scielo, utilizando os descritores breastfeeding, support, network e public policies. Foram incluídos artigos publicados entre 2013 e 2018, em português e inglês. A pergunta orientadora da pesquisa foi: Como estão estruturadas as redes de apoio ao aleitamento materno em diferentes regiões do mundo? Resultados: A revisão inicial identificou 158 estudos, dos quais 10 foram selecionados por abordarem diretamente a questão investigada. As sete redes de apoio identificadas nos estudos analisados estão organizadas em programas desenvolvidos por organizações e associações, baseados principalmente no apoio de pares, ou seja, indivíduos capacitados e com experiência prática que atuam em suas próprias comunidades. Além do suporte institucional, três estudos destacaram a importância da rede social da mãe, incluindo a participação de familiares e amigos que desempenham um papel positivo na prevalência e duração do aleitamento materno. Conclusão: A pesquisa revelou que, em muitos casos, os serviços de saúde podem representar barreiras significativas entre gestantes/puérperas e profissionais qualificados para oferecer suporte adequado. Portanto, a criação de redes locais e regionais de apoio ao aleitamento materno, sejam elas de origem governamental ou não, é crucial. Essas redes devem ser desenvolvidas levando em consideração as particularidades regionais e culturais das comunidades atendidas, a fim de garantir um suporte mais efetivo e acessível.
Título: Fatores Associados ao Desmame Precoce: Perspectivas de Profissionais da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Bárbara Mafra Neves Arantes, Ana Paula Xavier Ravelli, Beatriz Marina Rufino, Pollyanna Kássia de Oliveira Borges.
Introdução: O aleitamento materno é essencial para o desenvolvimento cognitivo, nutricional e imunológico das crianças, além de reforçar o vínculo afetivo entre mãe e bebê e auxiliar na recuperação pós-parto. Entretanto, diversas condições podem precipitar o desmame precoce, que devem ser identificadas e mitigadas para garantir a continuidade da amamentação. Objetivo: Este estudo teve como propósito investigar as intercorrências que contribuem para o desmame precoce do aleitamento materno, conforme a percepção de profissionais tutores envolvidos na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Método: Realizou-se uma pesquisa qualitativa com a participação de 33 tutores da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. As narrativas resultantes das entrevistas foram analisadas para descrever a representação social dos fatores que levam ao desmame precoce, segundo a perspectiva dos profissionais. Resultados: As intercorrências mais frequentemente identificadas como prejudiciais ao aleitamento materno foram questões físicas ou fisiológicas, influências culturais e de senso comum, barreiras estruturais e dificuldades no manejo profissional. As tutoras enfatizaram a importância da educação em saúde, o conhecimento detalhado da comunidade em que atuam, o estabelecimento de vínculos sólidos com as mães e suas famílias, e a adaptação das crenças culturais no contexto do cuidado materno-infantil. Conclusão: A análise das percepções dos profissionais indicou que as principais causas do desmame precoce estão associadas a crenças populares, introdução alimentar precoce e lacunas na comunicação entre profissionais e mães. Esses achados ressaltam a necessidade de estratégias mais eficazes na educação em saúde e no suporte contínuo à amamentação, visando promover práticas de aleitamento materno mais duradouras e sustentáveis.
Título: Fatores que contribuem para a manutenção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Ana Carolina Torrezan, Elizângela Rodrigues Peixoto, Luana Barreto Leal de Albuquerque Lula, Michelle Cardoso Brandão Oliveira, Neiriane Heusser Lermen, Patrícia Vasconcelos Alves, Tamires da Silva Conceição, Valdineia Forster Pegoraro, Camila Dantas Martins.
Introdução: O aleitamento materno é considerado um direito humano fundamental tanto para as crianças quanto para as mães e afeta diretamente os padrões de saúde e de mortalidade das populações. É, de fato, um conhecimento notório sobre as causas que levam ao desmame precoce, mas os fatores que contribuem para o sucesso ainda são pouco estudados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar os fatores que contribuem para a manutenção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês. Métodos: Revisão integrativa de literatura com buscas realizadas nas plataformas PubMed, Medline, Lilacs e Cochrane Library, adotando os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 05 anos (2018 a 2023) em língua inglesa e/ou portuguesa; textos disponibilizados na íntegra e que respondessem à pergunta norteadora: ‘Quais são os fatores que contribuem para a manutenção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida do bebê?’. Resultados: O corpus de pesquisa constituiu-se de 17 artigos que foram agrupados em três principais eixos temáticos: 1) pré- natal e assistência profissional no pós-parto; 2) uso de tecnologias e ações educativas e 3) situação biopsicossocial. Conclusão: Os estudos analisados destacam a complexidade e a multidimensionalidade dos fatores que influenciam a duração e a manutenção do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Reforçam a necessidade de fortalecer a cultura de informação com orientações adequadas, por profissionais capacitados, sobre aleitamento materno ainda na gestação e permanecendo nos primeiros meses pós parto, por meio de ações educativas tanto individual, quanto coletivas. Ressaltam ainda, as vantagens da existência da rede de apoio, enfatizando os impactos positivos da presença do parceiro e, além disso, apontam que mulheres que não trabalham fora de casa e/ou não retornam ao trabalho no período do aleitamento tendem a prolongar a amamentação. Diante desses desafios, é essencial promover o desenvolvimento de pesquisas que fortaleçam o entendimento desses fatores e contribuam para a eficácia das políticas públicas e práticas clínicas, alinhando-se ao objetivo global de promover a amamentação como um pilar crucial da saúde materno-infantil.
Título: Fatores que influenciam na interrupção precoce do aleitamento materno: Uma revisão de literatura.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Jacqueline Maia Santos Cardoso, Roseline Assunção dos Santos, Rosália Teixeira Luz, Vitória Oliveira Sousa.
Introdução: O momento da amamentação, é compreendido como um conjunto de emoções, que vai além do ato de alimentar o bebê. É um ato que transmite vínculo afetivo entre mãe e filho, entrelaçando a intimidade sentimental entre os dois, favorecendo o desenvolvimento saudável da criança. No entanto, percebe-se que atualmente existe uma ampla porcentagem de mulheres que não amamentam o seu filho exclusivamente aos seis meses de vida. Assim, compreende-se que o desmame precoce, está vinculado a diversos fatores ainda existentes na sociedade. Objetivo: Apresentar os principais fatores que influenciam na interrupção precoce do aleitamento materno, os quais são evidenciados na literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na biblioteca virtual em saúde (BVS), utilizando os descritores: aleitamento materno, desmame precoce, amamentação associado ao operador booleano AND. Realizada durante os meses de julho e agosto de 2024. A busca inicial resultou em: 2.415 artigos, após os critérios de inclusão: estudos com texto completo, ano de publicação: últimos 05 anos; idioma: inglês e português, (2018-2023), originou-se em 188 artigos. Com a aplicação dos critérios de exclusão: trabalhos com publicação superior a 05 anos, com temas não relacionados ao escopo da pesquisa, estudos tipo: teses, dissertações, monografias, relatos de experiência, e estudo de casos, 185 artigos foram excluídos. Após aplicados os filtros, 3 (três) dos estudos foram selecionados para compor o escopo deste trabalho. Resultados e Discussão: De acordo com os dados literários, os principais fatores os quais estão associados ao desmame precoce, são: pega incorreta, anatomia e/ou trauma mamilar, ingurgitamento mamário, ansiedade na autoeficácia da amamentação, uso de mamadeira durante AME, influências culturais e socioeconômicas. Conclusão: Diante dos fatores descritos, há evidências de que a interrupção precoce do aleitamento materno é um problema que interfere no desenvolvimento e na saúde do bebê e na relação afetiva entre mãe/filho. Desse modo, a qualificação dos profissionais de saúde, que estão diretamente atuantes na atenção à saúde materno-infantil, faz-se necessária, para que haja um retrocesso desses fatores.
Título: Gotas de Vida.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Sara Elisa Capelo de Lima, Maria Clara de Melo Reis, Alice Cristina da Silva.
Este projeto tem como objetivo principal abordar a importância da amamentação e a necessidade de facilitar o processo de doação de leite humano para bebês que necessitarão dessa nutrição vital. A proposta se concentra no desenvolvimento de um aplicativo inovador que conectará doadoras de leite materno a receptores, criando uma plataforma segura, eficiente e acessível para gerenciar a doação e a coleta de leite. Diante da crescente demanda por leite humano, especialmente em unidades neonatais e para recém-nascidos em situação de vulnerabilidade, a criação de uma solução tecnológica que agilize e simplifique esse processo é fundamental.
O desenvolvimento do aplicativo incluirá uma série de funcionalidades pensadas para atender tanto as doadoras quanto os receptores de leite. Entre essas funcionalidades, estarão o cadastro intuitivo e seguro das doadoras, a disponibilização de informações detalhadas sobre o processo de extração e armazenamento adequado do leite materno, a localização de pontos de coleta próximos, além da possibilidade de agendamento de coletas domiciliares, proporcionando maior conveniência para as doadoras. O aplicativo também permitirá o monitoramento das doações, garantindo que o leite seja distribuído de forma eficiente e segura para os bebês que mais necessitam.
Os resultados esperados com a implementação deste projeto incluem um aumento significativo na taxa de doação de leite humano, devido à maior acessibilidade e conveniência oferecidas às doadoras. Além disso, espera-se um suporte ampliado às mães que optarem por doar, bem como uma melhoria significativa na saúde de recém-nascidos, especialmente aqueles em situações de vulnerabilidade. A conclusão deste projeto destacará a relevância das ferramentas tecnológicas no apoio à amamentação e doação de leite humano, promovendo não apenas a saúde e o bem-estar dos bebês, mas também fortalecendo o papel dos profissionais de saúde no cuidado materno-infantil. Esse projeto visa, portanto, contribuir para a criação de uma comunidade mais saudável e solidária, onde a doação de leite humano seja facilitada e incentivada através de soluções tecnológicas inovadoras.
Título: Gravação de vídeo: extração manual de leite humano.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Maise August de Faria Martins, Verônica Feitosa Takemoto, Maisa dos Santos Gomes, Anatália Lopes de Oliveira Basile.
O leite humano contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança necessita para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem infecções e doenças. A prática da extração manual do leite é uma estratégia importante para fortalecer o amamentação, proporcionar alívio em mamas muito cheias, manter uma produção adequada de leite e reduzir a oferta de fórmula ao recém-nascido. Objetivo:Proporcionar aos profissionais da equipe materno-infantil e às lactantes com seus bebês o conhecimento técnico adequado para realizar a extração manual do leite, oferecendo assim apoio e autonomia para cuidados com as mamas. Dessa forma, promover uma maior produção de leite humano, para que ele seja oferecido aos bebês internados, mesmo na ausência da lactante, uma vez que é considerado o melhor alimento do mundo, padrão ouro. Procedimentos:Foi solicitada autorização para a gravação junto à direção do hospital e alinhamento entre equipe da Maternidade Segura Humanizada – MTA e equipe de comunicação da OSS CEJAM. Após a elaboração de um roteiro detalhado com todos os passos para a extração manual do leite, houve uma conversa entre a lactante participante, e equipe da MTA e comunicação. Escolhido ambiente e material necessário para realizar a gravação. Resultados:Foi produzido um vídeo explicativo com detalhes para ilustrar de forma prática como realizar a extração manual do leite, seguindo os passos detalhados no roteiro. O vídeo aborda a preparação adequada do ambiente, cuidados e massagem nas mamas, técnicas de 3 tempos de extração manual do leite, demonstrando possibilidades para realizar a extração de leite de forma suave e sem dor. Conclusão: A gravação do vídeo visa explicar de forma simples e rápida, de maneira que o público entenda sua aplicação e utilize esse material para apoiar as lactantes e fortalecer o aleitamento humano, cuidados com as mamas e a possibilidade em oferecer leite da própria lactante em necessidades de complementação ou quando o aleitamento humano está impossibilitado.
Título: O aleitamento materno nos centros de educação infantil Itajaí/SC.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Camila Santos do Couto, Ana Paula Quirino Lucena dos Santos, Ana Paula Rudolf, Joy Bergmann Soares, Jane Cristina Anders, Dulcineia Ramos Michels.
Tema: A literatura evidencia a escassez de políticas públicas voltadas à promoção do aleitamento materno no cenário da educação infantil, bem como ressalta a relevância do desenvolvimento de ações intersetoriais neste contexto para que os Centros de Educação Infantil (CEIs) se configurem espaços promotores da amamentação. Objetivo: Relatar a situação do aleitamento materno nos Centros de Educação Infantil do município de Itajaí/SC. Procedimentos: Relato desenvolvido por grupo técnico das Secretarias de Saúde e de Educação de Itajaí/SC, no qual foi realizado o levantamento de informações, por meio de formulário eletrônico, acerca da promoção do aleitamento materno nos CEIs no ano de 2024. Resultados: Os 138 CEIs do município de Itajaí/SC foram convidados a participarem do levantamento de informações, de forma que, 65 realizaram o preenchimento do formulário. Após análise das informações levantadas, identificou-se que dos CEIs: 60% receberam leite materno, 46,1% receberam mães para amamentar no espaço escolar, 93,8% tinham profissionais capacitados para o manuseio do leite materno e 70,8% desenvolveram ações para promoção da amamentação no contexto escolar. Dentre as ações elencadas, temos: o cantinho da amamentação ou um espaço acolhedor para amamentação; poltronas ou cadeiras para acolhimento da amamentação em espaços diversos do CEI, como na biblioteca, sala da direção e sala dos professores; confecção de painéis com mensagens sobre amamentação e murais de fotos das crianças do CEI sendo amamentadas; entrega de cartilhas sobre amamentação nas creches no ato da matrícula, elaboradas pelo grupo técnico das Secretarias de Saúde e de Educação; encaminhamento das mães que tem dúvidas sobre o processo de extração, armazenamento e transporte leite ordenhado para atendimento em um serviço de saúde especializado em aleitamento materno; dentre outras estratégias. Conclusão: Ao longo dos últimos três anos, diversas ações têm sido desenvolvidas de forma intersetorial, pelas Secretaria de Saúde e de Educação, visando a garantia da proteção à continuidade do aleitamento materno das crianças matriculadas na educação infantil de Itajaí/SC. Considerando que para promover a amamentação no contexto escolar é necessário o fortalecimento das políticas públicas intersetoriais, os resultados apontados evidenciam um cenário favorável à amamentação e que tem potencial para ser melhorado.
Título: O Papel Estratégico da OSS CEJAM frente a Iniciativa Hospital Amigo da Criança- IHAC.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Renato Tardelli Pereira, Anatália Lopes de Oliveira Basile, Fernanda Silva Fuscaldi, Maise August de Faria Martins, Tamyris Vaz Silva, Rita de Cássia Lima.
Seguindo a visão estratégica da OSS CEJAM de se tornar a melhor instituição nacional em gestão de saúde populacional, na linha de cuidado materno-infantil foi lapidada a cadeia de valor da Maternidade Segura Humanizada (MSH), estabelecendo o modelo assistencial humanizado em todos os contratos. Neste modelo se aplica a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança- PNAISC, Rede Cegonha, Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC,e Método Canguru. Objetivo: Implantar ações para unificar o modelo assistencial voltados aos 10 passos da Iniciativa Hospital amigo da Criança (IHAC), o Cuidado Amigo da Mulher (CAM) , Permanência de Acompanhante ao Recém-Nascido (PRN), e Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Procedimentos: Este relato de experiência demonstra a atuação da MSH para unificar o modelo de gestão e assistencial. Através da definição dos processos críticos, mapeamento de riscos para implantação de protocolos, rotinas e fluxos com impressos específicos, dentre as ferramentas destaca-se o livro de parto informatizado evidenciando boas práticas, além dos mecanismos de controle por meio de reuniões, visitas técnicas sistematizadas, avaliações periódicas com desdobramento de ciclos de melhoria contínua, e assessoria pró-ativa ao programa de capacitação composta de 20h de sensibilização presenciais, online e prática beira leito local da IHAC. Resultados: Os esforços resultaram em conquistas significativas, nos contratos de maternidades com o CEJAM que foram avaliadas pelo Ministério da Saúde no ano de 2023/2024 resultando em 3 recertificações e 1 nova certificação com a obtenção do selo IHAC. Conclusão: Os resultados alcançados através de reconhecimento externo, as certificações, demonstram que houve adesão às estratégias adotadas para unificar, implantação e acompanhamento do modelo assistencial estabelecido pela OSS CEJAM humanizado, centrado na pessoa, família e comunidade, culminando no fortalecimento das políticas públicas de saúde estabelecidas.
Título: Performance de gestantes em uma experiência de educação baseada em simulação sobre aleitamento materno.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Taison Regis Penariol Natarelli, Suzanne Hetzel Campbell, Ana Isabel Parro Moreno, Walusa Assad Gonçalves Ferri, Adriana Moraes Leite, Luciana Mara Monti Fonseca.
Introdução: amamentação é um fenômeno complexo e difícil de simular. A Organização Mundial de Saúde recomenda a simulação como estratégia de ensino, entretanto, inexiste na literatura estudos sobre cenários de simulação – estruturados e validados – voltados para a clientela. Objetivo: avaliar o desempenho, a satisfação e a autoconfiança na aprendizagem de gestantes em uma experiência de educação em aleitamento materno baseada em simulação. Métodos: estudo quase-experimental, do tipo grupo único, realizado com 20 gestantes, em um município do interior de São Paulo, entre outubro de 2022 e maio de 2023. A simulação foi pautada pelos Padrões das Melhores Práticas de Simulação em Saúde™ da INACSL, sendo validada previamente junto a experts. O cenário foi aplicado em visitas domiciliares individuais e contou com simulador de amamentação (MamaBreast – Laerdal®), manequim neonatal de média fidelidade com choro controlado por smartphone e encenador interpretando Agente Comunitário de Saúde. A simulação foi composta por briefing, cenário em ação (Cena 1 – avaliação do choro do recém-nascido; Cena 2 – preparo da mama e ordenha manual; Cena 3 – técnica de amamentação) e debriefing. Para avaliação, foram utilizados check-list de observação e Escala de Satisfação e Autoconfiança com a Aprendizagem. Resultados: durante o cenário, 75% das gestantes não interagiram com o bebê, 95% não realizaram o preparo da mama, 65% não realizaram a ordenha manual e 95% não retiraram o bebê da mama de maneira adequada. Contudo, todas as mães souberam avaliar o choro do bebê e a maioria realizou a técnica de amamentação correta, incluindo posição (90%), prega (65%) e pega (85%) adequadas. Todas as participantes apresentaram altos níveis de satisfação e autoconfiança com a aprendizagem, com maior prevalência de respostas positivas em todos os itens, variando entre 80-100%. Conclusão: foi desenvolvida uma experiência de Educação Baseada em Simulação, até então inédita no âmbito da educação pré-natal. A ação educativa possibilitou que as gestantes vivenciassem o processo de amamentação ainda no pré-natal, em uma experiência simulada e altamente realista. A simulação proporcionou altos níveis de satisfação e autoconfiança com a aprendizagem, podendo ser replicada por profissionais de saúde no ensino em aleitamento materno.
Título: Promoção do aleitamento materno de mulheres trabalhadoras para o alcance de objetivos do desenvolvimento sustentável.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autora: Isis Leticia Brasil dos Santos.
Introdução: Os benefícios do aleitamento materno são cientificamente comprovados e recomendados, por promoverem a saúde não só da criança como da mãe. Ações de promoção e proteção da amamentação no ambiente de trabalho favorecem a melhora nesses indicadores, além do potencial de contribuir para o alcance de objetivos do desenvolvimento sustentável. A participação das mulheres no mercado de trabalho é uma barreira para a melhoria nas taxas de amamentação devido ao desafio de conciliar emprego e maternidade, ademais, muitas não têm proteção legal ou estão amparadas por uma licença maternidade com tempo inferior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde para o aleitamento materno exclusivo, que é de 6 meses. Entretanto, o ambiente de trabalho pode ser um agente de promoção, proteção e apoio ao aleitamento. Objetivo: Discutir a contribuição da promoção do aleitamento materno de mulheres trabalhadoras no alcance de objetivos do desenvolvimento sustentável. Método: Trata-se de um estudo descritivo que identifica o impacto da promoção do aleitamento materno no trabalho, no alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS). Resultados: A promoção da amamentação envolve fatores políticos, econômicos e sociais, que podem contribuir para o alcance de alguns objetivos do desenvolvimento sustentável, pelo potencial de atuar diretamente na erradicação da pobreza (ODS 1) e da fome (ODS 2), garantindo saúde e bem-estar das mulheres e crianças (ODS 3), além da redução de desigualdades (ODS 10), contribuindo para o consumo e produção responsáveis (ODS 12) e contra a mudança global do clima (ODS 13). Sendo que, a promoção do aleitamento no trabalho através de legislações, apoio de gestores e colegas de trabalho, além da implementação de salas de apoio à amamentação estão alinhadas aos objetivos sustentáveis, na saúde e bem-estar da trabalhadora (ODS 3), promoção da igualdade de gênero (ODS 5) e trabalho decente e crescimento econômico das mulheres (ODS 8). Conclusão: A promoção e proteção da amamentação das trabalhadoras tem potencial para o alcance de oito dos 17 ODS.
Título: Relato de experiência sobre o desenvolvimento de um guia de aleitamento materno para gestantes e lactantes.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Letícia Santos Alves de Melo, Cintia Regina Tornisiello Katz, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro.
A OMS reconhece que é o aleitamento materno (AM) é extremamente benéfico para a saúde materno-infantil, trazendo diversos benefícios para díade mãe-bebê. Além da OMS, instituições como a UNICEF e o Ministério da Saúde brasileiro recomendam o AM e desenvolvem diversas estratégias para a promoção da amamentação. No entanto, o índice de aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida do bebê, no Brasil, em 2019-2020, foi de 45,8%, abaixo do recomendado pela OMS que é de 70%. Para compartilhar as informações e as recomendações sobre o AM, além de esclarecer mitos e verdades a respeito da amamentação, foi desenvolvido o “Guia de aleitamento materno: para gestantes e lactantes” de distribuição gratuita, visando trazer informações para gestantes e lactantes. Trata-se de um relato de experiência do desenvolvimento de guia, no formato digital, como parte dos benefícios diretos as participantes de uma pesquisa realizada no interior paulista. O material, elaborado a partir de um estudo prévio da literatura por meio de artigos, livros e documentos governamentais e de instituições internacionais, está dividido em 8 capítulos curtos e ilustrados, é distribuído via WhatsApp® e está publicado em repositório acadêmico. A experiência com o desenvolvimento do “Guia de Aleitamento Materno” demonstrou que, além de ser um recurso valioso e de fácil acesso para gestantes e lactantes, sua disseminação pode auxiliar profissionais e estudantes interessados no tema, auxiliando-os a promover o AM. É essencial que gestantes e puérperas estejam bem informadas e seguras quanto à importância da amamentação, seu manejo, benefícios, e crenças populares que envolvem o aleitamento materno. Assim, o desenvolvimento de materiais acessíveis e com informações claras pode contribuir significativamente para a prática da amamentação.
Título: Sala de apoio à amamentação no SUS de Santa Rita do Sapucaí – MG.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Sara Elisa Capelo de Lima, Tetzi Oliveira Brandão, Koeler Torino, Juliana Pasin Dupas Henriques.
Objetivos: Ajudar mães e bebês no processo no pós-parto imediato, melhorar os índices de aleitamento exclusivo até 6 meses do município, garantir direitos das mães e bebês ao aleitamento no seio, criar uma rede de apoio à doação de leite materno, servir de exemplo para outros municípios da região. Procedimentos: Realizada uma campanha privada com envolvimento da sociedade civil, através de uma “vaquinha virtual” no site Campanha do Bem para arrecadação de fundos para aquisição de materiais e equipamentos que serão doados à unidade de saúde, afim de melhor estruturação e atendimento da sala de amamentação que fica localizada da Unidade Materno Infantil (SUS) na cidade de Santa Rita do Sapucaí- MG, iniciado em 23 de junho de 2024 e ainda em andamento. Houve divulgação da campanha nas redes sociais das organizadoras e colaboradoras (Instagram, Facebook e YouTube) bem como em entrevistas para programas de estação de rádios locais. Resultados: A meta é a arrecadação de 20 mil reais e até início de agosto de 2024, metade deste valor foi alcançado e alguns materiais e equipamentos já foram disponibilizados para sala como: aparelho de laser, bombas elétricas, balança digital, mesa de apoio, berço de acrílico entre outros. Conclusão: Tivemos uma boa aceitação e envolvimento de diversos setores da sociedade civil e empresas. Com o valor parcial que foi arrecadado e compra de parte dos materiais e equipamentos muitas mais puérperas e bebês já foram beneficiados diretamente com esses itens novos.
Título: Sinais e sintomas das lesões no complexo aréolo-mamilar: um recorte de revisão de escopo.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Larissa Aquino Rocha Bollela, Andressa Matias Silva Gonçalves, Flaviana Vely Mendonça Vieira, Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante.
Introdução: A ocorrência de lesões mamilares nos primeiros 7 dias pós-parto varia de 15% a 80% das lactantes mundialmente¹, sendo uma das principais causas da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo devido à dor intensa que podem provocar². É essencial que o profissional que assiste à mulher esteja atento aos sinais e sintomas para a prevenção de lesões e no agravamento das existentes³. Objetivo: Caracterizar os sinais e sintomas associados às lesões no complexo aréolo-mamilar. Método: Trata-se de uma análise preliminar como parte de uma revisão de escopo em andamento, focada na identificação de sinais e sintomas associados a lesões no complexo aréolo-mamilar em mulheres lactantes. A busca ocorreu entre março e abril de 2024 em oito bases de dados, com base no mnemônico PCC: P (População) – mulheres; C (Conceito) – lesão nas mamas; C (Contexto) – amamentação. Os dados foram extraídos após a aplicação dos critérios de inclusão, focados em estudos primários ou secundários, que possibilitavam a identificação do diagnóstico de enfermagem de lesão no complexo aréolo-mamilar no contexto da amamentação, em três idiomas. A condução desta revisão segue as diretrizes do PRISMA para revisões de escopo (PRISMA-ScR) e Joanna Briggs Institute (JBI), garantindo rigor metodológico na seleção e análise dos estudos. Resultados: Na análise preliminar, 20 estudos foram incluídos, sendo estes com diversos desenhos metodológicos: ensaios clínicos randomizados e duplo-cegos, estudos observacionais, longitudinais, transversais, bem como um caso-controle e uma carta ao editor. Foram identificados os seguintes sinais e sintomas mais frequentemente referidos: dor aguda ao amamentar, rompimento da pele (rachaduras e fissuras mamilares), eritema e edema e dificuldade na pega e posicionamento da mãe e do bebê. Os estudos foram realizados principalmente na Turquia e nos Estados Unidos. Conclusão: Os sinais e sintomas identificados reforçam a importância de intervenções adequadas pelos profissionais, com destaque ao enfermeiro, para prevenir, identificar e intervir precocemente nas lesões mamilares, visando promover uma amamentação bem-sucedida.
Título: Transtorno do Espectro Autista (TEA), nutrição e a importância da microbiota intestinal saudável: uma revisão integrativa.
ISBN: 978-65-80436-04-0
Autores: Patrícia de Nazaré Castilho de Brito, Carolina Souza Gouvêa Grandi, Heliane Christina Braga Gomes, Danielle de Cassia Machado de Almeida Muller, Leidiany Ramos Brito Silva.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizada como um transtorno do neurodesenvolvimento, que pode gerar inúmeras dificuldades, tais bloqueio na comunicação social, comportamentos repetitivos, interesses restritos, além de alterações gastrintestinais, como constipação, distensão abdominal e desequilíbrio na composição da microbiota, a disbiose intestinal. As pesquisas apontam que a microbiota intestinal saudável, por meio de uma nutrição adequada, tem impacto positivo em vários órgãos do corpo. O objetivo do trabalho foi analisar a importância da microbiota saudável, por meio da intervenção nutricional adequada com intuito de melhorar a qualidade de vida de portadores de TEA. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, e as pesquisas foram realizadas por meio das bases de dados científicos, como PubMed, BIREME e SciElo. Utilizou artigos científicos nacionais e internacionais, nos idiomas português e inglês, publicados no período de 2014 a 2024. Como descritores foram usados os seguintes: “Transtorno do espectro autista (TEA)”, “microbiota intestinal”, “nutrição” e “intervenção dietética”. Os critérios de inclusão foram: Artigos completos publicados em nos idiomas português e inglês, entre os anos de 2014 a 2024. Já os critérios de exclusão: Artigos publicados antes de 2014 e que estivessem em outro idioma. As pesquisas apontam que os portadores de TEA frequentemente apresentam disbiose intestinal, e que dietas ricas em fibras e prebióticos promovem o crescimento de bactérias benéficas, enquanto dietas ricas em açúcares e gorduras podem favorecer o desequilíbrio na composição da microbiota intestinal. Outras pesquisas apontam que dietas sem glúten e caseína podem melhorar significativamente os comportamentos sociais e comunicativos em crianças com TEA. Estudos também indicam que a adoção da terapia nutricional para minimizar desconfortos gastrointestinais na qualidade de vida do paciente, com alimentos frequentemente deficientes em crianças com TEA, pode ser uma opção de tratamento eficiente para sintomas gastrointestinais. Os achados científicos reforçam que a intervenção nutricional personalizada tem potencial para melhora da microbiota intestinal dos pacientes com TEA. Portanto, é essencial que pais, cuidadores e profissionais de saúde colaborem na implementação de estratégias nutricionais eficazes para promover a saúde intestinal dos pacientes com TEA.
Título: Aleitamento humano: reflexões sobre as particularidades enfrentadas pela população LGBTQIA+
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Eveline Franco da Silva
Resumo:“Introdução: A nomenclatura “aleitamento materno” em discursos sobre amamentação, documentos norteadores de políticas públicas, espaços acadêmicos e de saúde, constrói uma segregação velada de pessoas que amamentam, mas que não correspondem à perspectiva heteronormativa. Historicamente e socialmente o aleitamento é representado pela imagem de uma mulher cisgênero. Esta simbologia é impregnada no imaginário humano e, consequentemente, na assistência à saúde ofertada a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero (LGBTQIA+) que estão vivenciando não somente o aleitamento, mas o ciclo gravídico-puerperal. Objetivo: Refletir sobre as particularidades enfrentadas por minorias sexuais e de gênero no aleitamento humano. Métodos: Revisão integrativa, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se os termos: minorias sexuais e de gênero; aleitamento; e amamentação. A busca resultou em 22 estudos, em que foram incluídos artigos completos em português e inglês publicados nos últimos 10 anos. Após leitura e análise, sete artigos compuseram a amostra final. Resultados: A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais representou avanços em relação aos artifícios legais sobre direitos da população LGBTQIA+. No entanto, espaços de saúde são locais onde esta população se vê vulnerável a violências, à invalidação de sua identidade e concepção de família. Constata-se desconhecimento e despreparo profissional, especialmente em relação à abordagem da amamentação e de técnicas relacionadas à indução da lactação para famílias de pessoas transgênero ou para casais homossexuais femininos. Predominam, entre os serviços de saúde, procedimentos, protocolos e uso da linguagem que relaciona a amamentação exclusivamente a um ato materno e feminino, sendo estas concepções enraizadas, mas que se encaminham para serem desconstruídas e repensadas. Conclusão: Cuidar de famílias de diferentes configurações exige um processo reflexivo, autoeducativo e em nível coletivo. Para isso, instituições de saúde necessitam reestruturar sua forma de pensar, planejar e implementar o cuidado. Recomenda-se aos profissionais de saúde acolher, encorajar e validar o amamentar em todas as suas concepções, contextos e configurações. Para avanço das discussões e melhoria do cuidado em saúde, sugere-se o desenvolvimento de mais estudos acerca do tema.”
Título: Avaliação da anquiloglossia utilizando diferentes protocolos
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autor: Kleber Rosa de Almeida
Resumo: “Introdução A anquiloglossia, é uma anomalia congênita, caracterizada por um frênulo lingual encurtado, decorrente da reabsorção incompleta do tecido que une a língua ao assoalho bucal, provocando restrição na movimentação da língua. Durante a amamentação, essa restrição pode impedir a pega efetiva, podendo provocar dor mamilar e diminuição da transferência de leite, tendo potencial de levar ao desmame precoce. Atualmente recomenda-se a utilização do Protocolo Bristol (Bristol Tongue Assessment Tool). A literatura não é consensual quanto ao melhor teste diagnóstico (“padrão ouro”) para a identificação da anquiloglossia, sendo que vários protocolos vêm sendo propostos. A escolha de um protocolo para a implementação em todas as maternidades brasileiras levou em consideração a praticidade de aplicação, validação envolvendo profissionais não especialistas em disfunções orofaciais e capacidade de predição de problemas na amamentação. O objetivo foi avaliar a reprodutibilidade e a acurácia de 2 métodos de diagnóstico da anquiloglossia o Teste de triagem da língua neonatal (NTST) e Bristol Tongue Assessment Tool (BTAT). Métodos: Este foi um estudo transversal, realizado na Maternidade Estadual de Caieiras São Paulo, de agosto a novembro de 2022 aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa n 5.566.224. Os dados foram coletados através de exames clínico. Foram selecionados 619 recém-nascidos que foram avaliados por 3 avaliadores diferentes, previamente calibrados com (k = 0,8), quem avaliaram os recém-nascidos pelos 2 os dois protocolos. Foi realizada a Concordância de Kappa e as análises de, sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivos e negativos. Resultados: os índices de concordâncias foram entre 0,60 e 0,80, correlação entre Teste de triagem da língua neonatal (NTST) e o de Bristol são significantes e a relação de Teste de triagem da língua neonatal (NTST) com Bristol apresentaram especificidade e sensibilidade elevada, apresentando VPP baixos e VPN elevados. Conclusões: O Teste de Triagem da Língua Neonatal se mostrou confiável na avaliação, assegurando a acurácia em realizar o diagnóstico de anquiloglossia. demostrou ser um instrumento mais sensível a frênulos submucosos possibilitando o encaminhamento de bebês com frênulo linguais classificados como duvidosos para uma avaliação completa de amamentação por um profissional especialista.”
Título: Barreiras e facilitadores na implantação de protocolo de amamentação para prematuros sob a perspectiva de profissionais e mães
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Sofia Saiter Rizzo
Resumo:“Introdução: O estabelecimento e a manutenção do aleitamento materno em recém-nascidos prematuros e de baixo peso são complexos, apresentando desafios maiores que em recém-nascidos a termo e saudáveis, uma vez que o processo de amamentação pode ser interrompido por tempo indeterminado. Objetivo: Descrever a percepção de profissionais de saúde e de mães acerca das barreiras e facilitadores para a implantação de protocolo multidisciplinar de amamentação para recém-nascido prematuro e baixo peso. Métodos: Pesquisa participativa, com abordagem qualitativa, baseada no referencial da ciência da implementação, seguindo os critérios estabelecidos no Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ). Resultados: Os principais facilitadores elencados foram: Presença de equipe multiprofissional completa e exclusiva da unidade; presença de espaço físico propício para permanência de mães em tempo integral; existência de banco de leite; seguimento ambulatorial adequado para prematuros e investimento na criação de documentos institucionais que norteiam a prática clínica. Dentre as barreiras, destacam-se: Ausência materna; falta de comprometimento dos pais; inadequações estruturais específicas; comunicação deficiente da equipe e ausência de grupos de apoio intra-hospitalares e no pós-alta. Conclusão: O trabalho conseguiu trazer a luz os principais pontos positivos e negativos para implantação de protocolo de amamentação de prematuros no hospital, conduzindo a melhoria da qualidade do cuidado prestado por meio de prática baseada em evidência no manejo da amamentação desses recém-nascidos. A pesquisa influenciou mudanças na prática e alertou que a manutenção dos cuidados baseados em evidências requer educação permanente da equipe neonatal e de outros setores envolvidos para auxiliar na adesão e melhores resultados, assim como a escuta e parceira com pais e redes de apoio.”
Título: Consultoria em aleitamento materno no SUS: relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Laeny Catarina Dias Freitas
Resumo: “O aleitamento materno trata-se da forma de proteção e nutrição mais eficaz contra mortalidade infantil, além de reduzir internações hospitalares e proporcionar diversos benefícios para a mãe e toda a família. Apesar de seus inúmeros benefícios ainda apresenta taxas abaixo do adequado, sendo o desmame, na maioria das vezes ocasionado, pelas dificuldades no processo da amamentação. Este estudo teve como finalidade relatar experiência da criação de um projeto de aleitamento materno exclusivo no SUS no município de Carmo do Cajuru-MG (PROAMES). Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que busca relatar o desenvolvimento do projeto que teve início em Novembro de 2022. O projeto proporciona atendimento domiciliar de gestantes/puérperas que residem no município de Carmo do Cajuru/MG. É oferecido a todas as gestantes/puérperas, durante visitas domiciliares dos ACS, consultas de pré-natal e pós-parto e triagem neonatal o acompanhamento com uma consultora de amamentação em domicílio para consultoria no período gestacional e pós-parto. As consultas são agendadas previamente em agenda semanal de segunda a sexta no horário de 16h às 20h. Os atendimentos são realizados no domicílio da paciente, facilitando o acesso à mesma. Durante as consultas são utilizadas técnicas de manejo clínico da lactação, com demonstrações, observações, e educação em saúde, para promover o aleitamento materno com tranquilidade e leveza. Foram beneficiadas pelo projeto mais de 100 famílias com consultorias de 1º atendimento; 58 consultorias gestacionais; 87 consultorias de retorno para reavaliação da díade, 198 contatos telefônicos para orientações, reavaliação de lesões através de fotos e reavaliação da pega através de vídeos; 87 tratamentos por fotobiomodulação para traumas mamilares, reparação tecidual, controle de dor, estimulação de produção láctea e tratamento para Cândida. Após as consultorias, 4 bebês foram encaminhados para frenectomia; 35 bebês deixaram o uso de fórmula como complemento, ficando em AME, e 18 bebês que haviam interrompido a amamentação devido aos traumas mamilares e confusão de bicos retornaram ao Aleitamento Materno. Assim, podemos evidenciar a importância do projeto para a promoção do aleitamento materno e suporte a família durante o período gravídico-puerperal.”
Título: Cuidados com a amamentação do bebê prematuro junto aos pais: desenvolvimento de um aplicativo mobile
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Danielle Monteiro Vilela
Resumo: “Introdução: A prematuridade é considerada a principal causa da mortalidade infantil a nível mundial. Por sua vez, estratégias como amamentação, aumenta a sobrevida do bebê prematuro. Por conta das especificidades da prematuridade, as famílias podem enfrentar dificuldades em estabelecer e dar continuidade ao aleitamento materno. Nesse sentido, aplicativos móveis são ferramentas tecnológicas que podem ser utilizados no processo de educação em saúde e promover estratégias como a amamentação. Objetivos: Desenvolver um aplicativo móvel sobre amamentação para a família do bebê prematuro. Método: Trata-se de um estudo metodológico para desenvolvimento de um aplicativo móvel, embasado na Problematização de Paulo Freire e no Design Instrucional Contextualizado. O conteúdo do aplicativo foi desenvolvido com base na literatura e na cartilha educativa “Cuidados com o bebê prematuro: orientações para a família”. Resultados: Um protótipo do aplicativo na versão pré-alfa, foi construído e enviado aos desenvolvedores e programadores com conteúdo, incluindo a visão geral, público-alvo, expectativas do usuário e com indicação de multimeios como imagens, vídeos e animações a serem criados. A partir da criação do conteúdo e dos multimeios, foi desenvolvido um protótipo na fase alfa e o design do aplicativo utilizando os softwares Adobe Photoshop®, Corel Draw®, Adobe Illustrator® e Adobe Animate®. O aplicativo foi desenvolvido para os sistemas operacionais Android e iOS com linguagem de programação JavaScript® por meio do framework React Native® e a plataforma Expo, teve o conteúdo flexível e organizado em “Bebê prematuro”, “Amamentação”, “Banco de Leite”, “Agenda do meu bebê”, “Galeria do meu bebê” e “Diário”, em consonância com o referencial teórico utilizado, para facilitar o encontro de temas de interesse e de necessidade no momento. O aplicativo construído recebeu o nome de “Breastfeeding Care – Cuidados na amamentação do bebê prematuro” e foi disponibilizado nas plataformas de teste das lojas da Apple® e Google®.
Conclusão: Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados, possibilitando o desenvolvimento do aplicativo móvel. Espera-se, que este trabalho possa contribuir para fomento de estratégias inovadoras no processo de ensino-aprendizagem e empoderamento das famílias, através de conteúdos confiáveis e como recurso tecnológico aos profissionais de saúde para apoio às atividades de educação em saúde.”
Título: Desenvolvimento do Instrumento de rastreio para identificação dos dificultadores do aleitamento (IRIDA)
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Caroline Ribeiro Neves
Resumo:“Introdução: Apesar dos avanços nas taxas de amamentação observados na última década, o Brasil ainda não atingiu a preconizada pela OMS. Deste modo, torna-se importante pesquisar os fatores considerados dificultadores que influenciam no processo de amamentação e consequentemente realizar intervenções eficazes para sua promoção e proteção. Objetivo: Elaborar um instrumento de rastreio que identifique a ocorrência dos dificultadores do Aleitamento. Métodos: Estudo transversal, prospectivo, desenvolvido no período de 2021 e 2022 em parceria com o Amparo Maternal e o Ambulatório de Mioterapia Orofacial do Departamento de Fonoaudiologia da UNIFESP/EPM e aprovado pelo CEP n° 4846380. Foi composto pelas etapas: 1- elaboração do instrumento de rastreio; 2- Avaliação do instrumento; 3-Análise estatística e 4- Aplicação teste. O Instrumento de Rastreio para Identificação dos Dificultadores do Aleitamento (IRIDA) constou de 35 perguntas englobando os fatores emocionais (6 questões), físicos (6 questões), conhecimentos gerais sobre o aleitamento (19 questões), e aspectos fonoaudiológicos envolvidos na amamentação (4 questões). Posteriormente o instrumento foi aplicado numa população que frequenta uma maternidade pública de referência da cidade de São Paulo. Para a análise estatística foram utilizados os testes Kappa e Índice de Validade de Conteúdo do teste (IVC). Resultados: Concordância excelente entre os juízes (K=1,000). Idade média materna de 26,81 anos; maioria primíparas (47,9%), solteiras (69,8%), com mais de 8 anos de estudo (75%), e empregadas (69,8%). Sobre tipo de parto, 66,7% foram vaginal. Das puérperas da amostra, 45% amamentaram exclusivamente o filho anterior até os 6 meses e 40% amamentaram até os 12 meses ou mais, 87,5% não foram orientadas a armazenar o leite humano ordenhado, 53,1% referiram que o parceiro não recebeu orientação sobre aleitamento, 54,2% utilizarão mamadeira e 50% chupeta, e 52,1% se sentem ansiosas para amamentar. Conclusão: O instrumento de rastreio IRIDA demonstrou boa confiabilidade identificando os dificultadores do aleitamento, sendo eles: ansiedade para amamentar, trabalhar fora de casa, falta de orientação sobre armazenamento do leite ordenhado, parceiro não ter recebido orientação sobre a amamentação, crendice de não poder amamentar deitada e introdução de chupeta e mamadeira.”
Título: Elaboração do fluxograma de apoio aos profissionais da neonatologia e unidade saúde da mulher de um hospital universitário federal com bando de leite humano
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Sofia Saiter Rizzo
Resumo: “INTRODUÇÃO: O incentivo ao Aleitamento Materno no Brasil objetiva a redução da taxa de mortalidade infantil e incremento do índice de aleitamento materno com reflexo na melhoria da qualidade de vida do recém-nascido (RN), principalmente o prematuro. Os Bancos Leite desempenham papel importante na neonatologia, sendo fundamentais no enfrentamento da morbimortalidade neonatal. Fazem parte de Política Pública a favor do Aleitamento Materno, sendo a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) estratégia do Ministério da Saúde. O leite humano doado é destinado prioritariamente para RN de baixo peso e prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Há preocupação à necessidade de ter estoque suficiente para atender, com leite humano pasteurizado (LHP) os bebês internados. OBJETIVO: Elaborar fluxograma de apoio aos profissionais, a fim de, esclarecer às mães de bebês em UTIN a necessidade de utilizar leite materno. MÉTODOS: Estudo qualitativo com criação de fluxograma para organizar atendimento no BLH, das puérperas advindas da UTIN do Hospital Cassiano Antônio Moraes, Vitória, ES. A partir das atividades descritas, foi utilizado a ferramenta da qualidade PDCA para obter uma visão sistêmica do problema. RESULTADOS: Na análise crítica do caso para elaboração do fluxograma analisador principiou-se pela construção estratégica através do PDCA. Na fase P – Plan foi utilizado diagnóstico situacional para identificação do problema e possíveis causas; D – DO será execução do Plano de ação com confecção esquemática do fluxograma; C – Check feita verificação dos resultados na aplicação do fluxograma; na fase A – ACT realizará análise para se propor um replanejamento e evitar que a repetição do problema ocorra. Sendo assim, organizando o fluxo de atendimento, espera-se que as mães de prematuros possam ir com mais frequência ao BLH. CONCLUSÃO: Observa-se dificuldade na amamentação entre mães de neonatos prematuros, por ainda existirem barreiras hospitalares à amamentação, principalmente em serviços de neonatologia para RN de alto risco. A baixa adesão das mães procurarem o BLH juntamente com a dificuldade dos profissionais de como encaminhá-las e orientá-las, faz com que haja uma sobrecarga do serviço a procura de novas doadoras, sendo que as mesmas podem doar seu próprio leite ao bebê internado.”
Título: Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em recém-nascidos pré-termo na alta hospitalar
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Nathaly Aparecida da Costa Alves
Resumo: “Introdução: O leite materno é reconhecido mundialmente como o melhor alimento e fator protetor para a criança, uma vez que possui todos os nutrientes necessários para o adequado crescimento e desenvolvimento saudável. No que se refere aos recém-nascidos pré-termo, o aleitamento materno se torna essencial, por conter nutrientes de fácil digestão e absorção, estando o mesmo ajustado às necessidades do bebê e a sua idade gestacional. Objetivo: Analisar os fatores associados ao aleitamento materno exclusivo na alta hospitalar de recém-nascidos pré-termo internados em unidade neonatal. Métodos: Participaram da pesquisa recém-nascidos pré-termo sem comorbidades associadas admitidos na Unidade Neonatal de uma instituição filantrópica, que necessitaram de sonda gástrica para alimentação. Na análise estatística foram utilizados os testes univariados de Qui Quadrado, Exato de Fisher e Mann Whitney. Também foram apresentadas as estimativas de Razão de Chances por meio da Regressão Logística univariada e multivariada. Resultados: A amostra foi composta por 39 recém-nascidos pré-termo. A maioria das mães dos bebês tinha idade inferior a 30 anos (56,4%), sendo que a idade média foi de 27,51 anos (desvio padrão de 7,3 anos). A alimentação na alta teve 53,9% como aleitamento materno exclusivo, 25,6% como aleitamento misto e 20,5% como aleitamento artificial. Foram associados aos aleitamento materno exclusivo: parto cesáreo com 92% menos chance de receber alta com aleitamento materno exclusivo do que o tipo de parto normal, presença da mãe na maternidade durante a internação do filho, com 34 vezes mais chances de aleitamento materno exclusivo na alta do que as mães que não permaneceram; e o tempo de transição para a via oral exclusiva, sendo que o aumento de um dia no uso de sonda, houve redução de 24% nas chances do recém-nascido receber alta em aleitamento materno exclusivo. Conclusão: Os achados desta pesquisa permitem inferir que o aleitamento materno exclusivo de recém-nascidos prétermo na alta hospitalar possui relação com o tipo de parto, a permanência da mãe na Unidade Neonatal em todo tempo de internação do bebê e com o tempo de transição da sonda para via oral.”
Título: Lactação no contexto da prematuridade: contribuições da equipe de enfermagem
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autor: Diego Silveira Siqueira
Resumo: “Introdução: O aleitamento materno (AM) proporciona ao lactente nutrição, proteção do sistema imunológico e prevenção de patologias durante o desenvolvimento infantil, reduzindo consequentemente os indicadores de morbimortalidade na infância. Para além dos benefícios fisiológicos, o AM é um elemento fundamental para a promoção do vínculo afetivo no binômio mãe-bebê, mas que mostra-se prejudicado em situações de prematuridade. Devido à imaturidade sistêmica e anatômica, que prejudica a sucção e deglutição adequada do recém-nascido prematuro e à frustração e anseios maternos em relação ao contexto delicado da prematuridade, o seguimento satisfatório do AM pode ser desafiador. Objetivo: Identificar as principais ações desempenhadas pela equipe de enfermagem para a promoção e manutenção do aleitamento materno ao recém-nascido prematuro. Método: Revisão integrativa realizada através da Biblioteca Virtual em Saúde, a partir dos descritores aleitamento materno, lactação, enfermagem e recém-nascido prematuro. Foram utilizados os critérios: artigos completos, publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), disponíveis na íntegra em língua inglesa e portuguesa. A amostra final consistiu em oito estudos. Resultados: O manejo do AM pela equipe de enfermagem envolve a construção de ações educativas, aconselhamento e instruções direcionadas aos familiares do recém-nascido prematuro – orientando-os acerca da técnica utilizada e promovendo apoio em relação à amamentação. A translactação apresentou-se como uma das técnicas de maior utilização no contexto da assistência na prematuridade, por auxiliar na transição para o seio materno, promover o estímulo à sucção e deglutição, contato pele a pele e fortalecimento do vínculo materno-infantil – juntamente da técnica de extração manual para a realização da finger feeding ou sonda-dedo, que possibilita ao pai maior integração ao processo. Cuidados também incluem atenção aos sinais de prontidão e de pega satisfatória, posicionamento correto, preparo para o AM pós-alta hospitalar e acolhimento dos sentimentos da família. Conclusão: A prematuridade e a consequente hospitalização são fatores que afetam as expectativas parentais relacionadas à maternidade e sobretudo ao AM. Nesse sentido, o enfermeiro desempenha um papel fundamental, articulando estratégias para a manutenção do aleitamento e sendo um agente executor do processo educativo em saúde para pais de bebês prematuros.”
Título: Prevalência do contato pele-a-pele e sua correlação com amamentação na primeira hora de vida em hospitais escola da Região Metropolitana de Campinas
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Luciane Cristina Rodrigues Fernandes
Resumo: “Introdução: O contato pele a pele(CPP) é uma estratégia essencial que garante inúmeros benefícios ao binômio, como a redução da ansiedade materna e do sangramento pós-parto, melhor efetividade da primeira mamada, estabelecimento precoce do aleitamento materno e diminuição das dores causadas pelo ingurgitamento mamário, além de contribuir para o aumento do período de lactação. Objetivo: Investigar a prevalência do contato pele a pele na primeira hora de vida de recém-nascidos e sua correlação com a amamentação em hospitais de ensino da Região Metropolitana de Campinas. Método: Trata-se de um estudo observacional, exploratório e correlacional, vinculado a um projeto de doutorado intitulado “Aleitamento materno em mulheres com filhos nascidos em hospital escola da Região Metropolitana de Campinas”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICAMP (CAAE: 38900020.0.0000.54.04, Parecer: 4.429.349/2020). O estudo foi desenvolvido em dois hospitais públicos de ensino, que são referências para atendimento da mulher no ciclo gravídicopuerperal. A amostra calculada foi de 304 puérperas. Para a entrevista, foi aplicado um questionário estruturado, desenvolvido especialmente para o projeto e validado por membros de um grupo de pesquisa em saúde da mulher e do recém-nascido, especialistas no assunto. O questionário contempla dados para caracterização da amostra, com dados sociodemográficos, histórico de saúde, obstétricos e de amamentação, bem como informações sobre o nascimento, sobre o RN e assistência recebida. Os dados foram analisados segundo estatística descritiva e inferencial, aplicando o software Statistical Package for Social Science for Windows. Para todas as análises foi considerado nível de significância igual a 5%. Resultados: Os dados aqui apresentados (n=157) é uma parcial do trabalho principal. O CPP foi relatado por 102 (64,97%) puérperas. Houve correlação estatística entre o CPP e amamentação na primeira hora (p=0,004). Além desse, apresentou correlação para parto normal (p=0,026) e a oferta de fórmula láctea nas primeiras 24 horas de vida do bebê (p=0,022). Os achados corroboram para o estímulo ao contato pele-a-pele, sendo essa uma medida simples, que a despeito de recursos financeiros ou tecnologias duras, pode contribuir para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.”
Título: Projeto diálogos com a enfermagem – uma iniciativa institucional de apoio a maternidade no trabalho
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Isis Leticia Brasil dos Santos
Resumo: “Introdução: O aleitamento materno tem suas vantagens comprovadas pela Organização Mundial de Saúde, pela Fundo das Nações Unidas para a Infância e pelo Ministério da Saúde do Brasil, sendo recomendado de forma exclusiva até os seis meses e complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais. A ausência ou a inadequada proteção legal à maternidade é uma realidade que pode se refletir no tempo que a mulher amamenta, já que estudos apontam que sua entrada no mercado de trabalho está relacionada queda do aleitamento em nível mundial. Objetivo: Relatar a experiência na implantação do projeto Diálogos com a enfermagem: vivenciando a maternidade no trabalho. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo Relato de Experiência, realizado por duas enfermeiras de uma instituição federal de saúde do Rio de Janeiro. O projeto foi iniciado em maio de 2018, com o objetivo de acolher e orientar trabalhadoras gestantes e lactantes da instituição. Foi utilizada a seguinte metodologia: consulta de enfermagem durante a gestação para orientação sobre o aleitamento materno e cuidados dentro do ambiente de trabalho; encontro presenciais do tipo roda de conversa com especialistas convidados, abordando diferentes temáticas da maternidade e trabalho; e consulta de retorno ao trabalho para orientação quanto ao manejo do aleitamento, visando a sua manutenção. Devido a Pandemia da Covid-19 foram realizadas lives e consultas virtuais para dar continuidade ao trabalho. Resultados: No período de 2018 a 2023 foram realizados 32 encontros, 14 lives e mais de 200 consultas, além da promoção do aleitamento materno através de campanhas institucionais. Conclusão: Esta iniciativa mostrou-se uma importante estratégia para a promoção da saúde das trabalhadoras, visando dar visibilidade à maternidade, apoio e incentivo ao aleitamento materno no retorno ao trabalho após licença maternidade.”
Título: Relato de experiência de um projeto desenvolvido num Hospital
Universitário na cidade do Rio de Janeiro
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Bruna Vial Jordaim
Resumo: Relato de experiência de um projeto desenvolvido num Hospital Universitário na cidade do Rio de Janeiro. A amamentação é um processo fisiológico que promove benefícios para o binômio mãe-bebê. Apesar de fisiológico, não é um processo simples e a lactante pode enfrentar intercorrências durante o aleitamento, o que dificulta sua continuidade, levando ao desmame precoce. No entanto, com um bom aconselhamento e tratamento, as dificuldades podem ser superadas e a amamentação pode ser mantida com sucesso por períodos maiores. A primeira causa para a interrupção precoce da amamentação é a ingestão inadequada ou a percepção de produção inadequada de leite. Seguida pelas dores mamilares e nas mamas que muitas vezes são causadas por fissuras mamárias, ingurgitamento e ductos obstruídos. Além do manejo clínico da amamentação para melhoria das fissuras e dores mamilares, existe a tecnologia do laser vermelho e infravermelho que promove uma bioestimulação na cicatrização dos tecidos, trazendo conforto e segurança para as mulheres que estão na fase de amamentação. O objetivo deste relato é descrever as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno desenvolvidas pelo projeto “” Consultório amigo da amamentação: implementando tecnologias para o sucesso da amamentação””. São realizadas consultas de enfermagem voltadas para o manejo clínico da amamentação juntamente com a utilização da laserterapia e do uso da bandagem quando necessários. As consultas são realizadas no ambulatório de pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ nos primeiros 7 dias pós alta hospitalar, além de bebês com até 6 meses de vida e que estejam apresentando dificuldades na amamentação e ganho de peso inadequado. No período de Novembro de 2022 a Setembro de 2023 foram realizadas 15 consultas de amamentação. Destas, 4 foram necessárias utilizar laserterapia e bandagem e 11 tiveram sucesso apenas com o manejo clínico. As mulheres que fizeram uso das tecnologias relataram melhora na produção, fissura e ingurgitamento mamário. Podemos concluir que amamentar não é um processo fácil, mas com apoio e orientação adequados podemos obter o sucesso. O uso do laser e bandagem são essenciais para dar um suporte, mas o manejo clínico é fundamental para que o sucesso da amamentação aconteça.
Título: Resposta de anticorpos anti-sars-CoV-2 no leite e soro de lactantes vacinadas com pfizer/biontech
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Sarah Giarola da Silva Messias
Resumo:“A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) devastou vidas humanas, famílias, sistemas de saúde pública e a economia global. Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, apenas o Brasil acumula quase 38 milhões de casos de COVID-19 e mais de 700 mil óbitos decorrentes dessa doença. A emergência mundial provocada pelo SARS-CoV-2 trouxe avanços na pesquisa científica e uma velocidade sem precedentes no desenvolvimento de vacinas. O impacto desta infecção em gestantes, puérperas e recém nascidos, grupos vulneráveis à infecção grave pelo vírus, mobilizou estudos sobre a infecção e também sobre segurança e eficácia das vacinas nessas populações de risco. A prioridade foi a confirmação da não transmissão do vírus via leite humano, para garantir os benefícios singulares proporcionados pela amamentação. Além disso, a compreensão sobre a resposta imune em lactantes vacinadas contra o SARS-CoV-2 e seus reflexos no leite humano foram ansiados por mães e cientistas, uma vez que essa poderia ser uma importante fonte de elementos imunes protetores aos bebês. Este trabalho objetivou avaliar a resposta de anticorpos no leite e soro de puérperas vacinadas contra SARSCoV-2 com o imunizante da Pfizer/BioNTech, que se baseia na tecnologia do RNA mensageiro. Para isso, foram coletados o leite e o soro das voluntárias, após cada uma das doses do imunizante e do reforço vacinal. As amostras foram submetidas ao ensaio de Luminex para avaliação dos níveis, das diferentes classes e especificidade de anticorpos. Os resultados demonstraram uma resposta crescente de anticorpos das diferentes classes IgM, IgG e IgA, contra os principais determinantes antigênicos vacinais (S1, RBD, S2), no soro das voluntárias após cada uma das doses. A dose de reforço se mostrou particularmente importante na resposta de IgA no soro das lactantes. A resposta de IgG no leite humano refletiu o mesmo padrão progressivo observado no sangue, com altas taxas de anticorpos específicos. Este estudo fortalece a importância da vacinação em lactantes, uma vez que o leite humano se torna uma rica fonte de anticorpos específicos contra o vírus para o bebê, bem como do esquema completo de vacinação para uma resposta imune robusta e eficaz contra a doença.”
Título: A atuação da fonoaudiologia na Casa de Parto
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Marta Carolina Todaro
Resumo: “A Casa de Parto é um ambiente seguro e acolhedor que oferece a possibilidade da realização de um parto normal, natural e humanizado. A Casa de Parto, também conhecida como Centro de Parto Normal, traz o resgate dos processos naturais do nascimento considerando a mulher como protagonista e incentivado a integração familiar em torno deste momento singular de nascimento.
O ambiente desses Centros de Parto, além de acolhedor e confortável, com respeito aos direitos e autonomia da mulher, é preparado com segurança para lidar com as necessidades do binômio mãe e bebê, além de estratégias pra lidar com a dor do trabalho de parto. Passo agora a falar de um “micro” dentro desse macro dos Centros de Parto. Compartilho a experiência como fonoaudióloga dentro do Centro de Parto Humanizado-Casa Angela e seu modelo de assistência. A Casa Angela é pioneira e referência em parto humanizado no Brasil e, além de oferecer atenção humanizada na gestação, no parto e no primeiro ano de vida do bebê, também desenvolve ações de formação, pesquisa e consultoria, e atua na mobilização social pelo parto humanizado e pelos direitos das mulheres. O trabalho de assistência ao aleitamento materno, inicia desde o Pré natal.
Nesse primeiro momento, as parteiras já coletam dados de anamnese (história familiar, doenças congênitas, cirurgias mamárias, , entre outros) que nos permitem antecipar o planejamento de práticas Pós-natal e trabalhar na perspectiva de promoção à saúde. As gestantes, ainda no Pré-natal, passam por grupos de acolhimento e apoio, discutindo temas da gestação, parto e Pós-parto, incluindo a amamentação. Por isso, ao receber a puérpera no Pós-parto observa-se mulheres bem preparadas, munidas de informação. Esse é um dos aspectos que somam positivamente na experiência da amamentação. O acompanhamento Pós-parto em amamentação é feito em parceria com Obstetrizes, Enfermeiras Obstetras, Técnicas de Enfermagem e Fonoaudióloga. Os bebês com alguma dificuldade na amamentação, relacionadas às disfunções orais, seguem em consulta fonoaudiológica, além da Triagem Auditiva Neonatal. Atuar numa Casa de Parto com práticas humanizadas, inserida num território de vulnerabilidade social é, antes de tudo, ver a amamentação como uma dinâmica biopsicossocial. É analisar como esta dinâmica de alimentação pode acontecer. Quem é essa mulher? Qual estrutura está em volta dela? Já tem filhos que precisam de cuidados? Como está sua alimentação? Como adaptar à sua realidade aos itens de amamentação (almofada, protetor de mamilos, etc). Desse prisma humanizador, a primeira consulta fonoaudiológica abrange outros aspectos além dos relacionados à função oral do bebê.
No que concerne à avaliação materna, são considerados os aspectos relacionados à anatomia das mamas, mamilos, lactação e estado emocional da puérpera.
Na avaliação oral do bebê, são observadas as estruturas anatômicas, função sucção, respostas neurológicas, reflexos do bebê e consciência oral somatossensorial. Por meio do acompanhamento da mamada, é possível observar o manejo da dupla mãe e bebê, a presença de sucção nutritiva e não nutritiva, coordenação das funções sucção-deglutição-respiração, possíveis compensações motoras corporais e orais, reflexo de ejeção, sinais de saciedade do bebê, queixa e indagação materna. Sabendo que a função oral começa no útero, ao realizar a investigação do diagnóstico a partir da suspeita de alteração de frênulo lingual, há de se considerar aspectos do recém-nascido relacionados a posição intrauterina (transverso, cefálico ou pélvico) e do parto (partos complicados e demorados). Ou seja, na avaliação do frênulo lingual e sua interferência funcional, utilizamos uma abordagem transdisciplinar, contando com profissionais parceiros, osteopatas e odontopediatras.
Com as necessidades levantadas, juntamente à equipe de enfermagem, traçamos um plano de ação, de acordo com o caso, com retornos de curto ou médio prazo e realização de encaminhamentos aos profissionais constituintes desta investigação diagnóstica. Os casos confirmados – de indicação real – para o procedimento de frenotomia, são encaminhados para profissionais da rede pública ou privada, respeitando a escolha do paciente. Neste momento, aproveitamos para, junto à família, ajustar expectativas sobre o pós operatório. Discutimos a condição do bebê para ser submetido ao procedimento, tolerância de estresse e metas.
Após a intervenção cirúrgica, a família retorna à Casa de Parto para o seguimento de Reabilitação Oral. Nessa etapa, o objetivo é acompanhar o
processo cicatricial, identificar necessidades atuais do manejo em relação ao aleitamento materno, realizar reavaliação oral para identificar áreas específicas da função motora oral que possam se beneficiar de exercícios/estímulos orais,
até o momento da solidificação da autonomia da mulher em relação ao processo de amamentação.”
Título: A importância da desmistificação de mitos e crenças sobre o aleitamento materno
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autor: Diego Silveira Siqueira
Resumo: “Tema: Sabe-se que mitos e crenças associados à amamentação fazem parte da vida das mulheres há muitos anos, os quais são passados de geração em geração, porém muitas dessas mães criam inseguranças referente ao seu corpo e ao bebê por não se adaptarem à determinados devaneios, e consequentemente ocasionando frustração e o desmame precoce. As Ligas de Pediatria e de Ginecologia e Obstetrícia se organizaram para realizarem uma palestra pensando em um tema em conjunto que desse uma atenção maior tanto para saúde da mulher, quanto para a saúde da criança e, diante disso, um dos assuntos escolhidos foi: os mitos e crenças na amamentação. Essa tal intervenção aconteceu devido à necessidade do aprofundamento pouco detalhado na universidade, preparando um olhar mais atento aos profissionais de saúde para melhorar a orientação e o acompanhamento das pacientes. Objetivo: Relatar a vivência de acadêmicas de cursos da área da saúde na organização de uma palestra sobre o Aleitamento, do puerpério à infância, em um centro Universitário de Porto Alegre. Procedimentos: Relato de experiência de 4 acadêmicas do curso de Enfermagem e 2 professores supervisores da Liga Acadêmica de Pediatria e da Liga Acadêmica de Enfermagem em Ginecologia e Obstetrícia. Resultados: O evento foi presencial, a apresentação foi realizada por uma Enfermeira e uma Fisioterapeuta especialistas em Saúde da Criança e uma Enfermeira especialista em Neonatologia e organizado por 12 coordenadoras das Ligas Acadêmicas dos cursos de enfermagem, fisioterapia e nutrição. As mídias sociais foram utilizadas para organização, divulgação e inscrição do evento, as palestrantes dissertaram de forma voluntária e, como ingresso, foi solicitado 1 kg de alimento não perecível, o qual foi doado para uma instituição carente. Conclusão: A desmistificação dos mitos da amamentação é crucial para evitar inseguranças nas mães, promovendo práticas saudáveis que beneficiam o vínculo mãe-filho, a saúde da criança e o desenvolvimento do bebê. Estudos científicos e diretrizes do Ministério da Saúde ajudam os profissionais de saúde a oferecer um apoio mais informado à gestante e ao bebê, fortalecendo o cuidado na primeira infância.”
Título: A interferência do estado emocional no aleitamento materno: uma revisão bibliográfica
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Leidiany Ramos Brito da Silva
Resumo: “Introdução: O aleitamento materno exclusivo é essencial até o sexto mês de idade, por conter inúmeros benefícios ao recém nascido e gerar vínculo binômio mãe-bebê. Entretanto, é válido ressaltar que durante o puerpério a mulher pode sofrer alterações emocionais e consequentemente interferir na produção de leite materno. Objetivo: Analisar como o estado emocional da puérpera interfere na produção do leite materno. Métodos: O estudo evidencia uma revisão de literatura, através de buscas em bases de dados como National Library of Medicine (PUBMED) e ScienceDirect. Adiante, selecionou-se artigos em inglês com descritores “Breast Feeding AND Anxiety”, “Breast Feeding AND Mental Depression” e com acréscimo do booleano AND. Verificou-se na busca 5 artigos, 2 descartados e utilizados 3 para o estudo. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos no período de 2019 a 2023 e de exclusão artigos que não eram gratuitos e duplicados. Resultados: A partir das análises evidenciadas através das pesquisas, um estudo realizado com 3.374 mulheres demonstrou que 3.033 obtinham ansiedade persistente. Nesse sentido, o mesmo estudo relatou que mulheres que possuem ansiedade e depressão tiveram uma drástica redução no propósito de amamentar quanto no exclusivo até o sexto mês, gerando resultados negativos no desenvolvimento de um ato tão importante. Em uma literatura foi verificada que o constante sofrimento materno pode gerar o aumento nas taxas de cortisol sérico no organismo da mulher e a baixa sensibilidade à insulina, que pode ocasionar interferência na produção de leite materno, ou seja, o estado psicológico dessa mãe irá interferir tanto na intenção de amamentar quanto na produção do leite materno. Conclusão: Diante o exposto, foi destacado que o estado emocional materno interfere na produção e eficácia no aleitamento materno, portanto é importante salientar o cuidado, empatia, humanização e apoio da equipe multidisciplinar no suporte da mãe, se faz primordial, uma vez que a amamentação irá gerar efeitos de prazer e recompensa, consequentemente aumentando a produção do leite materno.”
Título: A mulher como protagonista do seu amamentar
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Flávia Cobuci Resende Rodrigues
Resumo:“O ato de amamentar é amplamente difundido na sociedade como um comportamento natural e instintivo do corpo feminino. O nascer de uma mãe e a responsabilidade pelo cuidado do bebê implica em significativas alterações na forma de ser e sentir da mulher, caracterizando a maternidade como um sistema de total doação somado à rotulação e culpabilidade de ser ou não ser uma boa mãe. O objetivo do presente estudo visa identificar quais são as nuances que permeiam a construção do processo de amamentar da mulher. Trata-se de uma revisão integrativa norteada pela questão: “Como a literatura discute a construção do processo de amamentar tendo a mulher como protagonista do contexto?” A seleção das publicações ocorreu por meio da base de dados Scientific Electronic Library On-line (SciELO). A coleta de dados ocorreu em setembro de 2023, sendo incluídos artigos científicos na língua portuguesa, que possuem no resumo a temática investigada dentro do recorte temporal de 2016 a 2022. A amostra resultou em 11 artigos, do qual 6 entraram para a síntese qualitativa. Os estudos mostraram que: 1) A decisão da mulher perpassa pela a sua auto avaliação da capacidade e desejo em amamentar; 2) A motivação em amamentar está relacionada ao sentimento de obrigação como função vital do maternar; 3) O empoderamento da mulher permite uma tomada de decisão consciente, com autonomia e livre de julgamentos e culpas. Diante disso é possível compreender que o protagonismo da mulher no seu processo de amamentar passa pelo fortalecimento de sua autonomia, no aconselhamento em amamentação e na tomada de decisão consciente sobre o a alimentação do seu filho, considerando o seu papel biopolítico na sociedade.”
Título: Aleitamento materno e a pandemia de COVID-19: uma revisão integrativa de literatura
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Isabella Schroeder Abreu
Resumo: “Introdução: Na atualidade, vivenciamos a pandemia de um novo coronavírus – COVID-19, sendo que estudos realizados evidenciaram que até o momento o vírus não foi encontrado no leite materno, sendo possível a amamentação. Objetivo: Buscar na literatura artigos referentes a Covid-19 e a sua relação com a amamentação. Método: Tratou-se de uma revisão integrativa, para a qual foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e PUBMED. A coleta de dados ocorreu no período de outubro de 2021 a março de 2022, sendo definido como critérios de inclusão, que os artigos selecionados fossem nacionais e publicados entre os anos de 2020 a 2022. Após a seleção dos artigos foram realizadas as seguintes etapas: leitura exploratória; leitura seletiva e escolha do material que se adequavam aos objetivos e tema do estudo; leitura analítica e análise dos textos, finalizando com a realização de leitura interpretativa e redação. Para a análise das publicações, elaborou-se um roteiro com os seguintes dados: autores, ano de publicação, método, temática e resultados. Resultados: Fizeram parte da amostra final 6 artigos. Os resultados encontrados mostraram que a amamentação não deve ser interrompida, pois seu benefício supera o risco apresentado pela Covid 19, porém cuidados preventivos e medidas de segurança devem adotados. Conclusão: Estudos que versem sobre a COVID 19 e aleitamento materno ainda são insipientes; as pesquisas realizadas até o momento mostram, que a amamentação é segura e recomendada desde que as medidas de segurança sejam utilizadas de forma adequada. Em virtude da pandemia, desafios foram encontrados em relação a amamentação como: a redução da rede de apoio, a falta de informações, redução da quantidade de leite nos bancos de leite e insegurança materna, fatores estes que refletem na qualidade da amamentação, na nutrição do recém-nascido bem como em seu desenvolvimento podendo levar ao aumento da mortalidade infantil”
Título: Anguiloglossia e amamentação: possível associação com desmame precoce
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Fabiana Pinheiro Marçal
Resumo: “Introdução: A língua, é um órgão importante na sucção e deglutição, possui em sua face inferior, uma pequena prega de membrana mucosa que a conecta ao assoalho da boca, sendo denominada de frênulo lingual. No período embrionário, ocorre o encurtamento desta prega, com mudanças na sua espessura e na sua fixação, limitam a mobilidade da língua, denominando-se de anquiloglossia. Portanto, alterações no frênulo lingual em recém-nascidos podem interferir na sucção e, consequentemente, na amamentação. Objetivo deste projeto de pesquisa foi relacionar a anquiloglossia com o desmame precoce nos recém-nascidos a termo. A sua metodologia possui abordagem quantitativa, descritiva e analítica. Realizada no AC da ME/UFRJ, após a provação do comitê de ética de número 08205118.0.0000.5275-4 e pesquisa da ME/UFRJ. Os dados foram coletados e processados pela autora da pesquisa e foram incluídos 200 RN à termos, independentemente do tipo de parto, com peso igual ou maior que 2.000g, IG maior que 37 semanas, Apgar maior que 8, com 48 horas de vida, ambos os sexos, clinicamente estáveis e internados no AC.Participaram do estudo os binômios que assinaram o TCLE e a autorização do Termo de Assentimento. E os excluídos lactentes reinternados no AC, em uso de medicamentos, com infecções congênitas, com alterações neurológicas, com síndromes genéticas, malformações congênitas e com uso de fórmulas.Os protocolos utilizados foram o protocolo Bristol Tongue Assessment Toll (BTAT), para avaliação do frênulo lingual estabelecido pelo Ministério da Saúde e o Protocolo de Avaliação e Observação da mamada sugerido pelo UNICEF. Os dados foram analisados pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Science) e empregou-se o teste Qui-quadrado com nível de significância de 5%(=0,05).Resultando na prevalência de 12% de casos de anquiloglossia severa, também prevalência de 57,7% no sexo masculino e de 44,3% no sexo feminino corroboraram com a literatura.Concluiu-se no estudo que ao observar os dados resultantes com P significativo os fatores acometidos que interferiram na amamentação exclusiva apresentaram sintomas no binômio, que culminaram no desmame precoce.A interrupção da amamentação exclusiva com a introdução de outro alimento ou os sintomas resultaram na desistência AME preconizada pelo Ministério da Saúde. Palavras-chave: Anquiloglossia. Amamentação. Leite materno”
Título: Apoio matricial em Aleitamento Humano: possibilitando ao profissional de saúde um espaço para discussão, aprendizado e construção de um plano
de cuidado individualizado
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Camila Ambrosio Feola Gross
Resumo: Objetivo: Implementar o apoio matricial em 100% das equipes da APS nas Clínicas Einstein, como suporte para decisão baseada nas melhores práticas. Procedimento: Para o alcance do objetivo, as seguintes etapas foram seguidas: formado um grupo de especialistas, composto por duas enfermeiras de família, sendo uma IBCLC (International Board Certified Lactation Consultant) e um médico pediatra. Elaborado, validado institucionalmente e implementado um Protocolo de Matriciamento de Lactação com fluxograma abrangente a quaisquer dificuldades enfrentadas pelos profissionais durante a assistência. Foram definidas as tecnologias de informação institucionais como vias de comunicação à serviço das pessoas e prazo de resposta de 48h úteis. Resultados: O apoio matricial foi implementado a partir do mês de abril de 2022, dando suporte a todas as 36 equipes que prestam assistência materno-infantil na Atenção Primária à Saúde. Até o mês de Agosto de 2023 foram totalizados 72 casos de apoio matricial solicitados por dificuldade no aleitamento humano, sendo que, destes, 44,4% estavam relacionados a queixas nos lactentes e 55,5% às lactantes. As respostas ocorreram dentro do tempo proposto em 97,22% dos casos. Entre os principais motivos estão: o baixo ganho de peso ponderal relacionado ao lactente e dor ao amamentar relacionado a lactante. Conclusão: O apoio matricial fortaleceu as equipes de saúde na proteção do aleitamento humano, proporcionando a possibilidade de ações estratégicas, construção de novos saberes e desenvolvimento de um plano terapêutico individualizado. Trata-se de um assunto inovador e necessário na saúde, no entanto, existem poucas produções científicas disponíveis acerca do tema, sendo necessário pesquisas que evidenciem sua importância para a proteção do aleitamento humano.”
Título: Árvore da vida: assistência humanizada da equipe de enfermagem de um hospital privado de São Paulo
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Erdnaxela Fernandes do Carmo Souza
Resumo: “Introdução: Práticas humanizadas refletem boas experiências, especialmente no nascimento de uma nova vida. A eternização desse momento em forma
concreta, pode promover lembranças, sentimentos a ser revisitados a cada olhar. Árvore da vida, um desenho confeccionado em folha de papel, com tintas coloridas envolto da placenta, que faz alusão ao formato de uma árvore com ramificações. O nome remete ao significado e ao formato do órgão, pois o caule é ilustrado pelo cordão umbilical, os galhos pelas as extensões dos vasos sanguíneos e as folhas pelo tecido placentário. Uma forma lúdica que pode proporcionar lembranças desse momento tão importante, o nascimento do bebê. Objetivo: Relato de experiência da implementação de uma assistência humanizado em eternizar a árvore da vida através do carimbo da placenta. Método: Estudo descritivo, na modalidade relato de experiência, na assistência humanizada da equipe de Enfermagem de uma maternidade privada de São Paulo. Resultado: Para a equipe de enfermagem, além de descobrir novas habilidades, sentimentos de empatia, ficou evidente de que uma assistência humanizada pode ser transformadora. Para a puérpera, foi expresso por surpresa, encantamento e sentimentos de gratidão a equipe. Conclusão: A implementação do carimbo da placenta simbolizando a árvore da vida, além da
alegria das cores, registro do nascimento e satisfação materna, foi capaz de proporcionar a equipe de enfermagem, maior estreitamento do vínculo com a puérpera, descobertas de novas habilidades, e entusiasmo no aperfeiçoamento e promoção da humanização.”
Título: Caracterização do atendimento das crianças em aleitamento materno: oferta do leite humano nas unidades de Educação Infantil da Rede Própria e Parceira do município de Belo Horizonte
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Mirna Almeida Trindade Santos
Resumo: “Introdução: As unidades de Educação Infantil constituem-se como espaços essenciais na promoção e proteção do aleitamento materno, especialmente, quando incorporam programas de incentivo ao aleitamento materno, que potencializam a prevenção do desmame precoce. Diante disso, em 2022 foi implementado nas unidades escolares de Educação Infantil da Rede própria e parceira do município de Belo Horizonte o fluxo de atendimento para que as mães pudessem enviar o leite humano cru extraído para ser ofertado ao seu filho durante o período de permanência nas unidades escolares. Em 2023 a divulgação do serviço foi ampliada, ocorrendo por meio de cartazes nas unidades escolares e entrega de flyers aos responsáveis pelos alunos matriculados no berçário. Objetivos: Conhecer o perfil das mães e das crianças atendidas nas unidades escolares em 2023, que encontram-se em aleitamento materno com a oferta do leite humano; identificar potencialidades/caminhos a seguir, bem como desafios/lacunas na execução deste fluxo, para apontamento de melhorias. Métodos: No momento em que o supervisor de alimentação realiza a orientação inicial do fluxo de atendimento e entrega os documentos para a família da criança, foi aplicado um questionário no formato de entrevista, com participação total de 13 famílias dos lactentes. Resultados: Verificou-se que todas as mães realizaram o pré natal e receberam orientações sobre a prática do aleitamento materno na maternidade; 76,4% possuem curso superior; 69,2% exerce atividade remunerada e destas 66,7% possuem carga de trabalho superior à 40 horas semanais; 38,5% possuem renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos; 58,3% são casadas. Em relação às crianças atendidas, 61% estão entre 6-11 meses e 39% são maiores de 1 ano; 75% receberam amamentação exclusiva até os 6 meses. Os principais desafios relatados pelas mães para a manutenção do envio do leite humano para oferta na unidade escolar foram a dificuldade de realizar a extração do leite, o início da alimentação complementar da criança, tempo insuficiente para realizar a coleta e redução na produção do leite. Conclusão: Considerando a pesquisa realizada, observa-se que o nível de escolaridade materna e renda familiar influenciam positivamente para um maior período de oferta do leite humano para as crianças atendidas.”
Título: Cuidado em amamentação: relato de experiência sobre um treino de habilidades práticas de enfermagem no ensino superior
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Eveline Franco da Silva
Resumo: “Tema: O leite materno, além de nutrir, possui anticorpos e substâncias que previnem patologias na infância e na vida adulta. Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e, após a introdução alimentar, até, pelo menos, os dois anos de idade. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica em um treino de habilidades práticas de enfermagem no ensino superior, no contexto do cuidado em amamentação. Procedimentos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado sob a perspectiva de uma acadêmica de enfermagem, que descreveu o cenário vivido a partir da atividade realizada na disciplina de Saúde da Mulher do curso de graduação em Enfermagem de uma instituição privada do Rio Grande do Sul. A experiência ocorreu no mês de junho de 2023, em um dos laboratórios da instituição, e contou com a participação voluntária de uma puérpera e seu bebê. A atividade foi proposta e acompanhada pela da professora responsável pela disciplina no campus. Resultados: No treinamento de habilidades práticas de enfermagem no cuidado em amamentação foi realizado o exame físico do bebê, avaliando o estado geral e exame físico completo. Na avaliação dos reflexos primitivos foi enfatizada a sucção; observou-se cavidade oral do recém-nascido, com atenção para triagem neonatal do protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês. Foi avaliado o estado geral da puérpera e suas mamas. Verificou-se que o bebê manteve uma boa sucção ao seio materno, com intervalos e pausas apropriadas, o queixo encostava-se na mama permitindo a ventilação do bebê, a boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola. A puérpera relatou não sentir dor ou desconfortos durante a amamentação. As atividades ocorreram sob orientação e supervisão da professora. Conclusão: A experiência mostrou-se positiva, proporcionando contato com a puérpera e o recém-nascido. Considerando-se a importância da prática do exercício profissional, executando a ética e moral no atendimento prestado. A professora se mostrou disposta a sanar as dúvidas pertinentes ao caso. Recomenda-se mais treinos de habilidades práticas isolados, integrados e de simulação, estimulando a comunicação verbal e nãoverbal dos acadêmicos de enfermagem, visto que contribuem para o processo de ensino-aprendizagem.”
Título: Fatores associados ao aleitamento materno do nascimento à alta hospitalar durante a pandemia pelo SARS-CoV-2
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Larissa Aquino Rocha Bollela
Resumo: “Introdução: As evidências apontam os efeitos benéficos do aleitamento materno (AM) (Vassilopoulou et al., 2021; Salvador-Pinos et al., 2021; UNICEF, 2023). No entanto, as incertezas quanto à transmissão do SARS-CoV-2 geraram preocupações por mulheres e profissionais de saúde quanto à amamentação (Caparros-Gonzalez et al., 2021). Objetivo: Analisar os fatores que influenciaram no AM do nascimento à alta hospitalar de recém-nascidos de mulheres expostas à pandemia pelo SARS-CoV-2. Método: Coorte retrospectivo, com 225 mulheres que tiveram partos durante a pandemia entre 2020 e 2021. Realizada regressão linear generalizada, modelo Poisson, as variáveis da análise bivariada que obtiveram p <0,20 foram incluídas na análise multivariada. Os resultados foram apresentados em Risco Relativo ajustado (RRaj), IC 95%, sendo considerado um nível de significância de 5%. CAAE: 44107721.4.0000.5078. Resultados: Os recém-nascidos (RNs) que realizaram o contato pele a pele com sua mãe no nascimento apresentaram uma taxa duas vezes maior para amamentar em seio materno na 1ª hora de vida (RRaj: 1,92; IC95%:1,07-3,43; p=0,028). Os RNs que nasceram de mulheres sem suspeita para COVID-19 possuem uma taxa duas vezes maior para amamentar na primeira hora de vida (RRaj: 2,04; IC95%: 1,05- 3,94; p= 0,035) e durante a internação possuem taxa 1,5 vezes maior para amamentar exclusivamente em seio materno (RRaj: 1,52; IC 95%: 1,00-2,30; p=0,049). Os recém-nascidos que não tiveram intercorrências durante a internação tiveram taxa duas vezes maior de AM exclusivamente durante a internação (RRaj: 1,95; IC95%:1,18-3,24; p=0,009). Bem como, AM exclusivo durante a internação aumenta a taxa 1,6 vezes mais na alta hospitalar (RRaj: 1,62; IC95%:1,11-2,35; p=0,012). Conclusão: O AM na 1ª hora de vida e durante a internação hospitalar foram favorecidos quando a mulher não tinha suspeita para COVID-19. O contato pele a pele foi essencial para aumentar a taxa de AM na 1ª hora de vida. O AM exclusivo durante a internação favoreceu a manutenção de AM exclusivo até a alta hospitalar.”
Título: Fatores que levam ao desmame precoce: uma revisão integrativa
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Eveline Franco da Silva
Resumo:“Introdução: Embora o Brasil seja um país referência em relação ao estímulo ao aleitamento materno, ainda se tem um alto índice da interrupção do aleitamento materno exclusivo antes do bebê completar seis meses de vida. Aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais podem refletir positiva ou negativamente na amamentação. Os profissionais de saúde que atuam na atenção pré-natal e na assistência ao parto, pós-parto e à saúde da criança têm importante papel no estímulo e cuidado relacionado ao aleitamento materno. Objetivo: Identificar na literatura nacional fatores que contribuem para o desmame precoce. Métodos: Trata-se de uma revisão na literatura, do tipo integrativa. A coleta de dados ocorreu no mês de março de 2023, por meio das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Bases de Dados de Enfermagem (BDENF); e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para as estratégias de buscas foram utilizados os termos: desmame; aleitamento materno; saúde da criança; saúde da mulher. Resultados: A amostra constitui-se de 11 artigos. Da análise realizou-se o agrupamento do material por meio de três categorias: Fatores que influenciam para desmame precoce relacionado ao bebê; Fatores que influenciam para o desmame precoce relacionado à mãe; e Fatores socioeconômicos e culturais que influenciam no desmame precoce. Conclusão: Foram identificados determinantes que podem influenciar no processo de aleitamento, como a má interpretação do choro do bebê, a necessidade de a mulher retornar ao trabalho, o tipo de parto, as influências de crenças e experiências. É de extrema importância que os profissionais da área da saúde estejam qualificados e preparados para prestar o auxílio necessário à mulher e à família, bem como orientar sobre os benefícios que estão envolvidos no aleitamento materno”
Título: Impactos da violência por parceira íntimo no processo de aleitamento materno: uma revisão integrativa
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Eveline Franco da Silva
Resumo: “Introdução: Os benefícios do processo de amamentação vão muito além dos aspectos que envolvem a nutrição infantil. Contribui para construção de uma relação baseada no afeto e proteção, para repercussões positivas na fisiologia materna e da criança. Contudo, a amamentação sofre influência de fatores físicos, psicológicos, ambientais e socioeconômicos. Estudos destacam que ambientes domésticos violentos interferem na qualidade do cuidado dos pais em lidar com as demandas da criança. Objetivo: Conhecer os impactos da violência por parceiro íntimo sobre o processo de aleitamento materno. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizada por meio de buscas de artigos nas plataformas National Library of Medicine and National Institute of Health e Biblioteca Virtual em Saúde. Resultado: A amostra constitui-se de dezesseis artigos publicados entre os anos de 2018 e 2023. Após análise minuciosa dos estudos, as informações foram discutidas e guiadas pelos principais fatores associados: menor intenção de iniciar a amamentação, interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos 6 meses de idade da criança, desmame precoce e repercussões negativas na saúde materna. Considerações finais: A violência por parceiro íntimo representa impactos negativos sobre o processo de aleitamento materno, repercutindo na saúde física e psíquica da criança e da mãe, principal responsável pelo cuidado dos filhos e pelas práticas alimentares da família. Destaca-se que os profissionais podem interferir de maneira significativa no cenário da violência por parceiro íntimo e aleitamento materno, identificando mulheres expostas por meio da triagem pré-natal ou pós-parto, proporcionando ações de vínculo, escuta qualificada e educação em relação ao processo de alimentar.”
Título: Influência da alimentação materna na formação do paladar infantil: uma revisão bibliográfica
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Leidiany Ramos Brito Silva
Resumo: “Introdução: Os primeiros 1000 do bebês, são constituídos pelos, nove meses de gestação, primeiro e segundo ano de vida. Tornando-se significativos para o crescimento e desenvolvimento, visto que, uma infância saudável começa na gestação. Ter uma alimentação adequada no período gestacional irá proporcionar efeitos positivos na aceitação e preferência alimentar da criança, pois, os sabores de alguns alimentos são transferidos por meio do líquido amniótico, gerando no mesmo a possibilidade de armazenar as informações repassadas da dieta da mãe. Objetivo: Analisar a influência da alimentação materna na formação do paladar infantil. Métodos: Refere-se a uma revisão bibliográfica, para a busca utilizou-se como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), National Library of Medicine (PUBMED). Após isso, como critérios de inclusão, selecionou artigos publicados no período de 2018 a 2023 no idioma inglês. Em seguida, para os critérios de exclusão, optou-se em que estavam fora da área temática, artigos pagos e duplicados. Para a busca, utilizou-se descritores em ciência da saúde em junção ao booleano AND “ Feeding Behavior AND Pregnancy AND Food Preferences”. Por fim, foi realizada uma seleção de 7 artigos científicos, 4 descartados, pois apresentavam-se fora do contexto e 3 compuseram a análise final. Resultados: De acordo com um estudo realizado com (n= 235) mãe-bebê, observou-se o consumo alimentar materno durante a gestação e lactação, e após a introdução alimentar, constatou-se que o consumo de vegetais verdes durante o período intra-uterino interferiu positivamente na aceitação infantil. Em outra pesquisa, analisando dietas maternas no período gestacional, foi destacado que os bebês reagem de formas diferentes ao experimentar os alimentos com cenouras, as mães que utilizava esse produto na gestação seus bebês tinham menor expressões facial e maior percepção de prazer quando comparados aos que não tiveram isso na dieta materna. Conclusão: Portanto, conclui-se que as preferências alimentares maternas são preditores para o desenvolvimento do paladar infantil. Nesse sentido é importante a promoção da educação alimentar e nutricional para as gestantes, pois seus hábitos irão interferir diretamente na aceitabilidade”
Título: Oficina do Nascer: Grupo de Educação em Saúde voltado para gestantes e parcerias em Nova Lima/MG
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Adriana Nunes de Oliveira Mendes
Resumo: “O município de Nova Lima, em 2022, apresentou um alto índice de cesarianas (51,75%). Diante disso, surgiu a “”Oficina do Nascer””, que visou abordar as razões subjacentes a essa estatística e fomentar uma maior participação das gestantes e suas parcerias nas decisões e nos cuidados relacionados à gestação, parto e pós-parto. A oficina ofereceu informações baseadas em evidências, promovendo troca de experiências entre as gestantes, capacitandoas a enfrentar os desafios que surgem nessa fase. Objetivos: Capacitar as famílias em relação à gestação, parto, pós-parto e cuidados com o bebê. Uma equipe multidisciplinar trabalhou no desenvolvimento do projeto que abordou temas como: nutrição materna e alterações fisiológicas, posições de parto, plano de parto, técnicas de relaxamento, puerpério, além de nutrição infantil, amamentação e cuidados com o bebê. A divulgação da Oficina do Nascer ocorreu de forma presencial pelos Agentes Comunitários de Saúde e nas mídias sociais. Participaram 43 gestantes das UBS da regional Noroeste, uma área de grande vulnerabilidade. Durante a oficina, foi oferecido lanche, profissionais para assistir às crianças das famílias e distribuído um modelo de plano de parto, incentivando sua leitura e discussão com a equipe de saúde que faz o acompanhamento do pré-natal. Além da oficina, uma cartilha foi produzida com as orientações abordadas. Resultados: Uma avaliação de satisfação revelou que todas classificaram o local de realização, os tópicos abordados e a forma de apresentação pelos profissionais como “”ótimo”” ou “”muito bom””. Apenas duas participantes indicaram o quesito “”tempo”” como neutro. Em uma escala de 0 a 10, as gestantes autoavaliaram seu conhecimento sobre os temas antes da oficina com uma média de 7,07 e 9,23 após a participação na oficina. Na mesma escala, 39 gestantes atribuíram a nota máxima quando questionadas se recomendariam a oficina a outra gestante, enquanto quatro atribuíram a nota 9. Diante da grande aceitação da oficina, o projeto será implementado de forma regular e contínua para todas regionais do município. Isso representa um passo importante na promoção da saúde materna e no empoderamento das gestantes e suas parcerias em relação às decisões sobre o parto, pós parto e os cuidados com o bebê.”
Título: Orientações sobre aleitamento materno exclusivo realizadas pela equipe de enfermagem no puerpério imediato: revisão integrativa
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Camila Neumaier Alves
Resumo:“Introdução: O puerpério é considerado um período no qual a mulher se encontra no pós-parto. Na fisiologia, o puerpério imediato é definido como o período que se inicia após a dequitação placentária até o décimo dia de pós-parto. Neste período a mulher vivencia modificações que refletem em transformações psicológicas e físicas, evidenciando, assim, que há a necessidade de cuidados e proteção à puérpera. As orientações sobre aleitamento materno devem ser mencionadas para a gestante ainda no pré-natal e, posteriormente, enfatizadas no puerpério. Frente às considerações, elaborou-se a questão norteadora: “quais são as orientações oferecidas pelos profissionais da enfermagem sobre aleitamento materno exclusivo no puerpério imediato?”. Objetivo: Identificar na literatura nacional as orientações sobre aleitamento materno exclusivo oferecidas pelos profissionais da enfermagem às mulheres em puerpério imediato. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a qual aborda temas relacionados às orientações sobre aleitamento materno exclusivo no pós-parto, publicados entre 2015 e 2022. As buscas ocorreram por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se os termos “aleitamento materno” e “período pós-parto”, com operador booleano AND. Resultados: A amostra constituiu-se de 13 artigos que responderam à pergunta norteadora e atenderam aos critérios de seleção. Dentre as orientações realizadas pela equipe de enfermagem, destacaram-se: posicionamento e pega correta; profilaxia de complicações mamárias; benefícios para a mulher e para o recém-nascido; tempo de amamentação; uso de medicamentos que podem interferir na lactação; uso de chupeta e/ou mamadeira, que pode levar ao desmame precoce. Somamse a essas informações o auxílio na amamentação na primeira hora de vida; a redução da ansiedade e/ou insegurança para a mulher que amamenta; o estado emocional materno, que pode influenciar no processo de amamentação. Conclusão: As publicações analisadas evidenciam uma falta de aprofundamento nas orientações por parte dos profissionais de enfermagem, no que diz respeito às orientações necessárias sobre aleitamento materno exclusivo no puerpério imediato. Destaca-se que há necessidade de novos estudos nesta área para ampliar a gama de conhecimentos sobre as orientações acerca de aleitamento materno exclusivo.”
Título: Prática ampliada de puericultura em unidade da atenção básica à saúde
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Samantha Gomes Araújo
Resumo: “TEMA: Apresentar relato de experiência sobre práticas de puericultura ampliada na atenção primária à saúde. OBJETIVO: Visando ampliar o cuidado na promoção e prevenção da saúde da criança no primeiro ano de vida, além das consultas já padronizadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, os profissionais do NASF nas áreas de Nutrição, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, foram incluídos no calendário de puericultura desde maio de 2021 na Unidade Básica de Saúde. PROCEDIMENTOS: Os bebês por volta de 15 dias passam por avaliação fonoaudiológica no qual é realizado: acolhimento da família; avaliação do frênulo lingual; avaliação funcional da mamada; orientações e manejos favorecendo o aleitamento materno; orientação quanto riscos do uso de bicos artificiais. Os bebês de 4º mês são avaliados pela Nutricionista, sendo realizado orientação sobre introdução alimentar segura e saudável, orientação favorecendo o aleitamento para as mães retornam ao trabalho; estratégias para as mães que possuem dificuldades quanto a ordenha do leite após a licença maternidade. Os bebês de 7 e 12 meses passam por consultas de profissionais das áreas de Terapia Ocupacional e Fisioterapia respectivamente, por meio de atividade lúdica. Os bebês são avaliados quanto ao desenvolvimento global, cognitivo, motor, afetivo e da linguagem. Além disso, é realizado avaliação qualitativa além dos marcos do desenvolvimento, orientação do brincar, desenvolvimento infantil e prevenção de acidentes de acordo com a faixa etária. As avaliações têm como foco o indivíduo, considerando seu contexto sociofamiliar e de acordo com as necessidades são realizados encaminhamento para outros profissionais e serviços, uso de protocolos específicos e acompanhamento pela própria equipe do NASF. RESULTADOS: A inclusão de profissionais do NASF na puericultura favoreceu o acompanhamento mensal e vínculo das mães e bebês menores de 1 ano na Unidade Básica de Saúde; a promoção do aleitamento materno; a introdução alimentar saudável; o desenvolvimento neuropsicomotor; a detecção precoce de Atrasos no Desenvolvimentos Neuropsicomotor; e o acompanhamento do cronograma vacinal dos bebês. CONCLUSÃO: Os atendimentos de puericultura ampliado realizado por meio do apoio da equipe multidisciplinar, permitiu a qualificação da saúde materno infantil na UBS, por meio de ações voltadas para à saúde materno-infantil.”
Título: Processo de Lactação em pais adotivos: revisão de literatura
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Samantha Gomes Araújo
Resumo:“Objetivo: Descrever as possíveis ações para lactação em pais adotivos. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a partir das bases de dados Pubmed, SCIELO, Lilacs e Google acadêmico, por meio dos descritores: lactação; aleitamento materno; humanos e adoção nos idiomas português e inglês. Foram entrados estudos em sua maioria internacionais ( africanos, asiáticos e americanos) e apenas um estudo de caso brasileiro e selecionados 5 artigos entre os anos de 2013 e 2023. Resultados: A lactação e aleitamento humano de forma parcial ou exclusiva são possíveis para a realidade da adoção no Brasil e no mundo com resultados variados de sucesso. Nota-se que medidas farmacológicas com uso de hormônios para indução na fase da lactação I e II, e galactagogos como domperidona; metoclopramida ; medicamentos psicotrópicos como clorpromazina, além fitoterápicos foram relatados para a fase 3, também medidas não farmacológicas como expressão mamilar, massagem na mama e uso programado de estimulação que varia de 6 a 8 vezes ao dia em torno de 10 a 15 min em cada mama , na maioria dos estudos essas medidas foram usadas de forma concomitante, aliadas aos processo de relactação com o uso prescrito de fórmulas infantis. Entretanto àquelas que se mostraram mais eficazes com o mínimo de efeito colateral, se concentram no estimulo mamário com bomba extratora , de preferencia dupla que oferece sucção no mesmo momento das duas mamas. Pessoas que já amamentaram, ou que já estiveram grávidas também mostram mais chances de sucesso na lactação após o processo adotivo. Conclusão: Na atualidade a adoção se torna ainda mais frequente, seja devido aos casos de infertilidade ou nos casos de casais LGBTQIAPN+, e com o advento de tecnologia leve e dura, a lactação e aleitamento humano é uma forma de favorecer a saúde do lactente e sua relação parental , seja no ponto de vista nutricional ou no psicológico, favorecendo o vinculo e a inserção familiar.”
Título: Promoção ao aleitamento materno na educação infantil de Itajaí/SC: iniciativa intersetorial entre saúde e educação
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Camila Santos do Couto
Resumo: “Tema: Os Centros de Educação Infantil (CEIs) têm relevância na promoção da alimentação saudável de crianças na primeira infância. O desenvolvimento de ações intersetoriais é essencial visando promover o cuidado integral das crianças e o aleitamento materno nos espaços escolares. Objetivo: Relatar a experiência de iniciativa intersetorial para promoção ao aleitamento materno nos CEIs de Itajaí/SC. Procedimentos: Relato de experiência de iniciativa entre saúde e educação visando a promoção da amamentação nos CEIs de Itajaí/SC. A iniciativa ocorreu de agosto/2022 a agosto/2023, envolveu as etapas: capacitação dos profissionais, promoção de movimento artístico, alinhamento de fluxos entre saúde e educação e elaboração de material educativo. Resultados: O Grupo Técnico de Aleitamento Materno de Itajaí/SC, com membros da saúde e educação, realizou planejamento das ações desta iniciativa. Entre 2022 e 2023 foram capacitados professores, auxiliares, supervisores e diretores escolares de todos os CEIs acerca da promoção da amamentação no contexto escolar. Em 2023 foram capacitadas as cozinheiras escolares e nutricionistas da rede de educação, acerca do manuseio do leite materno nos CEIs. No mês alusivo à amamentação, de 2022 e 2023, realizaram-se movimentos artísticos nas escolas, com atividades propostas para as crianças expressarem percepções da amamentação através de desenhos, pinturas, etc. Os materiais produzidos foram expostos nos eventos realizados no Agosto Dourado de 2023. Visando reforçar os CEIs como espaços promotores da amamentação, elaborou-se cartilha para ser entregue na matrícula, contendo orientações sobre ordenha, armazenamento e transporte do leite materno, bem como instituiu-se fluxo de encaminhamento das mães lactantes para o serviço de referência em amamentação para esclarecimento de dúvidas. Conclusão: As Secretarias de Saúde e de Educação de Itajaí/SC afiançam o compromisso de promover a amamentação de forma intersetorial, visto que para promover o aleitamento materno nos CEIs é necessária atitude proativa de gestores no estímulo a esta prática. Evidencia-se a relevância da promoção de ações intersetoriais, entre saúde e educação, visando o fortalecimento das políticas públicas de promoção do aleitamento materno no contexto dos CEIs. Esta é uma iniciativa exitosa por meio da qual tem sido possível incentivar a amamentação das crianças matriculadas na Rede Municipal de Educação de Itajaí/SC.”
Título: Promoção do aleitamento materno no retorno ao trabalho das servidoras da prefeitura de Itajaí/SC
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Camila Santos do Couto
Resumo:“Tema: O retorno da licença maternidade é um momento desafiador para as mães, especialmente, para as lactantes. Nessa realidade, ressalta-se a importância de um ambiente de trabalho promotor da amamentação, para que essa mulher se sinta acolhida e apoiada no processo de volta ao trabalho e de manutenção da amamentação. Visando promover a amamentação das servidoras no fim da licença maternidade, foi implantado um grupo de apoio ao aleitamento materno pela Secretaria de Saúde de Itajaí. Objetivo: Relatar a experiência de promoção do aleitamento materno no retorno ao trabalho das servidoras da Prefeitura de Itajaí/SC. Procedimentos: Relato de experiência da promoção do aleitamento materno no fim da licença maternidade das servidoras de Itajaí/SC. Implementado em maio de 2022 um grupo de apoio ao aleitamento materno no retorno ao trabalho, visando promover um espaço para as servidoras da Prefeitura de Itajaí/SC compartilharem experiências e sanarem dúvidas, favorecendo a manutenção da amamentação no fim da licença maternidade. Resultados: São convidadas todas as servidoras da prefeitura de Itajaí que estão no final da licença maternidade para participação no grupo de apoio ao aleitamento materno, que ocorre uma vez por mês e tem duração média de um hora. Os encontros são conduzidos por duas enfermeiras especialistas em amamentação e têm a seguinte organização: apresentação das enfermeiras e participantes; exposição dialogada sobre os benefícios da amamentação, discussão sobre estratégias para manutenção da amamentação no retorno ao trabalho e técnica de ordenha, armazenamento, transporte e oferta do leite materno; esclarecimento de dúvidas e momento para compartilhar experiências; e entrega de kit contendo bolsa térmica, frascos de vidro, gelo rígido, etiquetas de identificação e copinho de vidro. As participantes recebem uma cartilha contendo orientações abordadas na exposição dialogada. Para as servidoras que não compareceram no encontro, foi ofertado atendimento individual. Em 16 meses foram contempladas 135 servidoras. Conclusão: Com base no exposto, evidencia-se a importância grupo de apoio ao aleitamento materno no retorno ao trabalho para as servidoras lactantes. Esta é uma estratégia exitosa de promoção da amamentação por meio da qual tem sido possível incentivar a amamentação no retorno ao trabalho e fortalecer as políticas públicas de promoção do aleitamento materno em Itajaí/SC.”
Título: Proposta e validação de uma cartilha sobre aleitamento materno em bebês cardiopatas
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Nicóli Amaral Allebrandt
Resumo: “A Cardiopatia Congênita (CC), é definida como qualquer anormalidade do sistema cardiovascular, manifestando sinais clínicos como as dificuldades alimentares associadas ou não a disfagia orofaríngea. Dentre as práticas alimentares existentes, a Organização Mundial da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de idade, e de forma complementar, até os dois anos de idade ou mais, em virtude dos inúmeros benefícios que ele promove, tanto para a mãe quanto para o bebê. Entretanto, durante a amamentação, é preciso controlar a sucção, deglutição e respiração de forma simultânea, fato que pode ser desafiador para o bebê cardiopata que passa por processos adaptativos da sua função respiratória, de modo a compensar as alterações anatomofisiológicas do seu caso. Para enfrentar problemas como esse, uma estratégia frequente a se utilizar é uma cartilha de informações, a qual torna-se uma contribuição para a promoção do aleitamento materno, buscando evitar o desmame precoce. Diante o exposto, o trabalho tem como objetivo apresentar e validar uma cartilha de aleitamento materno em bebês cardiopatas. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo e qualitativo, para elaboração de uma cartilha informativa envolvendo 8 etapas: tema da cartilha, pesquisa bibliográfica de materiais sobre amamentação e cardiopatia congênita (bem como a respeito da organização e elaboração de cartilhas), definição dos tópicos, sumarização de dados e elaboração do roteiro, construção da proposta inicial, avaliação da primeira versão do material por juízes especialistas, revisão e finalização da cartilha, e apresentação da proposta final. A construção deste trabalho resultou em uma cartilha educativa sobre aleitamento materno em bebês cardiopatas composta por 30 páginas com os seguintes itens: CC, amamentação, benefícios e manejo do aleitamento materno, vias alternativas de alimentação, equipe multidisciplinar e ordenha/armazenamento do leite materno. Para validação, os juízes especialistas atribuíram ao índice de validade de conteúdo para cada item da escala (I-IVC) valores acima de 80%, e para o índice de validade de conteúdo para a escala geral (S-IVC), um valor de 93,3%. A cartilha proposta foi validada segundo conteúdo e aparência, e abordou temas relevantes ao seu contexto de uso, podendo contribuir como material para educação em saúde.”
Título: Realização de curso na modalidade de educação à distância sobre a norma brasileira para comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL): relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-03-3
Autora: Camila Neumaier Alves
Resumo: “Tema: A proteção ao aleitamento materno faz parte das linhas de cuidado à atenção infantil, preconizadas pelo Ministério da Saúde com finalidade de promover a saúde integral da criança. Nesse contexto, a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) regulamenta e fiscaliza a indústria e comercialização de produtos destinados a crianças de até seis anos de idade. Objetivo: Relatar a experiência durante o curso de modalidade à distância “Reconhecendo a Norma NBCAL: formação para Profissionais da Rede de Atenção à Saúde”, oferecido pela plataforma da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para a prática em saúde direcionada à promoção e proteção do aleitamento materno. Procedimentos: Com carga horária de 30 horas, o curso possuía abordagem exclusivamente teórica, sendo destinado, principalmente, a profissionais atuantes na Rede de Atenção à Saúde. Seu conteúdo foi disposto em cinco unidades de estudo que continham atividades avaliativas, além de um livro digital complementar e fórum de discussão. Sua realização se deu entre os meses de maio e julho de 2023. Resultados: Durante o curso, foram abordados o panorama histórico e aspectos legais da NBCAL; benefícios do aleitamento materno e a importância da sua proteção, bem como a introdução alimentar adequada na primeira infância; propagandas publicitárias, padrões de divulgação e rotulagem de produtos a lactentes e crianças; estratégias para a fiscalização e cumprimento das normas e desafios da efetivação da política no contexto governamental e empresarial. Ao fim de cada unidade, foi realizado um questionário referente ao conteúdo abordado, constituindo a avaliação e requisito para obtenção da certificação. Conclusão: A proteção da amamentação está ligada ao investimento em estratégias que contribuam para o manejo adequado da lactação, apoio para estabelecimento e manutenção da amamentação e investimento na qualificação de profissionais capacitados, nos pressupostos da ética profissional e consciência da importância do aleitamento. Dessa forma, o curso ofertado possibilitou uma via de conhecimento, informação e educação continuada, principalmente para profissionais atuantes na rede pública de saúde.”
Título: A amamentação e os atravessamentos de raça/etnia: uma revisão sobre o conhecimento em saúde
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autora: Paula Cristina Gomes
Resumo: A atuação na promoção à saúde e assistência requer a habilidade de acolher o sujeito em sua singularidade. Compreendo o contexto da amamentação e atenção à saúde da mulher e considerando pontos relevantes estruturais do sujeito podemos refletir sobre a prática profissional. O impacto social, cultural e histórico na formação humana se reflete na forma de ver e estar no mundo, de cuidar da saúde e se relacionar com o mundo. O profissional de saúde precisa estar atento a essas questões para que consiga construir junto do sujeito um cuidado efetivo. A vida da mulher é atravessada desde cedo por questões de relevância que impactam em todo contexto de sua existência, inclusive o que tange à saúde. Esse trabalho aborda o impacto das questões relativas à cor ou raça/etnia na saúde da mulher. O objetivo é realizar uma revisão integrativa sobre a produção científica que aborda no seu viés estrutural um olhar sobre o impacto da cor/raça/etnia e a amamentação. Foram selecionados artigos que apresentavam os descritores: raça, etnia e amamentação entre os anos de 2000 a 2022. A Partir deste levantamento foi realizada uma discussão sobre a relevância da capacitação do profissional frente à questão racial no contexto da amamentação. A conclusão evidenciou que é indissociável a abordagem de questões como a amamentação e saúde através de um recorte de raça/etnia para que esse discurso ultrapasse a bolha do privilégio da assistência. Todos temos direto à saúde e assistência digna e os profissionais de saúde precisam de habilidades e conhecimento que permitam atuar de forma antirracista e com equidade.
Título: A eficácia da frenectomia lingual associada ao tratamento manipulativo osteopático na melhora no aleitamento materno e na qualidade do sono no bebê com apneia obstrutiva do sono: um relato de caso
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Rita de Cássia Correia Kälberer Pire e Deisi Fátima Damin
Resumo: A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio respiratório caracterizado por obstrução recorrente das vias aéreas durante o sono. Apesar da causa multifatorial, em bebês está associada a presença da anquiloglossia. O objetivo desse relato de caso foi demonstrar os resultados da associação da frenectomia com o tratamento manipulativo osteopático (TMO) em bebê com apneia obstrutiva do sono. Paciente T.F.B., sexo masculino, nascido em 25/08/2021, apresentou língua protusa na ecografia da 30a semana de gravidez, parto cesariano de 37 semanas, com circular de cordão. Presença de engasgos frequentes e salivação excessiva durante o aleitamento materno. A polissonografia, realizada aos 25 dias de vida, apresentou índice de apneia/hipopneia de 52 eventos/hora, com desaturações significativas agravadas em sono REM. Foi avaliado por um médico cirurgião de cabeça e pescoço com um diagnóstico de macroglossia e um possível tratamento cirúrgico. Os exames de TC de crânio, da face e nasofibroscopia sem alterações. Após consulta online com uma fonoaudióloga e diante da possibilidade de uma anquiloglossia foi encaminhado para avaliação odontopediátrica. Após diagnostico de frênulo lingual posterior tipo II, foi realizada uma frenectomia a laser e dois dias posteriores iniciou o tratamento osteopático. O paciente apresentou restrição de rotação da cabeça para direita, extensão da cervical alta, assimetrias cranianas e de face. Os índices da craniometria Cranial índex de 93,48% e o Oblique Cranial Length Ratio de 105,14%. Em reavaliação com odontopediatra, apresentou ótima cicatrização, elevação adequada da língua, mas ainda, salivando muito. Após cinco consultas com a osteopata, o T.F.B. não apresentava mais engasgos durante a amamentação e o sono, permanecia com a boca fechada por mais tempo, sem restrição de rotação de cabeça e os índices da craniometria normais. Nova polissonografia foi realizada, sem alterações. Algumas pesquisas contribuem para corroborar a associação entre anquiloglossia e apneia obstrutiva do sono. Este relato destaca a eficácia da frenectomia associada a TMO na melhora na qualidade do sono e do aleitamento materno.
Título: Aleitamento materno exclusivo em área de abrangência de unidade de saúde da família de Caruaru-PE
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Michelle Soraya do Nascimento, Daniela Pequeno da Silva, Maria Eliane Barbosa de Araújo, Natália Alves Gomes Moraes, Vanessa Juvino de Sousa, Nayale Lucinda Andrade Albuquerque
Resumo: A Organização Mundial de Saúde estabeleceu como meta para o ano de 2030 aumentar para 50% a taxa de aleitamento materno exclusivo em esfera mundial. Em âmbito nacional, os dados de prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) diminuiu drasticamente com o passar do tempo e varia de acordo com a região do Brasil (entre 27% e 56%, segundo a última pesquisa nacional). Numerosos fatores têm sido relacionados com o início e a duração do AM, destacando-se os fatores social e cultural, visto que o AM não é um comportamento instintivo. Conforme o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), a prevalência do aleitamento materno exclusivo entre as crianças com menos de seis meses de idade foi de 45,7% no Brasil, tornando essa prática mais frequente na região Sul (53,1%) e menos frequente na região Nordeste (38,0%). Objetivo: Determinar a frequência do aleitamento materno exclusivo em área de abrangência de unidade de saúde da família no município de Caruaru-PE. Método: estudo descritivo, realizado com mães e/ou responsáveis de crianças que estavam em aleitamento materno e desmame precoce cadastradas no programa de puericultura de uma unidade de saúde. Os dados foram coletados em novembro de 2020, a partir de entrevista semiestruturada e analisados pelo método de tabulação no excel com dupla entrada, sendo descritas as frequências absolutas e relativas em gráficos e tabelas. Resultados: 61% das mães/responsáveis das crianças afirmaram que elas estavam em aleitamento exclusivo e 39% realizaram o desmame precoce. Dentre os alimentos ofertados às crianças em desmame precoce foram citados o leite artificial para 60% das crianças, ingestão de outros líquidos em 70% dos casos e outros alimentos antes dos seis meses foi de 10% entre as crianças. Conclusão: Os dados do estudo sinalizam para uma necessidade de reforço entre as famílias quanto ao apoio à amamentação e a importância de se manter o aleitamento materno exclusivo. A educação em saúde é um instrumento indispensável durante toda a assistência no pré-natal, pós-parto e consultas de puericultura.
Título: Aleitamento materno exclusivo e sua associação com fatores pré e pós-natais: um estudo de coorte
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Cintia Regina Tornisiello Katz, Letícia Santos Alves de Melo, Lorena Fonseca Silva, Silvio Rocha Corrêa da Silva, Fernanda Lopez Rosell, Aylton Valsecki Júnior, Ângela Cristina Cilense Zuanon, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro
Resumo: Na literatura brasileira verifica-se a carência de estudos longitudinais sobre o aleitamento materno exclusivo (AME) e seus determinantes desde o período pré-natal. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar a prevalência de AME e sua associação com a intenção materna de amamentar (IMA) exclusivamente e outras variáveis de interesse. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, cuja coleta de dados iniciou com mulheres que estavam no terceiro trimestre de gestação (n=653), que realizaram pré-natal em uma maternidade pública de direito privado, situada na região central do estado de São Paulo. No baseline foram coletados dados sobre: características sociodemográficas, gestacionais, informações sobre o aleitamento materno (AM), pretensão de ofertar chupeta e mamadeira, a IMA exclusivamente com o auxílio da escala Infant Feeding Intention (IFI), traduzida, testada e adaptada ao português do Brasil. Durante o follow-up as participantes foram contatadas por ligações telefônicas no primeiro (T1; n=467), terceiro (T3; n=333) e sexto (T6; n=217) mês de vida do bebê ou até o desmame, para coletar informações sobre o AM, parto, características do bebê, familiares e hábitos orais. Para análise estatística, foram realizadas análises descritivas e de associação, utilizando modelo de regressão logística com nível de significância de 5%, tendo como desfecho o AME. Resultados: As prevalências de AME encontradas foram 81,2% (T1), 64,0% (T3) e 35,9% (T6). As variáveis associadas ao AME em T1, T3 e T6 foram: não uso de mamadeira (OR=612,59; OR=139,08; OR=15,05) e o não uso de chupeta (OR=2,94; OR=2,78; OR=2,93). Forte intenção materna de amamentar (OR=1,71) em T1; baixo peso ao nascer (OR=1,62), suporte nos cuidados com o bebê (OR=2,59), idade materna (OR=0,54), ter um companheiro (OR=1,82) em T3, e não ter retornado ao trabalho (OR=2,39) em T6, também estiveram associadas ao AME. Conclusão: A prevalência do AME foi maior no primeiro mês e apresentou declínio até o sexto mês de vida dos bebês. A IMA influenciou a iniciação do AME e a ausência de mamadeira foi o mais forte preditor do AME.
Título: Aleitamento materno na população indígena da Amazônia Legal: uma revisão de literatura
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Adria Santos Bastos Soares, Rogério do Espírito Santo Amorim Correa, Lucas Henrique de Amorim Lima, Michele Pereira da Trindade Vieira, Gabriela Pereira da Trindade
Resumo:A amamentação é um fenômeno biológico e social que se ressignificou ao longo da história e passou por adaptações e mudanças conforme a cultura dos variados povos. A Amazônia Legal é uma região que abrange nove estados do norte do Brasil e uma população de 38 milhões de habitantes e nesse espaço existem significativas comunidades indígenas. Objetivo: Descrever o aleitamento materno no contexto das populações indígenas da Amazônia Legal. Métodos: Revisão integrativa de literatura, as bases de dados utilizadas foram a Biblioteca Virtual em Saúde e a PubMed. Baseando-se nos descritores em saúde, os idiomas português, espanhol e inglês nas seguintes estratégias: (Aleitamento materno AND Amazônia AND Povos Indígenas); (Lactancia materna AND Amazonas AND Pueblos Indígenas); (Breast Feeding AND Amazon AND Indigenous Peoples). Como critérios de inclusão consideraram-se artigo indexado, completo, tratar da temática investigada e estar no recorte temporal de 2012 a 2022, como critérios de exclusão tem-se a não correspondência aos critérios mencionados. Resultados: Foram identificados 78 artigos, sendo 65 da BVS e 13 da PubMed. Após leitura e a utilização dos critérios de inclusão, chegaram-se a 15 artigos incluídos para análise integral, do qual apenas 5 entraram na síntese qualitativa. Os estudos mostram que existem diferentes práticas indígenas no que diz respeito ao aleitamento materno, com diversos fatores associados, como a região geográfica dos indivíduos. Foi evidenciado que esses indivíduos apresentam maior chance de não completar o primeiro ano de vida, sofrem desnutrição e anemia durante o período de crescimento e convivem com grande quantidade de doenças infecciosas e parasitárias prevalentes na região. As pesquisas abordaram a questão do desmame precoce nessas populações, alguns fatores estão relacionados, tais como: dificuldade com o pré- natal, ausência da amamentação na primeira hora de vida, outra gravidez da mãe, retorno às atividades sociais. Outra prática comum é a amamentação cruzada principalmente nessa população em que o acesso aos serviços de saúde especializados é limitado. Conclusão: Dessa maneira, a AME na população indígena amazônica mostra-se fundamental, porém, ao ser influenciada por diversos fatores, há repercussões negativas na sua plena implementação, sendo que intervenções em saúde pública devem ser realizadas nesses povos.
Título: Aleitamento materno no contexto da população negra: uma revisão integrativa
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Eveline Franco da Silva, Sáiron Cunha de Quadros, Samara Borges de Oliveira
Resumo: Ao considerar a amamentação negra, é necessário refletir sobre a história brasileira e todas as consequências da escravidão e do racismo nas condições de vida e saúde dessa população. Historicamente, o tema da maternidade dessas mulheres carrega marcas dolorosas de violências e contextos de vulnerabilidade social que impactam nos índices de aleitamento materno. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre aleitamento materno no contexto da população negra. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A coleta de dados ocorreu em junho de 2022, por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se os descritores: aleitamento materno AND grupo com ancestrais do continente africano. Foram critérios de inclusão: publicações dos últimos 10 anos, disponíveis na íntegra, em idioma português, inglês ou espanhol. Excluíram-se: monografias, dissertações, teses, editoriais, manuais técnicos e as repetições nas bases de dados. Resultados: Foram localizados 15 estudos e após aplicação dos critérios estabelecidos quatro artigos constituíram a amostra. A área de formação do primeiro autor de cada publicação corresponde à enfermagem (três) e nutrição (um). Quanto aos aspectos metodológicos, verificaram-se, dois estudos com abordagem quantitativa e dois com abordagem qualitativa, sendo um deles uma revisão integrativa. Em relação ao conteúdo desses artigos, condições sociodemográficas mais desfavoráveis foram mais associadas às mães negras do que as não-negras, transtorno mental foi comum nessa população, e a interferência da chupeta e mamadeira foi relacionada à interrupção precoce do aleitamento em mulheres quilombolas, bem como a existência de discrepâncias entre o que é preconizado nos órgãos de saúde e práticas comuns entre diferentes gerações quilombolas. Conclusão: O estudo permitiu visibilidade ao tema e alertar sobre a importância de conhecer o perfil dessa população e suas práticas que envolvem o aleitamento materno. Recomenda-se o desenvolvimento de mais estudos sobre a temática, uma vez que mais de 50% da população brasileira é negra e que o aleitamento materno é tema de importância global. A partir disso será possível planejar e promover ações em saúde, que contemplem o incentivo ao aleitamento materno considerando a realidade da saúde da população negra brasileira.
Título: Amamentação como método não farmacológico para alívio da dor na vacinação: revisão integrativa
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Julia Schultz Bellos, Camila Neumaier Alves, Eveline Franco da Silva
Resumo: Em 2021 o Ministério da Saúde publicou Nota Técnica recomendando o incentivo à amamentação antes e durante a administração de vacinas injetáveis em crianças. Tal recomendação é respaldada em estudos que apontam a eficácia da amamentação na redução do desconforto e do estresse durante a aplicação de vacinas, portanto, é considerada um método não farmacológico de alívio da dor. Objetivo: Identificar na literatura a amamentação como método não farmacólogo para o alívio da dor durante a vacinação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa norteada pela questão: “Como a literatura discute a amamentação como método não farmacológico de alívio da dor durante a vacinação?”. A seleção das publicações ocorreu por meio da Biblioteca Virtual em Saúde. A coleta de dados ocorreu em abril de 2022. Foram incluídos artigos científicos de pesquisas originais que apresentassem nos títulos ou resumos referências sobre amamentação, vacinação e método não farmacológico no alívio da dor; nos idiomas espanhol, inglês e português; e ano de publicação entre 2016 e 2022. Excluíram-se os artigos que não se relacionavam à temática e/ou não responderam à pergunta de pesquisa. Para a busca utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde: “vacinação” AND “aleitamento materno”. Após os dados foram analisados de forma descritiva e discutidos com a literatura científica que aborda a temática. Resultados: A amostra desta revisão constitui-se de seis artigos. Esses estudos foram desenvolvidos nos Estados Unidos, China, Espanha, Paquistão e Turquia. Todos tiveram como participação primordial os enfermeiros, que tiveram treinamento para avaliar os sinais apresentados pelas crianças na forma de conseguir mensurar os desconfortos apresentados. Conclusão: A amamentação em comparação à sacarose mostrou-se mais eficaz e tem efeitos analgésicos antes, durante e após o procedimento de vacinação, prevenindo os efeitos a curto prazo dolorosos e diminuindo as consequências fisiologias e comportamentais. Considerando esses resultados, cabe aos profissionais de saúde e serviços de saúde adotarem o uso desse método. Recomenda-se o desenvolvimento de mais estudos sobre a temática, a fim de fomentar evidências científicas que ampliem a amamentação como método não farmacológico, bem como conhecer como esta prática tem ocorrido nos serviços de saúde do Brasil.
Título: AMAMENTE: Aplicativo de Apoio à Amamentação
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Gilvânia Patrícia do Nascimento Paixão, Aloysia Graça Costa, Maria Cristina Santana, Antoneide Santos Almeida Silva
Resumo: Apesar dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, além de todas as evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre outras formas de alimentar a criança, as taxas de aleitamento ainda deixam a desejar (SBP, 2018). Na atualidade, muitas são as ferramentas de comunicação e acesso às informações. Contudo, essas informações muitas vezes são transmitidas de forma fracionada, reducionista e insuficiente em orientar técnicas de suporte para a amamentação (OLIVEIRA, et al 2019). Ao acessar a “store” de um celular android, e pesquisar sobre aplicativos de amamentação, foi possível perceber que não existem aplicativos gratuitos que falem sobre o manejo, e sim, para registro de mamadas. Nesse interim, esse projeto tem como objetivo: desenvolver um aplicativo gratuito, com orientações sobre manejo da amamentação. Procedimentos: esse é um projeto de inovação tecnológica foi aprovado em edital PROINOVAÇÃO (033/2022) da Universidade do Estado da Bahia, com recurso de 30.000,00 (trinta mil reais). Na primeira etapa de desenvolvimento, realizamos uma pesquisa de revisão sistemática para agregar o que se tem de mais atual e coerente com a medicina baseada em evidências, a respeito do manejo de lactação. Em seguida, todo o conhecimento foi reduzido à uma cartilha, onde constam as principais intercorrências e o seguinte manejo. Nesse momento, estamos selecionando o que iremos agregar no app, incluindo a elaboração de vídeos captura de imagens, de moto a torná-lo de linguagem fácil, didática e acessível. Por fim, a partir de janeiro de 2023 entrará o trabalho do programador computacional e móbile, para que possa transformar todo o conteúdo produzido em um aplicativo. O recurso obtido pelo edital será empregado totalmente para a programação. Resultados e conclusão: Até o momento o projeto segue cumprindo o cronograma. Temos docentes e estudantes dos cursos de Enfermagem, Pedagogia e Engenharia envolvidos. A ideia é ter uma ferramenta de acesso fácil e gratuito, que possa ser utilizado por lactantes e profissionais de diversos locais, apenas com o uso do smartphone, contribuindo para a mudança do mundo em prol da amamentação.
Título: AMPAROMULHER: Um projeto de Saúde mental voltado para mulheres que se tornaram mães
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Floricelia Teixeira, Laura Rita Pimentel
Resumo: O ‘’Projeto Amparo Mulher’’ realizado no Hospital e Maternidade ‘’Amparo de Maria’’, localizado no município de Estância no Estado de Sergipe, têm como premissa cuidar da saúde mental da mulher durante o puerpério, fase essa que é caracterizada pelo momento que se inicia após o parto, especialmente após a expulsão da placenta, e finaliza quando a mulher retorna a sua função reprodutiva. Através dessa perspectiva, sob um viés fisiológico, mental e social, há diversas alterações hormonais e comportamentais que precisam ser trabalhadas e discutidas com o propósito de auxiliar e orientar as mães quanto seus anseios, medos e aflições. O estudo tem como finalidade apresentar as alterações psicossociais que atingem as mulheres durante o pós-parto e evidenciar a importância do acompanhamento psicológico durante essa fase. Desse modo, por meio de ações mensais é possível analisar de forma criteriosa todas as queixas e necessidades que as puérperas têm para que lhes sejam proporcionados o amparo e o cuidado para que esse momento seja mais leve. A presente pesquisa trata-se de um estudo de caso realizado com as puérperas no HRAM. Os dados foram coletados através do formulário via ‘’Google Forms’’ e por meio de uma entrevista durante a quermesse junina em prol do projeto. Foram obtidas sete respostas, sendo possível coletar dados de identificação, principais dificuldades na maternidade e a percepção de cada uma acerca do que é ser mãe. A grande maioria, mães de primeira viagem, não se queixou de grandes dificuldades durante o pós-parto, porém houve relatos de quem já possuía outros filhos de que o parto e a amamentação foram os principais obstáculos nesse momento. Além disso, durante a entrevista, foi relatado muitas angústias quanto ao futuro, de como seria a vida após o nascimento de uma criança, das abdicações e principais medos. Dentre as principais queixas, a maior delas foi o fato da imposição da sociedade de sobrepor as necessidades da maternidade sob as de ser mulher. Logo, conclui-se que é de extrema importância entender essas questões psicossociais que abrangem a maternidade e ter o auxílio da psicologia para reduzir os principais impactos na vida da mulher.
Título: Atuação de médicos e enfermeiros obstetras da central de regulação do município de São Paulo: em meio a pandemia Covid 19: Um projeto de Saúde mental voltado para mulheres que se tornaram mães
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Erdnaxela Fernandes do Carmo Souza, Nazir de Oliveira, Edilson da Costa Ogeda, Adriana de Medeiros Nogueira de Azevedo, Neemias Santos de Oliveira
Resumo: Em meados de 2020, o Brasil registrou o primeiro caso de COVID-19 em seu território, dando início à uma interminável onda de mortes e complicações decorrentes do vírus, tudo era novo e o manuseio com a doença trazia preocupação aos profissionais da saúde, alguns serviços não tinham estrutura, então se fazia necessário uma remoção para outro serviço de referência que fosse capaz de realizar um atendimento adequado. OBJETIVO: Identificar o impacto do trabalho dos reguladores da central de regulação obstétrica e neonatal em meio a pandemia de COVID 19. PROCEDIMENTOS: Estudo descritivo exploratório, do tipo relato de experiência, onde compartilhamos os resultados obtidos através do trabalho da Central de Regulação Obstétrica e Neonatal (CRON) no município de São Paulo, que atua através de um sistema virtual, operado diuturnamente e de forma ininterrupta por médicos e enfermeiros obstetras, que buscam vagas e transferem pacientes de serviços que não possuem condições naquele momento de ofertar um atendimento adequado; foram avaliadas transferências realizadas entre os meses de janeiro a dezembro de 2021. RESULTADOS: Foram solicitadas 330 transferência de gestantes com síndrome gripal para outras unidades hospitalares que oferecessem suporte adequado à paciente; destas, 66% (N=223) eram solicitações de suporte obstétrico, 16% (N=54) para clínica médica, 16% (N=54) para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 1% (N=05) para tomografia diagnóstica. Do total, 63% (N=210) conseguiram ser transferidos pela regulação para um serviço com suporte adequado, 24% (N=79) ocorreu de serem atendidas no próprio serviço solicitante. CONCLUSÃO: O trabalho desenvolvido pelos profissionais da central de regulação obstétrica neonatal foi efetivo, fazendo diferença em centenas de vidas de paulistanas, obtendo um alto índice de resolução e transferências, evitando agravos e danos à saúde dos binômios.
Título: Atuação do enfermeiro na promoção do aleitamento materno em primíparas: revisão integrativa
ISBN:
Autores: Juliana Freitas Marques, Tiago de Andrade, Juliana Oliveira da Silva, Mirian Ferreira Coelho Castelo Branco
Resumo: Entende-se que mães primíparas devem receber orientações qualificadas a respeito da prática da amamentação. Nesse processo, o enfermeiro tem importante papel pois são os profissionais que mais lidam com as demandas do aleitamento materno, e é por meio de suas praticas que ocorre o incentivo a amamentação e apoio às primíparas. Objetivo: Conhecer a atuação do enfermeiro na promoção do aleitamento materno em mulheres primíparas por meio de uma revisão integrativa. Método: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa. A busca dos artigos estudos foi sistematizada seguindo as seis fases da elaboração da revisão integrativa. A primeira etapa formulou-se a questão de pesquisa: qual a atuação do enfermeiro na promoção do aleitamento materno em mulheres primíparas? A segunda etapa consistiu na seleção dos estudos nas Bases de Dados LILACS, BDENF e a biblioteca virtual SCIELO. Para a localização dos artigos foram utilizados os descritores Amamentação OR Aleitamento materno AND Enfermagem AND Primíparas. Na terceira etapa foram formulados os critérios de inclusão: ter sido publicado na modalidade artigo completo e publicados entre janeiro de 2011 a dezembro de 2020. Na quarta etapa foram extraídos os principais resultados. Na quinta e sexta etapa, os dados obtidos foram agrupados por semelhança e organizados em categorias temáticas e discutidos a luz da literatura. Resultados: Para a construção desta revisão, foram selecionados oito artigos que embasaram a temática da pesquisa sobre a atuação do enfermeiro na promoção do aleitamento materno em primíparas. Foi possível observar que, no caso de mães primíparas, existe uma forte influência dos aspectos intergeracionais, ou seja, o manejo da amamentação é influenciado pelos avós, fazendo com que o enfermeiro oriente sobre amamentação para toda a família. Os estudos mostraram importância do acompanhamento dessas primíparas nas consulta pré-natal, para que haja melhoria do conhecimento sobre amamentação que ainda é superficial. Além disso, os estudos abordaram a importância da orientação do enfermeiro sobre a técnica da amamentação e o preparo da nutriz para o aleitamento. Conclusão: reforça-se o papel do enfermeiro na orientação sobre os benefícios da amamentação, prevenindo a interrupção do aleitamento materno exclusivo e o desmame precoce entre primíparas.
Título: Autoeficácia em amamentar entre puérperas no interior do Ceará
ISBN:
Autores: Anne Fayma Lopes Chaves, Naara Ingrid da Silva Sales, Hilana Dayana Dodou,
Bárbara Brandão Lopes, Camila Chaves da Costa, Daniela Raulino Cavalcante
Resumo: A autoeficácia é definida como a segurança da mãe em sua habilidade para amamentar seu filho, sendo considerada um fator que pode interferir não somente para o início da prática da amamentação, como também para a manutenção. OBJETIVO: Avaliar a autoeficácia em amamentar entre puérperas no interior do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa realizado no período de fevereiro a maio de 2021 no alojamento conjunto de um hospital maternidade público localizado no município de Redenção, Ceará. A amostra foi composta por 34 mulheres no pós-parto imediato. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um formulário contendo dados sociodemográficos e obstétricos e a Breastfeeding Self Efficacy Scale- Short Form para avaliar a autoeficácia materna em amamentar. Os dados foram organizados e tabulados no programa Epi Info 3.5.3, sendo apresentados por meio de tabelas e gráficos. A pesquisa respeitou os aspectos que envolve seres humanos sendo aprovado pelo Comitê de Ética sob o número do parecer 4.384.526. RESULTADO: Foi visto que a maioria das puérperas (76,47%) obtiveram elevada autoeficácia em amamentar, sendo os itens da escala que tiveram menor pontuação: “Eu sempre lido com a amamentação com sucesso, da mesma forma que eu lido com outros desafios”, “Eu sempre alimento o meu bebê sem usar o leite em pó como suplemento” e “Eu sempre consigo adequar as minhas necessidades às necessidades do bebê”. CONCLUSÃO: Esses achados mostram que se faz necessário uma assistência voltada para desmistificar a cultura errônea relacionada a introdução de leites artificiais como obrigatoriedade na complementação da amamentação, além de empoderar a mulher para realizar a prática da amamentação e a ênfase em orientações voltadas para a busca de uma rede de apoio para auxiliar a mulher durante o processo da amamentação, visando reduzir a sobrecarga da mulher.
Título: Avaliação do contato pele a pele em um Hospital Amigo da Criança do Sul do Brasil
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Isabel Cristina Alves Maliska, Manuela Beatriz Velho, Luana da Costa Albino,
Márcia Guimarães Alcântara, Saionara Nunes de Oliveira
Resumo: Trata-se de um estudo quantitativo realizado em uma maternidade de um hospital Amigo da Criança do Sul do Brasil, avaliando alguns critérios desta Iniciativa. Objetivo: avaliar a realização do contato pele a pele imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora, bem como as orientações a respeito dos sinais de prontidão para mamada e ajuda prática para amamentar neste período, caso necessário. Métodos: O estudo ocorreu no período de 01 de julho de 2020 até 30 de setembro/2021, sendo sujeitos das pesquisas as puérperas desta maternidade que mantiveram-se todo o período com seu(s) bebê(s) em alojamento conjunto, maiores de idade e que aceitaram participar do estudo. O questionário foi encaminhado via aplicativo de mensagens após a alta hospitalar, sendo atendidos todos cuidados éticos. Resultados: Durante o período do estudo houveram 3080 partos, sendo encaminhados questionários para 2455 mulheres, com 756 retornos. Das mulheres que participaram do estudo, 64,1% realizaram parto natural e 35,9% foram submetidas a cirurgia cesariana. Quanto ao contato pele a pele após o nascimento, 83,2% realizaram pelo período de uma hora ininterrupta e 16,8% não realizaram. Daquelas em que não foi realizado o contato pele a pele, os motivos relacionados ao recém-nascido foram desconforto respiratório, prematuridade, hipotermia, apgar baixo, intercorrências com o bebê e encaminhamento para UTI. Dos motivos relacionados a mulher foram: soropositiva para o vírus HIV e intercorrências diversas. Outras causas descritas como impeditivas foram a cirurgia cesariana, não sabe porque não foi realizado, foi realizado por menos de uma hora, e realização de procedimentos de rotina. Quanto a ser orientada sobre os sinais de prontidão para mamada, 50,8% foram orientadas, e ajuda prática para auxiliar o bebê para mamar foi ofertada a 78,5% das mulheres. Conclusão: apesar da instituição estudada ter atendido as prerrogativas da Iniciativa Hospital Amigo da Criança com taxa de contato pele a pele acima de 80%, alguns aspectos podem ser aprimorados para oportunizar este momento a um maior número de binômios. Da mesma forma a orientação ainda no centro obstétrico sobre os sinais de prontidão de mamada podem ser intensificadas, com vistas a incentivar a livre demanda e otimização do estabelecimento do aleitamento materno.
Título: Capacitação enfermeiros da Rede Municipal de Saúde de Itajaí/SC sobre o manejo do aleitamento materno na Atenção Primária à Saúde
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Camila Santos do Couto, Ana Paula Quirino Lucena dos Santos, Gustavo Pereira da Silva, Jane Cristina Anders
Resumo: O enfermeiro da Atenção Primária à Saúde (APS) que realiza o seu trabalho diretamente com gestantes e puérperas, para o adequado manejo do aleitamento materno, necessita de empatia, conhecimento teórico e científico e visão holística frente ao binômio mãe-filho. Objetivou-se relatar a experiência de uma capacitação voltada aos enfermeiros da rede municipal de saúde de Itajaí/SC sobre o manejo do aleitamento materno na APS. Para isto foi realizado o planejamento pela Supervisão da Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí/SC, visando aprimorar as atividades assistenciais voltadas ao manejo da amamentação, sob o formato de capacitação teórica, propiciando conhecimentos básicos para o atendimento integral e manejo adequado das intercorrências relacionadas à lactação. A capacitação ocorreu em quatro encontros em agosto de 2022, com carga horária de 16 horas, por meio de exposição dialogada. O público-alvo foram os enfermeiros atuantes na APS da rede de saúde. Participaram da capacitação 121 profissionais, sendo 109 enfermeiros e 12 outros profissionais de saúde. O conteúdo programático contemplou: anatomofisiologia da lactação; mecanismos de síntese/regulação da produção de leite; observação e avaliação da mamada; uso de bicos e outros apetrechos e seus impactos na amamentação; e manejo das principais intercorrências em amamentação. Ao final da capacitação, os profissionais receberam um kit contendo materiais educativos relacionados à amamentação, como: bolsa, mama didática de silicone, mama didática de crochê com anatomia, avental com mamas, dentre outros. Este kit foi entregue, ficando sob a responsabilidade do profissional capacitado, para utilização em sua atuação na APS para a promoção do aleitamento materno. Os participantes realizaram a avaliação da capacitação por meio de escala do tipo likert, com cinco alternativas variando entre “concordo totalmente” a “discordo totalmente”. Dessa forma o conteúdo relevante e aplicável no dia-a-dia, a metodologia aplicada visando agregar conhecimento e a avaliação geral com alcance dos objetivos propostos foram classificados por 100% dos participantes como “concordo totalmente”. Conclui-se que a capacitação alcançou os objetivos propostos e propiciou a reflexão entre pares sobre o manejo do aleitamento materno. Dessa forma, possibilitou-se instrumentalizar os enfermeiros da APS para o adequado manejo do aleitamento materno no município de Itajaí/SC.
Título: Características culturais de mulheres indígenas relacionadas ao manejo do aleitamento materno
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Dannyel Rogger Almeida Teixeira, Brian Araújo Olivera, Silvana Santiago Rocha, Amanda Lúcia Barreto Dantas, Marcelo Victor Freitas Nascimento
Resumo: A amamentação vai além de saciar a fome da criança, envolvendo afeto, carinho, laços que são gerados entre a mãe e o filho. Devido às mudanças do contexto sociocultural e familiar em que a população indígena vive, isso afeta sua participação em atividades de educação em saúde, interferindo na prática correta de amamentar. Visto que existem fatores ambientais e econômicos que interferem diretamente no desenvolvimento dessa prática. Objetivo: Descrever as principais características de costumes e crenças das nutrizes indígenas relacionados ao aleitamento materno. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados da BVS, CINAHL, SCIELO, LILACS e MEDLINE/PUBMED. A busca foi orientada utilizando-se o acrônimo PICo, com P: Povos Indígenas; I: Amamentação; Co: Cultura. Aos critérios de inclusão de artigos foram selecionados estudos realizados no Brasil e periódicos com texto completo nos idiomas português e inglês. Já os critérios de exclusão são relacionados às dissertações de mestrado, teses de doutorado, estudos que não incluíssem o objeto de pesquisa e estudos duplicados, sendo excluída uma ou mais versões repetidas. Resultados: Foram identificados nas bases de dados 6117 artigos e após realizado análise criteriosa, somente 8 artigos foram selecionados, assim como aqueles estudos que tivessem sua temática direcionada ao objetivo da pesquisa. Evidenciado que as mulheres indígenas em sua maioria não consideram o aleitamento materno como alimento essencial, sendo o alimento industrializado incluído na alimentação da criança, muitas vezes devido à falta de tempo, falta de informação, de apoio familiar e do companheiro incluindo o mingau de milho, farinha cevada, beiju e outros do costume e da crença dos seus povos. Conclusão: É imprescindível que ações de educação em saúde possam ser oferecidas às nutrizes, como forma de sensibilizá-las para a prática do aleitamento materno nas mulheres indígenas.
Título: Construção de Cartilha Educativa Digital sobre Cuidados com a Amamentação: o que toda mãe adolescente precisa saber
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Juliana Freitas Marques, Laura Sales dos Santos Souza, Maria Graciane Soares Sena, Mirian Ferreira Coelho Castelo Branco
Resumo: A gravidez na adolescência é uma vulnerabilidade social e de saúde e que envolve não só o cuidado pré-natal, mas principalmente o cuidado ao bebê da mãe adolescente após o nascimento. A falta de informação e de apoio às mães adolescente prejudica de inúmeras formas o desenvolvimento da adolescente como mãe e também do bebê. No tocante ao aleitamento materno, é essencial que a adolescente conheça a sua importância, bem como os cuidados que se deve ter para obter uma amamentação exitosa. Diante disso, considerou-se válida a construção de uma cartilha educativa sobre a amamentação voltada para a mãe adolescente, visto que as informações repassadas por meio de uma tecnologia digital podem ajudar no fornecimento informações que promova o aleitamento materno de qualidade. Objetivo: Descrever a construção de uma cartilha educativa digital sobre os cuidados durante a amamentação para orientação de mães adolescentes. Procedimentos: Trata-se de um descritivo, do tipo relato de experiência. Para a construção do conteúdo da cartilha educativa foi realizada uma ampla revisão de literatura. A cartilha foi desenvolvida no aplicativo Canva, utilizando as cores, azul, branco, lilás, verde e rosa, contendo 14 páginas, abordando temas como: gravidez na adolescência, informações gerais sobre amamentação, possíveis complicações e como proceder à amamentação em caso de COVID-19. Resultados: A cartilha intitulada “Amamentação: o que toda mãe adolescente precisa saber” foi construída com orientações acerca da amamentação. O conteúdo da cartilha teve como base artigos científicos que foram utilizados para a construção da revisão bibliográfica desse estudo. Foram utilizados 13 artigos publicados nos últimos cinco anos, manuais e normas técnicas do Ministério da Saúde. A linguagem utilizada não envolveu termos técnicos em razão do público-alvo da cartilha ser composta por mães adolescentes, além disso, optou-se por uma linguagem mais acessível para conferir maior proximidade e facilitar a compreensão do leitor. Conclusão: A construção da tecnologia em forma de cartilha educativa digital, é de grande relevância para as mães adolescentes, podendo também ser utilizada pelos profissionais de saúde no processo de assistência às lactentes adolescentes, oferecendo orientação rápida e de qualidade.
Título: Creches Municipais como Espaços Promotores da Amamentação
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Aline Alexandre Uchôa de Albuquerque, Maria Carolina Tenório Vieira Rocha Ramos, Juliana Carneiro de Carvalho
Resumo: Relatar a experiência de uma mãe que matriculou sua filha em uma creche da rede municipal do Recife, onde a bebê menor de seis meses, antes de frequentar a unidade de ensino, recebia de forma exclusiva o leite humano.
Procedimentos: Entrevista gravada com a mãe, acompanhamento da rotina da criança na creche, de forma observacional e relato dos funcionários da creche.
Resultados: Em vivência foi observado e relatado pelo profissional da creche, que acompanha a criança, dificuldade em alimentá-la, uma vez que a criança apresentou bastante irritação durante a oferta da mamadeira com fórmula infantil. O profissional responsável pelo cuidado da criança no berçário informou que a criança fez amamentação exclusiva antes de frequentar a creche e apresenta bastante dificuldade na introdução da fórmula infantil. Foi preciso acionar a mãe para que ela comparecesse na unidade escolar para amamentar a criança. Em entrevista com a mãe foi relatado que a mesma tem disponibilidade em ir amamentar sua criança na unidade escolar. Porém a mãe sinalizou que não havia um espaço para amamentar sua filha na unidade de ensino. A mãe também relatou que após entrada da sua filha na creche, começou a ofertar para a criança, em casa, leite de vaca e água, mas a criança não aceita bem, demostrando interesse pela amamentação.
Conclusão: É preciso garantir espaço adequado e sensibilizar a comunidade escolar para continuidade do Aleitamento Materno nas creches municipais. Esses locais devem atuar como espaço promotor, protetor e incentivador do aleitamento humano, contribuído com alimentação adequada e saudável, como também no amplo desenvolvimento na primeira infância.
Título: Criação de cartilha educativa sobre o aleitamento materno: relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Laeny Catarina Dias Freitas, Cecília Silva Santos, Sabrina Mara de Morais, Renata Garcia, João Marcos Alves Melo
Resumo: O aleitamento materno trata-se da forma de proteção e nutrição mais eficaz contra mortalidade infantil. O Ministério da Saúde determina a promoção da amamentação, a incentivando até dois anos ou mais e, de forma exclusiva até seis meses de idade, e afirma a responsabilidade do sucesso desse ato ser de toda comunidade. Nessa comunidade, estão os profissionais de enfermagem que atuam na atenção primária à saúde, que se encontram em contato direto com essa mãe, apresentando papel essencial na promoção do aleitamento materno, através de atividades educativas. Este estudo teve como finalidade relatar experiência da produção e divulgação de cartilha educativa sobre o aleitamento materno, que foi utilizada em vários eventos e grupos de gestantes no município de Carmo do Cajuru (MG). Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência que busca relatar a construção de uma cartilha contendo as principais informações sobre os benefícios do aleitamento materno para mãe, filho e díade, como o tamanho do estômago do RN, as principais posições para o aleitamento materno, pega correta, bem como dúvidas comuns relatadas durante as consultas de pré-natais. A construção da cartilha foi realizada por quatro enfermeiras em julho de 2022. Em um primeiro momento foi realizado o levantamento bibliográfico através da Biblioteca Virtual de Saúde, Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, e em seguida construção da cartilha pela plataforma de design gráfico Canva. Após a criação houve aprovação do coordenador da APS do município para que a mesma pudesse ser utilizada no município em agosto de 2022 e nos pré-natais realizados nas UBS. Foram impressas aproximadamente 100 cartilhas utilizadas em 3 grupos de gestantes e em um evento da secretaria de Educação do Município alcançando o número de mais de 200 pessoas entre gestantes, companheiros, familiares e profissionais da saúde. A construção da cartilha possibilitou a integração entre pesquisadoras, educadores e comunidade. O produto foi amplamente divulgado e houve retorno positivo das orientações passadas de forma prática, fidedignas e acessíveis. Essas atividades contribuíram para promover a saúde da população e para levar informações importantes sobre o aleitamento materno.
Título: Cuidados de enfermagem a lactentes com alergia à proteína do leite de vaca
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Josiane de Mellos Souza, Eveline Franco da Silva
Resumo: A alergia a proteína do leite de vaca (APLV) possui incidência de 2,2% e prevalência de 5,4% na população pediátrica brasileira. As manifestações imunológicas podem ser mediadas por IgE, não mediadas por IgE ou mistas, atingindo com maior frequência a pele e o sistema gastrointestinal, podendo gerar agravos irreversíveis. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre cuidados de enfermagem a lactentes com APLV. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em março de 2022 nos portais de pesquisa em saúde: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Scielo. Os descritores utilizados para a busca foram: “hipersensibilidade a leite”; “proteínas do leite”; “aleitamento materno”. Para captar mais estudos, utilizou-se também sinônimo do descritor hipersensibilidade a leite, “alergia a proteínas do leite de vaca”, e em uma base de dados foi utilizado o termo “hipersensibilidade ao leite”. Foram critérios de inclusão: estudos nos idiomas português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos cinco anos, disponíveis na íntegra nas bases de dados, que contivessem informações sobre o cuidado a lactentes com APLV. Excluíram-se: monografias, dissertações, teses, editoriais, artigos que não contemplavam a temática de estudo e as repetições. Resultados: A amostra constitui-se de 11 artigos, a maior incidência de publicações ocorreu nos anos de 2018 e 2020, totalizando três publicações em cada ano. Todos os estudos analisados recomendam a manutenção do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade da criança e ressaltam a importância das orientações à nutriz quanto à sua dieta. Conclusão: A revisão permitiu identificar cuidados pertinentes ao enfermeiro e sua equipe no que envolve a assistência à criança com APLV e à nutriz. Foram verificados cuidados referentes ao aleitamento materno exclusivo, à dieta materna de exclusão a proteínas do leite de vaca, orientações para identificação de informações contidas nos rótulos de alimentos e produtos de higiene e o risco de reações cruzadas que à criança poderá sofrer com o uso de outros tipos de leite. Sugere-se o desenvolvimento de estudos exploratórios sobre a temática, que possibilitem maior compreensão sobre os cuidados de enfermagem no contexto da APLV e identifiquem as necessidades e dificuldades maternas na manutenção do aleitamento materno exclusivo.
Título: Desenvolvimento de checklist de avaliação de risco de hipogalactia: um estudo metodológico
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Mirian Ferreira Coelho Castelo Branco, Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques, Maria Luciana de Araujo Barbosa, Eveline Studart Barbosa
Resumo: Embora se trate de processo fisiológico, a lactação envolve um mecanismo complexo de interação entre fatores hormonais, físicos e emocionais, os quais demandam conhecimento do profissional que a maneja em sua prática clínica. Entre os fatores que impactam na taxa de amamentação subótima, destaca-se a produção inadequada de leite, para a qual se demanda intervenção preventiva a fim de que o manejo se dê em tempo hábil para efetiva promoção da amamentação. O conhecimento sistematizado de fatores de risco para hipogalactia pode auxiliar o profissional no manejo desta intercorrência. Objetivo: Desenvolver um checklist de avaliação do risco de hipogalactia para uso no período pré-natal e puerperal. Métodos: Trata-se de estudo metodológico, o qual se desenvolveu mediante as etapas de busca e seleção das evidências científicas nas bases de dados LILACS, PubMed, BDENF, MEDLINE e Scielo, com uso dos descritores “transtornos da lactação” e “fatores de risco” combinados com o operador booleano AND, a fim de identificar os indicadores empíricos para construção dos itens do checklist. O estudo respeitou os preceitos da Resolução nº 510/16 na qual se apresenta a isenção de análise por Comitê de Ética em Pesquisa para estudos realizados exclusivamente com textos científicos para revisão da literatura científica. Resultados: As evidências identificadas foram estruturadas em dois enfoques: abordagem pré-natal e pós-natal, tendo como elementos do primeiro enfoque a hipoplasia mamária, diabetes tipo 1, síndrome do ovário policístico, hipertensão – pré-eclâmpsia, obesidade, suplementação, cirurgias mamárias e patologias de tireoide ou do eixo hipófise. Quanto aos indicadores de abordagem no período pós-natal, surgiram: cesárea eletiva, trabalho de parto prolongado, hemorragia, retenção placentária, descumprimento da hora de ouro obstétrica, prematuridade, uso de bicos artificiais e ausência de livre demanda. Conclusão: A revisão das evidências científicas permitiu elencar indicadores empíricos para construção do checklist de forma a fundamentar a atuação do profissional em amamentação no contexto pré-natal e pós-natal, visando uma assistência qualificada para prevenção da hipogalactia. O instrumento demanda, ainda, validação de conteúdo, face e aplicação para análise de seu impacto na prática clínica.
Título: Educação permanente para capacitação de equipe de enfermagem no atendimento a neonatos
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Neriane Heusser Lermen
Resumo: A Educação permanente é a ferramenta mais importante para a gestão dos serviços de saúde. É por meio dela que podemos modificar a realidade no dia a dia de trabalho, melhorando a qualidade da assistência. Os profissionais que atuam na assistência ao neonato precisam de conhecimento aprofundado no que se refere aos cuidados com o recém-nascido de risco, portanto, a educação permanente é importante estratégia de gestão por modificar habilidades necessárias à prática profissional. O objetivo da pesquisa foi: compreender a percepção da equipe de enfermagem sobre a participação em curso na área de cuidados neonatais. Participaram desta pesquisa 40 profissionais que prestam atendimento aos neonatos em uma pesquisa- ação na abordagem qualitativa exploratória. A coleta de dados percorreu em dois momentos diferentes nos meses de abril e agosto de 2019 através do Google Forms e questionário impresso. A metodologia de análise de dados embasou-se nos pressupostos de pesquisa qualitativa segundo Minayo. O curso ocorreu através de educação híbrida utilizando Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) como recurso tecnológico, incluindo no ambiente fóruns, vídeos, figuras, textos, atividades avaliativas e material de apoio e. Nos encontros presenciais discussões e práticas através de atividades problematizadora. Para a avaliação do curso foi seguido os níveis 1 e 2 do modelo de Kirkpatrick. Como principais resultados destacam-se: houve melhora na qualidade do atendimento prestados aos neonatos diante de cuidado embasado em evidências científicas e
conhecimento teórico. Com o conhecimento, algumas práticas erradas mudaram para um cuidado seguro e os temas de ensino abordados foram replicados entre os colegas de trabalho que não participaram do curso. Aumentando assim, as discussões no ambiente de trabalho para a melhoria da qualidade assistencial, possibilitando à pesquisadora colocar em prática conceitos de educação permanente, tecnologias de informação e comunicação, educação híbrida, sala de aula invertida, metodologias ativas, ambiente virtual de aprendizagem e tutoria. Por meio delas, foi possível perceber que as necessidades de educação no ambiente de trabalho são vastas, mas que a educação permanente unida à gestão do serviço pode tornar a rotina mais leve por oportunizar bases para um melhor desempenho dos profissionais.
Título: Efeitos de grupo virtual na promoção da autoeficácia materna em amamentar
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Naara Ingrid da Silva Sales, Anne Fayma Lopes Chaves, Mariana Gonçalves de Oliveira, Sabrina Alapenha Ferro, Alana Santos Monte, Hilana Dayana Dodou
Resumo: As tecnologias educativas ajudam os profissionais em seus processos de trabalho, sendo um recurso que auxilia na assistência do paciente, proporcionando a esta autonomia no seu processo saúde-doença. OBJETIVO: Avaliar o efeito de uma intervenção educativa através de grupo virtual para a promoção da autoeficácia materna em amamentar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quase experimental de natureza aplicada e descritiva com abordagem quantitativa e qualitativa. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a maio de 2021 na unidade de alojamento conjunto de um hospital maternidade público localizado no município de Redenção, Ceará. A amostra foi composta por 9 mulheres no pós-parto. A coleta de dados ocorreu em 3 etapas: Etapa 1: Aplicação do formulário contendo dados sociodemográficos e obstétricos e a Breastfeeding Self Efficacy Scale- Short Form para avaliar a autoeficácia em amamentar antes da intervenção. Etapa 2: Aplicação da intervenção educativa por meio do grupo virtual. Etapa 3: Reaplicação da escala de autoeficácia em amamentar por meio de uma ligação telefônica. Os dados foram organizados e tabulados no programa Microsoft Office Excel®. A pesquisa respeitou os aspectos que envolve seres humanos sendo aprovado pelo Comitê sob o número do parecer 4.384.526. RESULTADOS: Identificou-se que a intervenção educativa foi eficaz pois melhorou os índices dos escores de autoeficácia de 52 para 57 pontos, porém não impactou no tipo de autoeficácia, visto que as mulheres apresentaram o mesmo tipo de autoeficácia antes e depois da intervenção educativa. Antes da intervenção, (22%) mulheres obtiveram média autoeficácia e (78%) obtiveram elevada autoeficácia. Depois da intervenção, obteve-se o mesmo resultado. CONCLUSÃO: Conclui-se que o uso de uma tecnologia pautada no conceito da autoeficácia materna para amamentar, elevou os escores da autoeficácia.
Título: Espaço amamentar Itajaí: relato da organização do processo de trabalho de um serviço especializado em amamentação
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Camila Santos do Couto, Ana Paula Quirino Lucena dos Santos, Alessandra Monestel, Gustavo Pereira da Silva, Dulcineia Ramos Michels, Jane Cristina Anders
Resumo: Existem fatores que impactam no início e na continuidade do aleitamento materno (AM), os quais ultrapassam limites fisiológicos e intuitivos, necessitando de acolhimento, orientação e embasamento. Assim, o município de Itajaí inaugurou o Espaço Amamentar Itajaí, que visa orientar e empoderar lactantes e famílias para promoção do AM. Objetivou-se relatar a organização do processo de trabalho do Espaço Amamentar Itajaí. Trata-se de um relato de experiência da organização do processo de trabalho do Espaço Amamentar Itajaí. Para implementação do serviço foi realizado planejamento pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itajaí/SC, com a finalidade de implementar um serviço visando a promoção do AM. O Espaço Amamentar Itajaí, inaugurado em maio de 2022, configura-se um serviço especializado para o manejo do AM. Funciona de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 17h00 e está estruturado em containers integrados localizados no Centro Integrado de Saúde da SMS. Este serviço atende gestantes e lactantes residentes em Itajaí/SC por meio de consultas de enfermagem com atendimentos programados e individualizados, mediante encaminhamento das unidades de saúde, bem como por demanda espontânea. Realizam-se consultas voltadas às gestantes, voltadas às lactantes para o manejo da amamentação e das intercorrências e voltadas ao momento do retorno ao trabalho visando o estímulo da manutenção da amamentação, para orientações sobre ordenha, armazenamento e oferta do leite materno. É ofertada laserterapia como um recurso terapêutico coadjuvante do manejo das intercorrências na amamentação, a critério das enfermeiras habilitadas. A partir do atendimento no serviço são realizados, se necessário, encaminhamentos para serviços da rede visando a garantia da integralidade do cuidado. No Espaço há uma Sala de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta, que pode ser usada para amamentar ou realizar ordenha e armazenamento do leite materno até o final da jornada de trabalho. CONCLUSÃO: Com base no exposto, evidencia-se a importância do Espaço Amamentar Itajaí, pois diante da relevância do acolhimento desta mulher que deseja amamentar e necessita de ajuda qualificada, este serviço é referência na rede municipal de atenção à saúde e configura-se como um mecanismo de promoção, proteção e apoio ao AM no Sistema Único de Saúde no município de Itajaí/SC.
Título: Estratégias para promover a amamentação em uma maternidade privada em São Paulo
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Natalia Turano Monteiro, Thais de Holanda Parisi, Ana Carolina Eisencraft, Isis Corona de Arruda, Kate Costa Cristo de Oliveira, Alessandra Mabuchi, Debora Almeida, Claudia Correa
Resumo: Estratégias para promover a amamentação em uma maternidade privada em São Paulo” Introdução: Os benefícios da amamentação para a mãe e o bebê são incalculáveis. Entretanto, o aleitamento materno não é uma prática inata ao ser humano. Ela deve ser ensinada e amparada pela equipe de saúde, pela família e pela sociedade. Diante desse cenário, a equipe de especialistas em aleitamento da maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein implementou diversas ações em prol da melhoria da experiência em aleitamento materno tendo como foco nossas pacientes e colaboradoras. Objetivo: Descrever as ações implementadas em uma maternidade privada e apresentar os indicadores de aleitamento exclusivo. Resultados: As ações implementadas contemplaram estratégias voltadas para profissionais de saúde como treinamentos presenciais e na modalidade remota, certificação IBLCE, validações individuais, criação de time de amamentação e especialista em aleitamento, elaboração de projeto educativo para uniformização das orientações oferecidas aos pacientes, incorporação de estudos sobre o tema aleitamento a partir de prática baseada em evidências, consolidação do uso do laser para tratamento de lesões mamilares, uso do gel de dextrose como primeira opção para correção de hipoglicemia neonatal, comemoração da semana de amamentação, acompanhamento do pré-natal de colaboradoras gestantes, revisão do protocolo assistencial incluindo fluxo de atendimentos para COVID e Monkeypox, além da temática equidade na assistência ao aleitamento. Para as usuárias do serviço de saúde foram disponibilizados curso de gestante, materiais em plataformas digitais, criação de ambulatório de aleitamento, uso da telemedicina para consultorias de aleitamento pós alta, pod cast e lives. Como resultado os indicadores superaram a meta recomendada pela OMS de 75% e atingiram valores de 82% a 87% de aleitamento exclusivo no decorrer de 2021 e primeiro semestre de 2022. Conclusão: As ações implementadas mostraram-se efetivas no alcance de melhores taxas de aleitamento e concentraram-se no objetivo de fortalecer a importância do aleitamento materno, uniformizar as orientações fornecidas, acolher nossas pacientes em período de lactação durante internação e após a alta hospitalar, além de promover a prática baseada em evidências científicas associadas a novas tecnologias como diferencial em nossa instituição.
Título: Evidências sobre o uso de galactagogos no auxílio ao processo do aleitamento materno
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Rafaela Lara Assis, Camila Neumaier Alves, Eveline Franco da Silva
Resumo: A amamentação é um processo de aprendizado para o binômio mãe-bebê. Nesse processo, dificuldades podem ocorrer e levar ao desmame precoce. Ao identificar dificuldades na amamentação, os profissionais de saúde podem auxiliar a mãe para a manutenção do aleitamento materno. Por vezes, dentre as opções, o profissional de saúde pode prescrever medicações que podem facilitar o desenvolvimento da lactação. Nesse caso, há a possibilidade de prescrição de galactagogos. Objetivo: Analisar os níveis de evidências sobre o uso de galactagogos pelas mães no auxílio da amamentação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em 2020, norteada pela questão: quais galactagogos auxiliam no manejo da amamentação? A seleção das produções ocorreu por meio da Biblioteca Virtual em Saúde. Incluíram-se artigos científicos de pesquisas originais que apresentassem, nos títulos ou resumos, referências sobre o uso de galactagogos no manejo da amamentação; nos idiomas inglês e português, e ano de publicação entre 2015 e 2020. Foram excluídos: artigos que não se relacionassem a temática estudada e/ou não respondessem à pergunta de pesquisa. Para as buscas foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde: “aleitamento materno”, “transtornos da lactação” e “lactação” e a palavra-chave “galactagogo” ou “galactogogo”. Os artigos foram avaliados quanto ao nível de evidência e após os dados foram analisados de forma descritiva e discutidos com a literatura científica que aborda a temática. Resultados: Foram analisados 18 artigos, que permitiram identificar que os galactagogos utilizados na manutenção do aleitamento materno estão classificados em farmacológicos e não farmacológicos, os quais têm relevância para a ingestão de chás e outros alimentos. Conclusão: Destacou-se o uso mais frequente da domperidona como opção mais eficaz e segura no auxílio e manejo da amamentação. Dentre os galactagogos não-farmacológicos, há uma gama de opções, principalmente, aqueles relacionados às questões culturais, envolvendo conhecimento familiar, de comunidade e passado entre gerações, muitos associados à mitos e não apresentando efeitos na amamentação. Cita-se a flor de bananeira, feno-grego, silimarina-fosfatidilserina e galega como substâncias galactagogas utilizadas para aumento da produção láctea. Espera-se que esse estudo instigue novas pesquisas na área.
Título: Fatores desencadeadores do desmame precoce relacionados à falta da participação paterna ao aleitamento
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Dannyel Rogger Almeida Teixeira, Brian Araújo Olivera, Silvana Santiago Rocha , Amanda Lúcia Barreto Dantas, Marcelo Victor Freitas Nascimento
Resumo: A participação paterna na amamentação, nos 10 primeiros dias após o parto, é de fundamental importância para a continuidade do aleitamento materno, devido às dificuldades que as mães enfrentam neste processo, sendo necessário que se forme um elo entre a mãe-pai-bebê desde a gestação. Objetivo: Nessa perspectiva, o presente estudo objetiva analisar fatores desencadeadores do desmame precoce relacionados à falta da participação paterna ao processo de aleitamento. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, Lilacs, Scielo, Medline e BDENF que incluiu publicações de 2017 a 2021. A amostra final foi constituída por 13 artigos, sendo refinados a partir de uma leitura exaustiva. Resultados: Os estudos apontam que conciliar o horário de trabalho e manter-se acordado durante a noite foram os principais fatores desencadeadores do desmame precoce. Além disso, trabalho à distância, desemprego, práticas culturais e pobreza são apontados como fatores dificultadores para a participação ativa paterna à amamentação. Sendo observado que muitos pais acreditam que o leite materno é fraco ou que as mulheres não são capazes de produzirem leite suficiente para seus filhos. O que fundamenta a percepção paterna sobre o leite ser fraco e insuficiente é o choro ou agitação do bebê, sendo uma indicação primária para este pensamento. Conclusão: Conclui-se que a participação ativa do pai no processo de amamentação é de extrema relevância, pois a mulher se torna suscetível à interrupção do aleitamento diante das dificuldades. A literatura evidencia que muitos homens têm a percepção de que o seu apoio é fundamental para a continuidade da amamentação, porém o desconhecimento de como ajudar a mulher nesse processo é uma barreira que promove sua ausência. Portanto, esses homens devem ser incluídos ao pré-natal para que possam ser ensinados a como cuidar da criança e serem incentivadores do aleitamento materno.
Título: Fatores que influenciam a amamentação exclusiva no Brasil
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Andréa Silva de Oliveira
Resumo: O aleitamento ao seio materno proporciona múltiplos benefícios a curto e em longo prazo para as crianças, as mulheres, a família e a sociedade como a promoção da saúde, a prevenção de doenças, as vantagens econômicas e ambientais. O conhecimento das situações que levam ao desmame precoce pode auxiliar na formulação de estratégias para ampliar ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento. O presente estudo teve por objetivo identificar os principais fatores envolvidos na interrupção da amamentação exclusiva no país. Trata-se de um estudo de revisão integrativa. O levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados do SCIELO e publicações de organizações internacionais e nacionais de saúde. A partir dos dados coletados, observou-se que o desmame precoce constitui um evento multicausal. Diversos fatores têm sido identificados como prejudiciais à manutenção da prática do aleitamento exclusivo no país. Entre eles estão, o uso de chupetas, a oferta de outros líquidos, a falta de orientação para o aleitamento materno durante as consultas de pré-natal, falta de orientação por profissionais de saúde para o aleitamento na maternidade, não amamentar na primeira hora de vida , ausência de acompanhamento profissional do binômio no puerpério, ausência ou insuficiência na produção láctea, falta de experiência prévia com amamentação, alta hospitalar em aleitamento não exclusivo, doenças maternas no pós parto, baixa escolaridade materna e uso de bebida alcoólica. Pode-se considerar que a maior parte dos problemas que interferem na amamentação pode ser evitada ou resolvida com a assistência adequada e o acolhimento à mulher. Por isso, para garantir o direito de aleitar é importante que ela esteja envolvida numa rede de apoio, incluindo seus familiares e os profissionais de saúde. A amamentação é de responsabilidade da sociedade, da família e não somente da mãe, sendo ideal que a rede de apoio seja estruturada ainda durante o período da gestação, e fortalecida após o parto.
Título: Fatores relacionados ao (in)sucesso na amamentação: uma revisão sistemática
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Gilvânia Patrícia do Nascimento Paixão, Monalisa Batatinha de Castro Silva, Chalana Duarte de Sena Fraga, Kellen Karoline Almeida dos Santos, Monica Cecília Pimentel de Melo, Aloysia Graça Costa Unfried
Resumo: O aleitamento humano vem sendo fortalecido ao longo dos anos através da promoção e do apoio por meio de políticas que buscam incentivar a sua prática e manutenção até o sexto mês de vida. O processo de aleitar não é meramente instintivo, sendo vigorosamente influenciado por inúmeros fatores. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi analisar, de acordo com a literatura, quais fatores estão associados ao sucesso/insucesso na amamentação. Métodos: Inicialmente o projeto foi cadastrado na base de registro de protocolos de revisões sistemáticas (International prospective register of systematic reviews – PROSPERO), sob o número CRD42021239133. Para coleta de dados, as bases usadas foram Bireme, Cinahl, Embase e Pubmed. Os critérios de elegibilidade foram: estudos de ensaio clínico randomizado, que avaliaram fatores relacionados ao sucesso da amamentação. A busca inicial identificou 92 artigos nas citadas bases de dados, e após retirada de duplicatas, análise de títulos e critérios de inclusão/exclusão pelos pares, obteve-se nove estudos, todos em inglês. Foram feitas tabelas de Risco de viés a partir do Software Review Manager. Resultados: as principais características associadas ao insucesso na amamentação são: não confiança no leite humano, percepção de produção insuficiente de leite e/ou ralo. Em relação ao apoio do conjugue foi evidenciado que este influencia diretamente na duração da amamentação exclusiva, assim como o apoio da avó. Sobre o apoio profissional observou-se que o encorajamento durante o pré-natal e a educação após o parto ofertado pelos profissionais teve impacto significativo sobre a amamentação. Em relação ao bem-estar materno, a depressão perinatal pode estar associada à interrupção precoce da amamentação exclusiva. Conclusão: Ao fim, a revisão trouxe elementos importantes para a análise do sucesso na amamentação, revelando resultados que podem contribuir positivamente no aumento dos índices de aleitamento no país, uma vez que identificam os fatores relacionados ao sucesso na adesão, bem como prevenir ou reduzir, aqueles que influenciam ao desmame precoce em mulheres no ciclo-gravídico puerperal.
Título: Grupo de gestantes: relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Laeny Catarina Dias Freitas, Cecília Silva Santos, Sabrina Mara de Morais, Renata Garcia, João Marcos Alves Melo
Resumo: O aleitamento materno é essencial para o desenvolvimento do recém-nascido, além disso, promove interação entre o binômio mãe-filho no qual repercutem positivamente no estado nutricional da criança, sistema imunológico e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Ressalta-se que os profissionais e os serviços de saúde são fundamentais para a promoção do aleitamento materno, que deve ser estimulado desde as consultas pré concepcionais, seja individualmente ou em grupo com participação da rede de apoio, no qual permite a troca de experiências, retirada de dúvidas e diálogos acerca dos planos da gestante com relação a alimentação da criança, experiências prévias, mitos e a importância do aleitamento materno. Assim, diante dos fatos supracitados, este estudo teve a finalidade de relatar experiência de desenvolvimento de um grupo de gestantes com enfoque no aleitamento materno no município de Carmo do Cajuru(MG). Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência que busca demonstrar a importância do grupo de gestantes da Unidade Básica de Saúde Nossa Senhora do Carmo localizado no município de Carmo do Cajuru – MG. O grupo foi desenvolvido por três enfermeiras que trabalham na UBS, com intuito de promover informações importantes sobre a gestação, parto e puerpério, bem como proporcionar troca de experiências e criação de vínculo entre as mesmas, assegurando melhor assistência à saúde da gestante e criança. Em um primeiro momento foi definido o cronograma do grupo com os temas mais relevantes para abordagem, e teve o principal enfoque no aleitamento materno. Os grupos aconteceram mensalmente na UBS às 09:00hs e contou com a participação das gestantes, companheiro e familiares que são a rede de apoio durante toda gestação, parto e puerpério. Participaram do grupo aproximadamente 15 gestantes, durante os três meses de seu desenvolvimento. O grupo era iniciado com a apresentação dos participantes, exposição da temática de forma teórica, em seguida demonstração prática, discussão das experiências e retirada de dúvidas. A realização do grupo possibilitou a integração entre gestantes e profissionais. Essas atividades contribuíram para promover a saúde da população, permitindo uma assistência integral relevante para levar informações importantes sobre o aleitamento materno.
Título: Hora de ouro: conhecimento materno em uma maternidade referência no sudeste do Pará
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Alanna Da Silva Lobão, Nayane Beatriz Brito Sales, Michele Pereira da Trindade Vieira
Resumo: A hora de ouro é caracterizada pelos primeiros 60 minutos de vida do bebê após o nascimento, representa o período no qual são realizadas intervenções para minimizar as complicações neonatais. Dentre elas a amamentação, prática essa imprescindíveis para o estabelecimento do vínculo mãe e bebê. OBJETIVO: Estimar o conhecimento das gestantes sobre a hora de ouro em uma maternidade no sudeste do Pará. MÉTODOS: Pesquisa quantitativa, analítica e transversal. O levantamento de dados foi realizado com gestantes no Hospital Materno Infantil de Marabá-Pará (HMM). A coleta foi realizada por meio de um questionário autoral, resumindo-se em 20 questões, sendo 10 de cunho social e 10 de investigativos gestacionais. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo CEP da Universidade Estadual do Pará (UEPA). Os critérios de inclusão foram: Gestantes que aceitaram participar do estudo, assinaram o TCLE e tinham idade igual ou superior a 18 anos. Os de exclusão: contraindicação de aleitamento materno e mulheres em trabalho de parto ativo. RESULTADOS: A amostra foi composta por 212 gestantes, atendidas no HMM, no período de março a maio de 2021. Segundo os resultados, a maioria eram pardas (84.4%), com idade 18 a 25 anos (49.1%), se autodeclaravam pardas (91,2%), casadas ou em união estável (65.1%), com renda média de 1 salário-mínimo (40.1%), ensino médio incompleto (32.1%), e (80.2%) residiam em Marabá. Quanto às informações gestacionais, (75.9%) eram multíparas, dessas (49%) não conseguiram amamentar anteriormente e, (75.9%) não haviam planejado a gestação atual. Sobre a realização do pré-natal, (97.2%) afirmaram ter efetivado. Com relação ao recebimento de informações da amamentação durante a gestação (59.9%) não receberam. Já sobre o conhecimento da amamentação na primeira hora de vida, (78.3%) afirmam nunca terem ouvido falar e desconheciam a importância dessa prática. Ademais, (62.3%) desconheciam o momento ideal de iniciar a amamentação. Vale ressaltar que (87.3%), não participaram de roda de conversas, palestras e consultorias sobre amamentação, durante o pré-natal. CONCLUSÃO: A pesquisa veio contribuir para ampliar a discussão entre profissionais de saúde sobre a importância da prática e implementação da amamentação na primeira hora de vida.
Título: Implantação de um Posto de Coleta de Leite Humano: um Relato de Experiência
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Alexandra Bittencourt Madureira, Isabella Schroeder Abreu, Juliana Rodrigues Hamm, Leticia Gramazio Soares, Maria Lucia Raimondo, Paula Chuproski, Renata Oppitz Cirne Vargas
Resumo: Instalar um posto de coleta de leite humano e realizar ações de promoção ao aleitamento materno. Procedimentos: O Projeto de Extensão NUMAME – Núcleo de Estudos, Promoção e Proteção do Aleitamento Materno, da Unidade Escola de Enfermagem- Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro, tem como parceiro o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital São Vicente de Paulo no município de Guarapuava-PR e inicialmente teve suas atividades voltadas à estruturação da sala destinada ao posto de coleta, para a qual foram adquiridos equipamentos como: geladeira com freezer, poltrona e almofada para amamentação, mesa, cadeira, pia para lavagem das mãos e materiais didáticos utilizados para orientações às lactantes e também à equipe de saúde e discentes integrantes do projeto. Foi elaborado pela equipe executora o Protocolo de Normas e Rotinas do NUMAME, além do treinamento da equipe, através de aulas teóricas sobre as temáticas: Funcionamento de um Banco de Leite Humano: suas normas e rotinas; Fisiologia e Manejo Clínico da Amamentação. Foi desenvolvido uma Ficha de Cadastro das Doadoras, Elaboração de folder educativo sobre Doação de Leite Humano e reuniões periódicas com a equipe para planejamento das atividades a serem executadas. Fazem parte do projeto docentes dos cursos de graduação em Enfermagem e Nutrição e treze acadêmicos. Resultados e Conclusões: Até o presente momento foram realizadas campanhas como as do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, arrecadação de 150 vidros para o BLH, orientações a gestantes e puérperas em Unidades de Saúde e hospitais do município, Evento de extensão relacionado ao Agosto Dourado e cadastro de 4 doadoras. Vale ressaltar que todas as ações desenvolvidas pelo referido projeto, seguiram os protocolos de atendimento padronizados pela Resolução – RDC no 171, de 4 de setembro de 2006 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o funcionamento de Bancos de Leite Humano; Guia para Implantação de Salas de apoio à amamentação – Ministério da Saúde e as orientações prestadas pelos profissionais do BLH do Hospital São Vicente de Paulo de Guarapuava-PR.
Título: Implementação da estratégia amamenta e alimenta Brasil e registro de indicadores do aleitamento materno: relato de experiência
ISBN:
Autores: Josivânia Santos Tavares, Nicolle Galiza Simões de Andrade
Resumo: O aleitamento materno é uma estratégia natural de nutrição, afeto e proteção, sendo eficaz para diminuir a morbimortalidade infantil, e a Atenção Primária à Saúde deve se utilizar de ferramentas que possam incentivar o controle da promoção do aleitamento materno na população assistida. Objetivo: Relatar as ações, estratégias e experiências na prática de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, e o registro dos indicadores em uma Unidade de Saúde da Família Procedimentos: Trata-se de um relato de experiência sobre a operacionalização de um plano de ação elaborado pela equipe da Estratégia Saúde da Família Sítio São Braz, certificada na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, localizada no município de Recife/PE, a qual utiliza de fluxograma de atendimento aos problemas de aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Em resposta à necessidade de registrar os indicadores de saúde dessa prática, a equipe buscou utilizar o sistema do ESUS como ferramenta de registro. Resultados: Foi possível observar que o plano de ação executado pela equipe possibilita abordagem às famílias em relação às práticas de aleitamento materno e alimentação complementar saudável, desde o pré-natal ao nascimento, incluindo ações junto à comunidade que irá compor a rede social de apoio destas famílias, além de capacitações profissionais constantes. O fluxograma construído possibilita uma adequada condução das famílias que também atua desde o pré-natal ao nascimento, apoiando as famílias independente de estarem enfrentando problemas com as práticas alimentares. Em relação ao registro dos indicadores foi observado a presença constante desta unidade de saúde na base de dados de registro do município, mantendo alimentada fontes de indicadores sobre o aleitamento materno e alimentação saudável no território. Conclusão: A implementação da estratégia na referida unidade de saúde, bem como adoção das medidas relatadas para apoiar, promover e proteger o aleitamento materno e alimentação saudável, garantiram dados importantes à gestão do município que ratificam os benefícios da implementação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil.
Título: Implementação do curso híbrido da Iniciativa hospital amigo da criança em uma maternidade amiga da criança no Maranhão
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Mayra de Oliveira Barroso Brasil, Leudimar Carvalho Soares Filho, Nelma Pereira da Silva, Ana Lucia Carvalho Chaves
Resumo: Relatar a experiência da implementação de um curso híbrido de capacitação de profissionais clínicos e não clínicos de uma maternidade sobre manejo em amamentação e cuidado amigo da mulher. Procedimentos: A Secretária de Estado da Saúde do Maranhão, criou em 2021 um curso de 44 horas, sobre manejo em amamentação e cuidado amigo mulher. O curso conta com 40 hrs online e 4 horas de prática clínica, sendo um dos requisitos para as maternidades pleitearem e/ou manterem o selo de hospital amigo da criança. Inicialmente os profissionais preencheram um formulário com seus dados, em seguida receberam login e senha de acesso ao curso. Após a conclusão das 40 horas online, preceptores formados pelo Secretária Estadual de Saúde, realizaram as 4 horas de aula prática. Ao final cada profissional recebeu sua certificação. Resultados: Em 6 meses, 946 profissionais clínicos e não clínicos desta maternidade realizaram a capacitação sobre manejo em amamentação e cuidado amigo da mulher. Percebeu-se a satisfação dos profissionais na realização do curso, pela sua praticidade e fácil acesso, houve uma melhora significativa no conhecimento dos profissionais sobre amamentação e cuidado amigo da mulher. Conclusão: Os cursos de capacitação na modalidade híbrida, são de fundamental importância para disseminação das boas práticas de parto, nascimento e amamentação. Este relato traz direcionamentos para uma prática que facilite o acesso as informações de forma prática e rápida, melhorando a humanização da assistência prestada ao binômio mãe-bebê.
Título: Influências do banco de leite humano na manutenção do aleitamento humano de recém-nascidos prematuros, sob perspectiva materna
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Karla Samara da Silva Santos, Kaliana Gomes Medeiros, Maria Cristina Santos Santana, Josenilde Damascena de Oliveira, Franceny Rocha Sales Diniz, Gilvânia Patrícia do Nascimento Paixão
Resumo: Há unanimidade nas evidências científicas, nacionais e internacionais, acerca dos inúmeros benefícios do Leite Humano ao RN, principalmente àqueles em condições de prematuridade e baixo peso ao nascer (MUNOS, 2021). A partir disto, essa pesquisa teve o objetivo de: identificar as influências do Banco de Leite Humano (BLH) para a manutenção do aleitamento humano de recém-nascidos pré-termos (RNPTs), sob perspectiva materna. Métodos: estudo qualitativo-descritivo, fundamentado na análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa foi desenvolvida em uma maternidade pública de um município de Pernambuco, credenciada como Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), o qual possui BLH próprio e é maternidade de referência para a Rede Interestadual de Saúde do Vale do Médio São Francisco Pernambuco-Bahia. Contou com a participação de nove mães de RNPT internados e que utilizaram os serviços do BLH, as quais concordaram em assinar o TCLE. A pesquisa foi aprovada sob o Parecer n. 033283/2021. Resultados: das participantes, quatro eram primíparas e cinco tiveram duas ou mais gestações, no pós-parto, todas compareceram ao BLH mais de três vezes ao dia e referiram que foram orientadas sobre ordenha mamária e tiveram suas dúvidas esclarecidas. Quando organizadas as falas, emergiram três categorias: 1) orientações sobre o leite humano e manejo da lactação; 2) leite pasteurizado de doadoras; 3) apoio social. A partir das categorias foi possível perceber que o início da amamentação foi um processo difícil e doloroso para essas mulheres, onde as mesmas sentiam-se cansadas e desmotivadas. No entanto, também verbalizaram prazer em realizar a ordenha do leite, pois, se sentiam importantes no processo de recuperação da criança. A equipe do BLH foi essencial, fornecendo apoio às mães e minimizando o sofrimento inerente à condição de ter um filho prematuro hospitalizado, trazendo-as segurança em realizar os procedimentos e proporcionando momentos para retirarem dúvidas e compartilhar angústias. Além disso, as participantes verbalizaram sobre a importância em relação a doação e processamento do leite doado. Conclusões: O aleitamento humano de RNPT é um grande desafio para lactantes e profissionais envolvidos. O BLH tem um papel importantíssimo no sentido de orientar e conduzir tecnicamente as mulheres para a amamentação.
Título: Influência do grau de prematuridade e do peso ao nascimento na alimentação do recém-nascido durante a internação hospitalar
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Juliana Cordeiro de Oliveira, Bárbara Helem da Fonseca Patrocínio Werneck, Sallete Cristina Silva, Cláudia Gonçalves de Oliveira, Andréa Rodrigues Motta, Amélia Augusta de Lima Friche, Renata Maria Moreira Moraes Furlan
Resumo: Dificuldades alimentares na infância são comuns, sendo uma das queixas mais recorrentes em consultórios. Pesquisas têm demonstrado que crianças prematuras são mais propensas a apresentar problemas de alimentação nos estágios iniciais de vida e durante a infância, quando comparadas com crianças nascidas a termo. OBJETIVO: Descrever o tipo de dieta à alta hospitalar e a ocorrência de recusa alimentar em prematuros. MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo longitudinal com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (pareceres 3.589.241 e 4.222.766), realizado por meio da análise de dados de 45 prematuros nascidos em um hospital público em Betim. Os responsáveis pelas crianças foram contactados, via ligação telefônica, dois anos após a alta para realização de uma entrevista acerca das condições clínicas e alimentares das crianças. Foram incluídas no estudo crianças prematuras que nasceram na maternidade do hospital, que permaneceram em Unidade de Tratamento Intensiva Neonatal por no mínimo 48 horas e que foi possível realizar o contato com os responsáveis após à alta. Para análise dos dados, utilizou-se como variável independente o tipo de dieta à alta (fórmula, leite materno, leite materno e fórmula), informação coletada a partir da consulta aos prontuários das crianças. Como variável dependente adotou-se a ocorrência de recusa alimentar, conforme relatado pelos pais durante a entrevista. RESULTADO: Quanto ao tipo de dieta à alta, 11% dos prematuros estavam em uso de fórmula, 40% leite materno exclusivo e 46% leite materno associado à fórmula. Cinquenta e oito por cento das crianças tinham recusa alimentar, sendo que destas crianças 15% estavam em uso de fórmula no momento da alta, 31% leite materno exclusivo e 54% leite materno e fórmula. Os alimentos mais recusados, segundo a família, foram vegetais (46%), frutas (31%), frutas e vegetais (19%) e outros alimentos (3%). CONCLUSÃO: Observou-se que metade das crianças que participaram do estudo apresentaram recusa alimentar, sendo esta mais frequente nas crianças que receberam leite materno associado à fórmula no momento da alta. A menor porcentagem de crianças que usaram fórmula e tiveram recusa alimentar pode ser atribuída ao tamanho reduzido da amostra.
Título: Mamanalgesia – Crenças, Conhecimento e ações das Técnicas de Enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde sobre a amamentação como manejo de dor durante as vacinas
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Isadora Trinquinato Rosa, Lisabelle Mariano Rossato, Danila Maria Batista Guedes, Flavia Domingues, Vanessa Dias Fogaça, Lucía Silva
Resumo: A dor proveniente de agulhadas e procedimentos invasivos em recém-nascidos (RN) e lactentes, quando não aliviada, provoca consequências irreversíveis, neurológicas e psicologicamente a curto e longo prazo. Intervenções não-farmacológicas e gratuitas para o alívio da dor, como a amamentação, pode ser utilizada durante o procedimento da vacina para o manejo evitável da dor, além de ser considerado o melhor método para alívio da dor, conhecido popularmente como MAMANALGESIA. No entanto, a literatura e a prática mostram, que os profissionais apresentam dificuldades para facilitar a amamentação durante o momento da vacina. Diante dessa realidade, nos indagamos: por que o profissional, mesmo informado, não utiliza a amamentação durante a vacina como método de alívio da dor?
Objetivo: Compreender as crenças, o conhecimento e as ações das técnicas de enfermagem (TE) no manejo não-farmacológico da dor através da amamentação.
Métodos: Estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa realizado por entrevistas semiestruturadas com nove TE de três Unidades Básicas de Saúde (UBS) de uma cidade do estado de São Paulo. A abordagem teórica do Modelo de Crenças (IBM) e o referencial metodológico da Análise Temática embasaram este estudo. Resultados: Originaram-se três temas: 1. Crenças; 2. Conhecimento e 3. Ações das técnicas de enfermagem. O tema 1 identificou as crenças em relação à dor do RN e lactente e crenças pessoais das TE sobre os aspectos que acreditam influenciar na mamanalgesia.
No tema 2, demonstraram quais métodos gerais de alívio da dor conhecem e no tema 3, quais as ações que adotam ou deixam de adotar em relação à dor do lactente durante a vacina e o que consideram ser ações que promovem o alívio da dor. Considerações finais: Apesar de ter conhecimento sobre os benefícios da amamentação como o método mais eficaz para o alívio da dor em recém-nascidos e lactentes durante a vacinação, as crenças restritivas das TE se sobrepuseram à evidência, levando-as a desencorajar ou impedir as mães de amamentar seus bebês durante o momento da vacina, de forma que RN e lactentes ainda continuam sentindo dor devido às práticas iatrogênicas durante a vacina.
Título: Manejo de amamentação: aplicação do protocolo 36 da Academy of Breastfeeding Medicine (ABM)
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Michele Pereira da Trindade Vieira, Mayara Melo Galvão, Sheila do Socorro Feio Bastos, Gabriela Pereira da Trindade
Resumo: Relatar uma experiência de atendimento de consultoria em amamentação no município de Marabá-Pa. PROCEDIMENTOS: Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência vivenciado por uma consultora em amamentação. A coleta foi realizada durante atendimento de amamentação na cidade de Marabá/Pará, em agosto de 2022, a partir de anamnese e exame físico. O estudo foi desenvolvido através dos dados coletados no atendimento, além de pesquisa na literatura. RESULTADOS: No dia 15 de agosto de 2022, foi solicitado um atendimento domiciliar para consultoria em amamentação. Durante o acolhimento, foi possível avaliar a puérpera que relatava dor mamária intensa em mama esquerda sem estar amamentando, edema e endurecimento da mama. Foi coletado informações acerca da identificação e queixa da paciente, histórico do parto e amamentação, juntamente com o início dos sintomas e fatores de melhora ou piora do quadro, para que ficasse claro o motivo do acompanhamento. Após realizar a anamnese e exame físico, foi identificado hiperemia mamária no quadrante inferior esquerdo, com presença de edema, calor e dor, sendo diagnóstico sugestivo de mastite inflamatória, afastando algumas comorbidades consideradas diferenciais. Sendo assim, foram propostos os ajustes na amamentação e manutenção da livre demanda, além disso aconselhou-se tratar a mama como uma glândula e assim evitar as massagens em excesso, suspenso o uso de bombas extratoras, sugerido o uso de compressas em gelo com os cuidados adequados, uso do sutiã como suporte e por fim, foi aplicada a bandagem elástica em corte web no local. Após 48h do início do tratamento sugerido, os sinais clínicos evoluíram com melhora e a puérpera relatou conforto ao amamentar. CONCLUSÃO: A experiência foi importante para que a consultora em amamentação aplicasse, na prática, conceitos teóricos estudados no protocolo 36 da ABM juntamente com os conhecimentos adquiridos no o curso aprofundamento em amamentação, e propiciou assim a construção de um melhor entendimento acerca da abordagem para com a paciente em um contexto de aplicação prática, possibilitando assim conforto e melhora na amamentação.
Título: Mitos e crenças sobre a amamentação no contexto da estratégia saúde da família: uma revisão integrativa da literatura
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Michele Pereira da Trindade Vieira, Mayara Melo Galvao, Gabriela Pereira da Trindade, Saraí de Brito Cardoso
Resumo: A amamentação é um fenômeno complexo, não sendo considerado apenas um ato instintivo, mas significa uma prática influenciada pelo contexto histórico, social e cultural (crenças e mitos) em que a mulher vive. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) possui total autonomia de esclarecer os benefícios do aleitamento materno. Objetivo: Compilar informações sobre os mitos e crenças da amamentação no contexto da ESF conforme as publicações cientificas no período de 2016 a 2020. Método: Revisão Integrativa da Literatura, onde a busca de dados ocorreu em junho e julho de 2021 nas bases de dados: LILACS e SCIELO. Utilizou-se o operador booleano AND e os critérios de inclusão foram publicações disponíveis na íntegra, em forma de artigo, de natureza humana, nos idiomas português, inglês e espanhol, nos anos 2016 a 2021. Foram excluídos os artigos duplicados, contos e trabalhos que fugiam do escopo do estudo. Resultados: 15 artigos foram analisados com abordagem qualitativa, de acordo com os critérios metodológicos da pesquisa. Em uma pesquisa exploratória realizada com 124 primíparas de uma ESF, foi observado que 21% confiavam em alguma crença acerca da amamentação, e que os dizeres populares, geravam questionamentos e dúvidas sobre esse processo. Já em um estudo transversal envolvendo 117 gestantes, foi analisado que o desmame ainda é comum, e uma das causas é a falta do apoio e incentivo cultural. Outro tabu é a relação do choro da criança com a baixa produção de leite. Outrossim, observou-se que chás, fórmulas e sucos, fazem parte dos alimentos que são introduzidos precocemente na dieta infantil, tais práticas advém de conselhos de amigos, vizinhos ou conhecidos. Outra crença é a alimentação da mãe, onde 89,4% acreditam que alimentos líquidos, aumentam a produção do leite. As ações de aconselhamento sobre a amamentação devem partir preferencialmente da ESF, tendo como foco principal a promoção da amamentação e prevenção de agravos decorrentes da interrupção desta prática. Conclusão: A ESF tem um papel primordial de educação em saúde para desmistificar as crenças da amamentação. É necessário maior acolhimento por parte da equipe e o fortalecimento das políticas de incentivo ao aleitamento materno.
Título: Oferta do leite humano para as crianças atendidas nas unidades de Educação Infantil da Rede Própria e Parceira do município de Belo Horizonte
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Mirna Almeida Trindade Santos, Luciana Cordeiro Duarte, Maria de Lourdes Miri Megda, Eline Martins Viana da Costa, Fernanda Cristina, Ana Carolina Barcellos Guimarães e Faria, Bruna Vieira de Lima Costa, Simone Cardoso Lisboa Pereira
Resumo: A unidade escolar de Educação Infantil apresenta-se como cenário fundamental e favorável para a promoção da amamentação. Assim, diante dos benefícios do aleitamento materno e da crescente demanda de mães que procuraram esses espaços da rede própria e parceira do município com o desejo de enviar o leite materno para ser ofertado ao seu filho durante o período de permanência na unidade, em 2017 iniciou-se a construção de um fluxo de atendimento viável. Esse fluxo proposto pela Secretaria Municipal de Saúde, construído de forma intersetorial com a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional e Secretaria Municipal de Educação, com análise e validação da equipe técnica do Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares, teve como objetivo orientar as ações dos profissionais da Educação Infantil e das famílias na implementação deste processo. Foram elaborados Procedimentos Operacionais Padrão relativos a cada etapa do fluxo, com base em regulamentos técnicos vigentes e recomendações técnico científicas: 1-Transporte de leite humano cru congelado do domicílio da criança à unidade escolar; 2-Recepção e armazenamento do leite humano cru congelado; 3-Degelo de leite humano cru; 4-porcionamento e oferta do leite humano cru à criança; 5-Limpeza e desinfecção dos utensílios destinados ao porcionamento e oferta de leite humano cru na unidade escolar. Atualmente (2022), a família interessada procura a unidade escolar. O supervisor de alimentação responsável pela unidade, agenda reuniões com a família, com a gestão da unidade escolar e com os manipuladores de alimentos para orientação e entrega dos documentos. A família formaliza, junto à unidade escolar, a demanda do envio de leite materno, por meio de formulário próprio. Busca-se com este atendimento um maior tempo de amamentação das crianças atendidas. Para os próximos anos, se faz necessária a divulgação do serviço para todas as famílias com crianças que irão ingressar nas unidades escolares de Educação Infantil, bem como levantar os desafios na implementação deste fluxo.
Título: Os benefícios da colostroterapia para o recém-nascido prematuro
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Denise da Silva Carvalho, Livia Mota, Marcelo Barros de Valmore Fernandes
Resumo: A prematuridade é um dos assuntos de extrema importância em todo o mundo, pois se trata de uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal. Mediante a este cenário, a colostroterapia vem sendo defendida como uma das estratégias que possibilitam um melhor cuidado aos recém-nascidos prematuros (RNPT). Essa prática não tem fins nutricionais, pois sua verdadeira finalidade é oferecer suprimentos imunológicos que, a partir do contato com a mucosa oral, tende a fornecer os estímulos ao desenvolvimento e à maturação do sistema imunológico do recém-nascido (RN) de forma ativa e à imunidade passiva. Objetivo: analisar os benefícios da colostroterapia, discutir à luz da literatura o tratamento para os recém-nascidos prematuros e identificar as implicações dos achados acerca da colostroterapia para a assistência neonatal. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a partir das bases de dados Pubmed, SCIELO, Lilacs e Google acadêmico, por meio dos descritores: colostro, colostroterapia, recém-nascido prematuro, sistema imunológico; nos idiomas português e inglês. Foram selecionados 10 artigos entre os anos de 2018 e 2022. Resultado: o estudo evidenciou efeitos positivos quanto ao uso da colostroterapia nos RNPT. A terapia tem se mostrado bem tolerada, pois os beneficiados não apresentam alterações nos sinais vitais durante o procedimento. Foi observado aumento dos níveis de fatores imunológicos, efeito na redução de doenças específicas da prematuridade, como enterocolite, retinopatia da prematuridade, pneumonia associada à ventilação mecânica, menor tempo para atingir dieta enteral plena e aumento nas taxas de aleitamento materno pós alta. Conclusão: o enfermeiro desempenha papel fundamental no avanço da ciência e na prática assistencial, assim, são necessárias mais evidências sobre o impacto da colostroterapia para os prematuros. Sendo assim, este estudo destaca que a terapia pode ser considerada um tratamento eficaz, seguro e promissor.
Descritores: colostro, recém-nascido prematuro, sistema imunológico.
Título: Paternidade ativa, paternagem e mamaço no shopping: um relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Katia Colavolpe Barbosa, Raphael Silva Nogueira Costa, Nina Claudia Menezes da Conceição, Anna Carolina Colavolpe Barbosa Morais, Gabriela Menezes da Conceição Dantas
Resumo: Relatar e promover reflexões sobre uma ação, desenvolvida em um Shopping Center de Salvador – Ba, que teve como finalidade a promoção, apoio e incentivo a Paternidade Ativa e Paternagem durante todo o processo de Gestar, Parir, “Puerperar”, Amamentar, Criar e Amar, fomentando nos Parceiros (as) o interesse e participação especialmente com relação ao Aleitamento Materno. Procedimentos: Foram feitas reuniões com a Administração de um Shopping de Salvador Bahia, onde foi discutida a proposta de uma ação no mês do Dia dos Pais (Agosto de 2022) com foco na amamentação, o espaço foi organizado pelo próprio Shopping, sendo criado um ambiente aconchegante com tapete, plantas decorativas, poltronas, almofadas e cadeiras dispostas em formato de Roda de conversa, telão, equipamento de som e um totem de divulgação da Ação. Participaram Mães, Pais, famílias, redes de apoio, profissionais e estudantes de saúde, Ativistas da Amamentação, através de um espaço de escuta ativa e partilhas conhecimento e experiências. Além da Roda de conversa, foram utilizados recursos lúdicos como dinâmicas, música, exposição fotográfica de casais amamentando, demonstração e vivência do uso de sling e dança. Foram mantidas as orientações e normas de segurança como distanciamento, uso de máscaras e álcool gel. Resultados: Vivenciamos uma excelente experiência, a ação promoveu um espaço de construção de saberes com efetiva participação coletiva, onde foi incentivado uma grande e relevante Rede de Cuidado, reforçando e fortalecendo a importância da Amamentação. Utilizar o Espaço de um Shopping Center no sentido de chamar atenção da sociedade para essa causa e favorecer um espaço de escuta ativa e partilhas entre todos os participantes, chamou atenção para o entendimento de que esse tema é de responsabilidade de todos. Conclusão: A ação proporcionou um momento de extrema importância em um espaço coletivo e de grande visibilidade, onde a mensagem em defesa da amamentação e da participação ativa dos pais foi ecoado não somente para as pessoas que participaram efetivamente da ação, mas também para todos que passavam pelo espaço, além de lojistas e funcionários. Reverberando nos presentes um entusiasmo para multiplicar os saberes que poderão ser partilhados em suas comunidades.
Título: Promoção da amamentação na educação escolar: uso de jogo interativo
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Anne Fayma Lopes Chaves, Bruno de Melo do Nascimento, Daniela Raulino Cavalcante, Mariana Gonçalves de Oliveira, Ana Carolina Maria Araújo Chagas Costa Lima, Sabrina Alapenha Ferro Chaves Costa
Resumo: A escola forma opiniões, fornece conhecimentos e pode auxiliar vários temas, como, a amamentação. Objetivo: Avaliar o efeito de uma intervenção educativa com jogo interativo na melhoria do conhecimento dos escolares sobre amamentação. Metodologia: Trata-se de um estudo quase experimental de intervenção com grupo de controle não equivalente anterior-posterior realizado no período de dezembro de 2021 a julho de 2022 nas escolas municipais de Acarape, Ceará. A população foi composta por alunos do município. Foram incluídos os alunos matriculados nas escolas que cursavam o 4º e 5º ano do ensino fundamental. Foram excluídos os alunos que faltaram no dia da atividade. De início foi aplicado um pré-teste para avaliar o conhecimento dos alunos sobre a amamentação. Em seguida, houve a intervenção educativa através de jogo com 10 cartas perguntas, que foram respondidas com mímicas, caça-palavras e placas de V ou F, e que abordavam as temáticas: tipos de aleitamento materno, mitos sobre amamentação, benefícios do aleitamento materno, técnica de amamentação, rede de apoio e aconselhamento. A posteriori, foi aplicado um pós-teste para avaliar o conhecimento dos alunos após a atividade. Foi aprovado pelo comitê de Ética sob parecer nº 5.249.579 Resultados: A amostra foi constituída por 67 alunos com idade entre 09 e 11 em média 10 anos. A maioria dos escolares eram do sexo feminino (52,24%), parda (55,22%) e não havia recebido informações sobre amamentação (67,16%). Evidenciou-se que a intervenção educativa foi eficaz no aumento do conhecimento sobre amamentação nos escolares (p<0,001), exceto no quesito de benefícios para a mãe e rede de apoio (p>0,297; p> 0,819). Foi visto maior aumento de conhecimento em relação a temática sobre o rodízio das mamas, (52,24%) e aconselhamento para a família (49,25%). Conclusão: Conclui-se que a ação educativa foi eficaz no aumento do conhecimento das crianças e reforça-se a necessidade de investir em atividades que ampliem a propagação desse saber.
Título: Promoção do aleitamento materno nas creches: capacitação professores da Rede Municipal de Educação de Itajaí/SC
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Camila Santos do Couto, Ana Paula Quirino Lucena dos Santos, Gleisi Santos Wiggers, Nisleide Apparicio, Jane Cristina Anders
Resumo: A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses de vida da criança. Nesse sentido, é fundamental que as creches se constituam em ambientes promotores da amamentação. Objetivou-se relatar a experiência de uma capacitação voltada aos professores da rede municipal de educação de Itajaí/SC sobre a promoção do aleitamento materno nas creches. Esta capacitação foi planejada pela Supervisão da Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí/SC em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), visando instrumentalizar os professores da rede municipal de educação de Itajaí/SC acerca da Nota Técnica Nº3049124/2022/COSAN/CGPAE/DIRAE que versa sobre o Aleitamento Materno no contexto do Programa Nacional de Alimentação Escolar para crianças de creches, publicada em 2022. A capacitação ocorreu em encontro único realizado em agosto de 2022, com carga horária de 4 horas, por meio de exposição dialogada. O público-alvo foram os professores de turmas de berçário da SME de Itajaí. Participaram da capacitação 83 profissionais, dentre professores, auxiliares de classe e supervisores escolares. O conteúdo programático contemplou os tópicos abordados na nota técnica, foram eles: benefícios do aleitamento materno e importância da creche para promoção do aleitamento materno; extração, armazenamento e transporte do leite materno; e boas práticas para recepção, armazenamento, manipulação e oferta do leite materno nas creches. Os participantes elencaram dentre os fatores que dificultam a promoção do aleitamento materno nas creches o desconhecimento para manejo e oferta do leite materno, a logística para armazenamento do leite materno, dificuldades estruturais nas creches e desconhecimento/desinteresse das mães. Os professores pontuaram ainda a importância de outras ações voltadas à promoção da amamentação visando que as creches se configurem ambientes promotores da amamentação. Por meio da capacitação foi possível sensibilizar os professores acerca da importância do aleitamento materno e da atuação destes profissionais para a promoção do aleitamento materno nas creches, de forma que alcançou os objetivos propostos.
Título: Promoção do aleitamento materno no cenário pré-natal: aplicação do protocolo 19 da Academy of Breastfeeding Medicine (ABM)
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Mayara Melo Galvão, Lara Orlandini Alonso Viola, Michele Pereira da Trindade Vieira, Maiana Darwich Mendes Guerreiro, Ilma Pastana Ferreira
Resumo: Relatar experiência de atendimento de consultoria em amamentação ainda no período gestacional no município de Belém-Pa. PROCEDIMENTOS: Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência vivenciado por uma enfermeira e consultora em amamentação, na cidade de Belém no estado do Pará. O estudo foi desenvolvido entre agosto e setembro de 2022, a partir do acompanhamento gestacional e pós-parto de uma gestante/puérpera, anamnese, exame físico, além de pesquisa na literatura. RELATO DA EXPERIÊNCIA: No dia 06 de agosto de 2022, foi iniciado atendimento e acompanhamento domiciliar de amamentação ainda na gestação para preparação do Aleitamento Materno. Durante anamnese foi relatado pela gestante cirurgia de Mastopexia há mais ou menos 20 anos. Ao realizar o exame físico foi observado cicatriz hipertrófica em T, reposicionamento da aréola e falta de elasticidade da mesma. À expressão não houve saída de colostro em ambas as mamas, sendo assim sugerido realização de Ordenha Gestacional segundo protocolo 19 da ABM. Após liberação médica, no dia 13 de agosto de 2022, com 36 semanas de gestação foi orientado e iniciado protocolo de ordenha gestacional. Pelo comprometimento cirúrgico não foi observado saída colostro durante os estímulos. Entretanto, no dia 29 de agosto de 2022 após o parto, foi observado saída de colostro ao estímulo, sendo possível alimentar o recém-nascido (RN) nas primeiras 48 horas exclusivamente. A partir de então foi dado continuidade do estímulo com bomba extratora elétrica, e iniciado complementação (sob orientação pediátrica) por relactação. No dia 04 de setembro de 2022 a puérpera conseguiu preencher o pote coleta da bomba. RN e puérpera seguem em acompanhamento e aleitamento misto até então (06 de setembro de 2022). CONCLUSÃO: A experiência foi de extrema relevância para que a enfermeira e consultora em amamentação aplicasse na prática o Protocolo 19 da ABM, juntamente com os conhecimentos adquiridos e estudos prévios. Além de ser possível observar a importância do estímulo ainda na gestação de gestantes que se enquadram na população de risco, para possibilitar a experiência do Aleitamento Materno.
Título: Simpoama, inspiramos o mundo a amar: uma ação inovadora, inspiradora e sustentável em prol da amamentação
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Katia Colavolpe Barbosa, Raphael Silva Nogueira Costa, Nina Claudia Menezes da Conceição, Anna Carolina Colavolpe Barbosa Morais, Rebeca Oliveira
Resumo: Presente trabalho trata-se de um relato de experiência sobre o SIMPOAMA, uma ação pela amamentação organizada por um grupo de profissionais de diversas categorias, sem fins lucrativos e sem conflitos de interesse. OBJETIVO: relatar e provocar reflexões sobre a experiência desenvolvida com o SIMPOAMA nas diversas dimensões, olhares e possibilidades da amamentação a partir de saberes diversos. PROCEDIMENTOS: A ação que aconteceu em um espaço para eventos na cidade de Salvador-Ba em Dezembro de 2019 reuniu mães, bebês, parceiros(as), familiares, redes de apoio, gestantes, tentantes, ativistas do aleitamento materno, profissionais de saúde e estudantes de diversas categorias. Foram realizadas rodas de conversa, oficinas, palestras, exposição fotográfica de mães e parceiros(as) amamentando seus bebês, dança com mamãe e bebê, recital, lançamento de livro, show musical, espaço de stands para mulheres e mães empreendedoras divulgarem seus produtos artesanais, além de espaços de socialização, alimentação e uma tenda para amamentação. RESULTADOS: O evento foi um movimento importante e necessário enquanto ação em prol da Amamentação na Bahia, pois atingiu o objetivo de atrelar ao conteúdo cientifico construções coletivas, mobilização através da arte nos seguimentos da música, pintura, ilustração, fotografia, dança, canto e poesia, além de espaços de escuta ativa, momentos de relaxamento com a oferta de algumas práticas integrativas, interação social, estimulo a ações sociais com a doação de alimentos para instituições que prestam serviços a comunidades carentes, captação e doação de frascos de vidro para os Bancos de Leite Humano, buscando de uma forma inovadora , leve e inspiradora fazer educação em saúde e construção de um mundo melhor e mais sustentável pata todos. CONCLUSÃO: Acreditamos que precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo e, que essa mudança será possível a partir de uma educação de inclusão e qualidade para todas as pessoas, como bem disse o grande Mestre Paulo Freire “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. SIMPOAMA é, portanto, mais que uma ação pela amamentação, é um instrumento pela educação participativa e um movimento político de construção coletiva, horizontal e compartilhada, promovendo a transformação de pessoas.
Título: Suporte pós-alta por aplicativo de mensagem como ferramenta de promoção do aleitamento materno exclusivo durante a pandemia da COVID-19
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Isabel Cristina Alves Maliska, Mabel Vieira de Souto, Márcia Guimarães Alcântara, Saionara Nunes de Oliveira
Resumo: Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo durante a pandemia de COVID-19 Objetivo: Relatar a experiência do uso do aplicativo de mensagem como ferramenta suporte pós-alta para a promoção do aleitamento materno durante a pandemia de COVID-19 Procedimentos: Trata-se de uma iniciativa da Central de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAM) de uma maternidade escola do sul do Brasil durante a pandemia de COVID-19, que teve por objetivo acompanhar e prestar um suporte em aleitamento materno no período pós-alta de puérperas atendidas nesta maternidade. O contato telefônico era solicitado durante a internação para a mulher que desejava receber esse suporte, e após dois dias da alta hospitalar era enviado mensagem de texto questionando possíveis dúvidas com a amamentação. As orientações eram repassadas por texto, áudio ou vídeo. Casos pontuais que necessitavam de avaliação mais detalhada eram atendidos no hospital. Resultados: O serviço foi oferecido de abril de 2020 a novembro de 2021. Neste período, foram atendidas 2672 mulheres, alcançando 63% das mulheres que pariram na maternidade. Das demandas por atendimento, 87% relacionavam-se a dúvidas sobre o aleitamento materno, 8,4% eram dúvidas relativas ao recém-nascido e 4,6% estavam relacionados a própria mulher no período puerperal. Das demandas relacionadas ao aleitamento materno, as mais frequentes foram ingurgitamento mamário, mamilos sensíveis, dor e fissuras mamárias, dificuldade na pega e livre demanda. O tempo de atendimento se estendeu a quinze dias pós-parto. Cerca de 90% utilizou o serviço uma única vez e 10% de duas a nove vezes. Como parte deste trabalho aplicou-se a este público um questionário de satisfação obtendo como resultado deste atendimento 74,5% como muito satisfeitas, 20,5% satisfeitas e 5% entre neutro, insatisfeita e muito insatisfeita. Conclusão: Esta modalidade de atendimento mostrou-se efetiva por permitir acompanhar a alimentação do bebê após a alta, apoiar as mães frente a possíveis intercorrências ou dúvidas que surgiam evitando que conselhos confusos ou conflitantes deixassem a mulher insegura. Esta experiência se mostrou válida, especialmente por se caracterizar pela busca ativa via aplicativo de mensagens tornando-se um recurso importante para a prática assistencial, como forma de garantir o apoio e promoção do aleitamento materno, evitando o deslocamento ao Hospital, considerando os riscos relacionados à quebra do distanciamento social, principalmente no momento de pandemia.
Título: Trauma mamilar persistente após frenectomia: relato de experiência
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Mirian Ferreira Coelho Castelo Branco, Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques, Juliana Freitas Marques
Resumo: O trauma mamilar, e a dor consequente a este, constitui um dos principais fatores de desmame precoce, sendo fundamentais a avaliação e a intervenção precoces para a permanência da amamentação. As disfunções orais, como anquiloglossia, pode ser um dos fatores causadores, sendo a frenotomia estratégia de intervenção eficaz, porém, em algumas situações, a cicatrização pode ser deficitária. O atendimento em situações de falha terapêutica da anquiloglossia constitui um desafio para o profissional da amamentação. Objetivo: Relatar a experiência da consultoria de amamentação em casos de trauma mamilar persistente após a frenotomia. Métodos: Trata-se de estudo descritivo qualitativo do tipo relato de experiência, tendo como objeto de análise a vivência de três atendimentos ocorridos em 2021. O estudo respeitou os preceitos éticos da Resolução nº 510/16 no tocante à pesquisa que objetiva o aprofundamento teórico de situações que emergem espontânea e contingencialmente na prática profissional, não revelando dados relacionados aos sujeitos. Resultados: O trauma mamilar é uma das complicações para manejo clínico da amamentação de fácil resposta em sua melhora após a retirada do fator causador, porém, em casos persistentes, o profissional da amamentação deve atentar para a análise de outros possíveis fatores, entre estes, a hipergalactia, intercorrência envolvida nos três casos em atendimento. Na condução destes, a análise do posicionamento e da postura adotada pelo lactente de mamada em mamilo permitiu a identificação deste como fator relevante para persistência do trauma mamilar, tendo se estabelecido como estratégias do plano de cuidados a mudança de posição materna para amamentação recostada, com posicionamento manual em forma de tesoura, a retirada de fatores estimulantes de produção (bombas, coletores e ordenhas de grande volume) e duas sessões de laserterapia, as quais resultaram em cicatrização total da lesão em cinco dias. Conclusão: Acredita-se que a partilha desta experiência possa facilitar o cuidado de outras díades frente à mesma problemática encontrada por outras consultoras, reforçando a importância do olhar integral à complexidade que envolve a assistência à amamentação.
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Isabel Cristina Alves Maliska, Mabel Vieira de Souto, Márcia Guimarães Alcântara, Saionara Nunes de Oliveira
Resumo: Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo durante a pandemia de COVID-19 Objetivo: Relatar a experiência do uso do aplicativo de mensagem como ferramenta suporte pós-alta para a promoção do aleitamento materno durante a pandemia de COVID-19 Procedimentos: Trata-se de uma iniciativa da Central de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAM) de uma maternidade escola do sul do Brasil durante a pandemia de COVID-19, que teve por objetivo acompanhar e prestar um suporte em aleitamento materno no período pós-alta de puérperas atendidas nesta maternidade. O contato telefônico era solicitado durante a internação para a mulher que desejava receber esse suporte, e após dois dias da alta hospitalar era enviado mensagem de texto questionando possíveis dúvidas com a amamentação. As orientações eram repassadas por texto, áudio ou vídeo. Casos pontuais que necessitavam de avaliação mais detalhada eram atendidos no hospital. Resultados: O serviço foi oferecido de abril de 2020 a novembro de 2021. Neste período, foram atendidas 2672 mulheres, alcançando 63% das mulheres que pariram na maternidade. Das demandas por atendimento, 87% relacionavam-se a dúvidas sobre o aleitamento materno, 8,4% eram dúvidas relativas ao recém-nascido e 4,6% estavam relacionados a própria mulher no período puerperal. Das demandas relacionadas ao aleitamento materno, as mais frequentes foram ingurgitamento mamário, mamilos sensíveis, dor e fissuras mamárias, dificuldade na pega e livre demanda. O tempo de atendimento se estendeu a quinze dias pós-parto. Cerca de 90% utilizou o serviço uma única vez e 10% de duas a nove vezes. Como parte deste trabalho aplicou-se a este público um questionário de satisfação obtendo como resultado deste atendimento 74,5% como muito satisfeitas, 20,5% satisfeitas e 5% entre neutro, insatisfeita e muito insatisfeita. Conclusão: Esta modalidade de atendimento mostrou-se efetiva por permitir acompanhar a alimentação do bebê após a alta, apoiar as mães frente a possíveis intercorrências ou dúvidas que surgiam evitando que conselhos confusos ou conflitantes deixassem a mulher insegura. Esta experiência se mostrou válida, especialmente por se caracterizar pela busca ativa via aplicativo de mensagens tornando-se um recurso importante para a prática assistencial, como forma de garantir o apoio e promoção do aleitamento materno, evitando o deslocamento ao Hospital, considerando os riscos relacionados à quebra do distanciamento social, principalmente no momento de pandemia.
Título: Uso da fotobiomodulação no tratamento dos traumas mamilares
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Camila Dantas Martins, Andrea Rodrigues Motta, Renata Maria Moreira Furlan, Carine Vieira Bicalho, Amélia Augusta de Lima Friche
Resumo: De acordo com a literatura, dor para amamentar é uma das principais causas de desmame. A dor pode ser consequência de traumas mamilares ou outras alterações da mama como mastite, candidíase mamária e estar associada à diversas causas, como pega e/ou posicionamento incorretos, anquiloglossia, uso inadequado de bombas extratoras de leite, dentre outros. Diante disso faz-se necessária uma intervenção efetiva visando identificar a causa da dor e propor estratégias para sanar o problema. Associados ao manejo clínico da amamentação podem ser utilizados recursos terapêuticos coadjuvantes, como a fotobiomodulação, que consiste na utilização de luz no espectro visível e/ou infravermelho, para promover mudanças biofísicas e bioquímicas no organismo que resultam em respostas biológicas a nível molecular, tecidual e sistêmico, levando à regeneração tecidual e redução da dor. Objetivo: Verificar a eficácia da luz LASER com comprimento de onda na faixa espectral do vermelho e infravermelho no tratamento dos traumas mamilares e analgesia, respectivamente. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal do tipo ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, realizado em uma unidade básica de saúde, no município de Belo Horizonte. Doze participantes com lesões mamilares (fissuras e escoriações) foram divididas em dois grupos: experimental e controle. O grupo experimental foi submetido ao tratamento padrão (orientações sobre técnica adequada de amamentação e cuidados com os mamilos) e a aplicações do LASER, enquanto o grupo controle recebeu tratamento padrão e aplicações do dispositivo placebo. As participantes foram submetidas a duas sessões de LASER, com intervalo de 48hs entre elas. Resultados: Foram avaliadas a área da lesão mamilar, mensurada por um programa de análise de imagem, e a intensidade da dor, mensurada pela Escala Visual Numérica. As análises da evolução das feridas demonstraram redução estatisticamente significativa da área das lesões mamilares no grupo experimental quando comparado com o controle. Houve uma diminuição da intensidade da dor nos dois grupos com o aumento das sessões, porém foi estatisticamente significativa apenas no grupo experimental. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que o LASER foi um instrumento eficaz no tratamento das lesões mamilares.
Título: Uso de fórmula infantil no alojamento conjunto: razões para suplementação do aleitamento materno
ISBN: 978-65-80436-02-6
Autores: Laís Ferreira Terra, Laiz Rodrigues Andrade, Thaís Maciel de Sousa, Sérgio Tadeu Martins Marba
Resumo: Os conhecimentos sobre a superioridade do aleitamento materno são consenso mundial, visto seus inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o recém-nascido (RN). Em situações específicas, no entanto, pode haver indicação de suplementação do aleitamento materno. Objetivos: Avaliar a prevalência e os fatores maternos e neonatais associados ao uso de fórmula infantil no alojamento conjunto. Métodos: Foram selecionados recém-nascidos (RN) internados no Alojamento Conjunto do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – CAISM/ UNICAMP. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados para esse objetivo e realizada avaliação de prontuários. A variável neonatal dependente foi o uso ou não de fórmula infantil para suplementação do aleitamento materno. As variáveis independentes foram maternas, de
parto e do recém-nascido. Na análise estatística, as variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e relativas, e comparadas pelos testes de Qui-Quadrado ou exato de Fisher. Para as variáveis numéricas foram usados valores de média, desvio padrão, valores mínimo e máximo, mediana e quartis, utilizando o teste de Mann-Whitney. As variáveis relacionadas ao uso de fórmula e sua independência foi utilizada a análise múltipla de regressão logística com critério Stepwise. Para análise foi utilizado o programa computacional The SAS System for Windows (Statistical Analysis System), versão 9.2. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Unicamp e foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: 514 binômios ficaram em
sistema de alojamento conjunto no período de 09/06/2021 a 27/10/2021. Foram excluídos 145 RN e houve uma perda de 17,6% dos casos. A prevalência de uso de fórmula láctea infantil foi de 13,15 %. Na análise bivariada, as variáveis categóricas que foram estatisticamente significativas para o uso de formula láctea foram a prematuridade, a ausência de amamentação prévia, ausência de sucção ao seio no centro obstétrico (CO) e ter o acompanhante no alojamento conjunto. Ao final da análise múltipla, as variáveis que se mantiveram estatisticamente significativas de forma independente ao uso de fórmula
láctea foram a prematuridade e a mamoplastia. Conclusão: A suplementação de fórmula infantil é baixa no CAISM/UNICAMP e visamos uma redução ainda maior. Ressaltamos a importância de uma atenção especial aos grupos de maior suscetibilidade à complementação, descritos no trabalho.